Logo que vi esse filme do Larry Clark no MUBI já fui assisti-lo. E claro, a minha expectativa foi superada. O filme é febril, intenso, livre, sem pudores, escatológico, perverso, insano, mostrando um vazio perfunctório nos jovens franceses que se dispõem durante o dia a andar de skate e à noite se transformam em putos, usuários de drogas, álcool , fazem muito sexo, entre eles e com estranhos e arrebentam com tudo o que vêem pela frente, sem dó nem piedade.
E o filme começa exatamente com Larry Clark no chão, como um homeless, e os garotos do skate fazendo o que querem com o corpo dele ( Rockstar).
Math (Lucas Ionesco), é um loirinho, que mais chama a atenção no filme, e que tem mais ações, mas, parece que está fazendo uma peça de Brecht.
Com seu amigo inseparável JP ( Hugo Behar Thinières), eles marcam programas com homens e mulheres e ganham quase 1000 euros por noite.
Gastam seu dinheiro com roupas da Supreme, sapatos e outros bens materiais, para se exibirem nas ruas perante aos seus colegas do skate.
Toff ( Terin Maxime) é aquele que pega o seu celular e grava tudo: cenas de horror, violência, sexo, drogas e rock'nroll dos seus amigos.
Pacman ( Théo Choinbi), já usa práticas mais desonestas para ganhar dinheiro, pois bate em menores, rouba, e usa a desonestidade como força maior.
A cena com a mãe de Math (Dominique Frot) é deplorável. Decadente e mostra o desequilíbrio das famílias e o porquê desses jovens estarem nessa situação.
A naturalidade com que os garotos fazem sexo por dinheiro, e também entre eles é impressionante. Parecem estar atuando, ou não atuando, inertes, sem vida, fora da realidade.
De qualquer forma, ver uma Paris decadente, com essa geração nos faz pensar que isso é um problema mundial, e que com o avanço dos anos e da liberalidade, teremos mais cenas como essas na vida real.
Triste.
Juventude líquida !
A cena em que os jovens detonam o apartamento de um senhor que contrata Math para fazer sexo e ele o dopa com remédios para dormir é de arrepiar.
É ver para crer.
Tem estômago ?
Vai no MUBI e assista esse diretor polêmico, que já fez KIDS, Ken Park e Bully.
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