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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

" Ganymede " OU Cura Gay?

 Assisti ao filme " Ganymede " de Colby Holt Sam Probst, que trata daquele jovem rapaz educado e criado por pais religiosos, oradores em igrejas, que na sua maioridade começa a sentir desejos por outros homens e acha que isso pode ser uma anomalia.

Lee Fletcher ( Jordan Doww) é o bonitão sarado filho dos pais crentes, que descobre ser gay e estar apaixonado pelo gay assumido da escola o Kyle Culper ( Pablo Castelblanco).

O problema é que o pai dele o Lee ( Joe Chrest) e a sua mãe Floy (  Robyn Lively), querem fazer de tudo para que seu filho nem encontre mais esse garoto e pede a ajuda do pastor Poyer ( David Koechner), que foi um ex gay e se curou com a terapia do eletrochoque. E vocês acreditam?

Então, Lee passa a fazer sessões de ECT, mas não resolve nada, e há também uma historia do irmão de sua mãe ser gay e não ser aceito pelo marido dela, o pai de Lee, que o fez se suicidar no lago central da cidade.

Com relação ao título do filme, o pastor diz existir um tal de Ganimedes, demoníaco no corpo de Lee, e ele tem que exorcizá-lo. E na mitologia grega, é o contrário, Ganimedes é um homem lindo, que de tão bonito passou a servir o néctar aos deuses.

Acho que a discussão no filme fica por conta da ECT, que ainda podemos encontrar por aí e que é uma furada total. 

 

" Firebrand " OU O Jogo da Rainha


 E vamos a "Firebrand", o primeiro longa de língua inglesa do nosso Karim Ainouz.

Retornamos aos anos 1500, Inglaterra, com o Rei Henrique VIII, e Katherine, a sexta esposa do mesmo, já que as outras cinco algumas foram decapitadas, outras queimadas e assim seguia a fúria do tirano Rei com suas mulheres tudo conforme ao reino e ao clero.

Katherine parecia ser diferente das outras: Assumiu os filhos deixados com muito carinho educando e tratando como se fora os seus, e mantinha um relacionamento prático com o Rei ( Jude Law), com suas obrigações sexuais e de regente quando o rei se ausentava do castelo.

Acontece que Katherine ( Alícia Vikander) tinha raízes reformistas, queria que a bíblia fosse traduzida para o inglês para que mais pessoas tivessem o acesso e o entendimento, e prezava pela justiça.

Tinha uma amiga Anne, que vivia aos arredores do castelo pregando todas essas heresias e que a qualquer momento poderia ser pega e decapitada.

E assim Katherine, muito inteligente e perspicaz atuava na surdina, enquanto o Rei, com uma gravíssima infecção na perna, que com certeza o levaria à uma septicemia e morte a curto prazo, aguentava enquanto podia resistir.

É sempre interessante assistir filmes de época para entender o recorte daquele momento, a história daquele casal, daquele país no contexto e isso o cinema faz bem demais para a gente.

Gostei do filme do Karim, que não deixou nada a desejar de outros diretores que já incursionaram sobre o tema.

Na Prime Vídeo.    

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

" Meu Eu do Futuro " OU Amar, Verbo Intransitivo !

 

Assisti na Prime Vídeo o filme " Meu Eu do Futuro " de Megan Park. No início, achei que seria uma boberinha, mas pela indicação de um blog que sigo fui conferir mesmo assim.

E não é que me surpreendi. É uma graça. Temos coisas bobas e gostosas. Temos o amor. Temos o prazer, a risada, as brincadeiras juvenis, temos o chá de cogumelo, e temos um lindo cartão postal como  os  Lagos Muskoka, no Canadá.

Elliot (Maisy Stella), está vivendo seus últimos dias na fazenda dos pais, nesse ermo e pequeno lugar, antes de ir para a faculdade, em Toronto, no Canadá.

Com isso, ela e suas amigas ( Ro e Ruthie) vão dar uma volta de barco e dormir na floresta, fazendo uma fogueira e às custas de chá de cogumelo.

Cada uma reage de sua maneira, e Elliot, vê seu eu de 39 anos em sua frente ( Aubrey Plaza). Ela se apresenta, fala o que faz nos dias de hoje e dá alguns conselhos para que a Elliot de hoje mude e seja melhor.

E a principal dica é de que nunca ela conheça um homem de nome Chad e tenha nenhum relacionamento com ele.

Passado esse dia, Elliot tenta ser essa garota melhor passando mais tempo com os dois irmãos e com a mãe.

Certo dia, ao nadar no lago nua, encontra um rapaz, e espantada fica sabendo que seu nome é Chad e que ele está na casa de seu avô de férias.

Logo esse mesmo vai fazer alguns bicos para o pai de Elliot, que fica ensandecida com a coincidência e resiste a todo custo ter conversas com o rapaz.

Ah, lembrando que Elliot é gay e tem uma ficante no lago. 

As coisas seguem , os dias passam, e Elliot novamente cruza com Chad ( Percy Hynes-White). Parece ser algo diferente e algo que ela não conseguirá desviar de seu destino.

Tenta chamar o eu do futuro mas ela não responde. Só vem dias depois. 

Apesar de ser ficção, não gostaria que isso acontecesse. Muito chato ter que frear algo que irá acontecer naturalmente porque você já sabe que não terminará bem.

De qualquer maneira, eis o filme da Prime que com certeza você irá gostar. 

" Pedro "Páramo " OU Os Pesadelos da Memória


 Assisti ao filme da Netflix, " Pedro Páramo " de Rodrigo Prieto, adaptação do livro de mesmo nome de Juan Rulfo.

O filme começa com Juan Preciado (Tenoch Huerta) embarcando em uma jornada no deserto mexicano, até chegar na aldeiazinha de Comala, onde viveu sua mãe.

Pede orientação para um outro homem que anda por aquelas bandas que lhe indica o caminho.

Ele quer encontrar o pai que nunca conheceu, um tal de Pedro Páramo (Manuel García-Rulfo)  cumprindo o último desejo de sua mãe no leito de morte.


O homem diz que conhece e depois até diz que também é filho dele. Mas adverte que ele era cascudo, e que morreu fazia muitos anos.

 Juan chega na vila e não vê quase ninguém, mas encontra uma mulher que lhe oferece abrigo e conta alguns causos da época.

Depois, ele vai até a casa onde disseram que sua mãe tinha morado.

E aí, vamos a um flashback que conta direitinho, ou não a história desse fazendeiro e dono de todas essas terras e que mandava e desmandava de todos.



Com o jeito mexicano de ser, temos uma onda complicada de vai e vem de pessoas, mandos e desmandos, posses e desapropriação, que é custoso entender.

Assim, espero que quem for assistir tenha uma melhor compreensão da história, ou também não precise disso, como no meu caso.  

" O Que Tiver que Ser " OU DR- Discutindo a Relação

 Assisti ao filme sueco que está na Netflix " O que Tiver que Ser " de Josephine Bornebusch, que traz um ótimo recorte do relacionamento marital e famílias com filhos hiperativos.

Stella ( Josephine Bornebusch) é a mãe de dois filhos e está em frangalhos nesse momento da vida: Uma filha adolescente rebelde Anna ( Sigrid Johnson), que acha que já é independente e não precisa da palavra da mãe, e está prestes a ir competir em um torneio de pole dance e Manne ( Olle Tikkakoski ), o menor, que é puro, mas como tem doença celíaca sofre demais, e por isso tem suas birras e inseguranças.

Gustav  (Pål Sverre Hagen), o marido e pai ausente, chega na mesa de jantar certo dia e diz no meio de uma discussão de Stella com a filha: Quero o divórcio !

Stella simplesmente diz que não no momento, e que ele terá que esperar umas semanas até acontecer o evento de poledance da filha onde todos deverão ir para prestigia- la.

Gustav tem um caso com uma colega dele. Stella é aquela que faz tudo em casa, comida, arrumação, bolsa do filho, mala para viagem, leva ao médico, paga as contas, e o marido, não faz nada.

Então o filme te levará para essas duas semanas de convivência com todos na família, fora de casa, e vamos ver como eles se comportarão e se haverá alguma mudança.

Muito interessante tudo isso para um debate pós filme para discussão entre amigos do próprio relacionamento marital, e da educação dos filhos por pai e mãe conjuntamente.

A atuação e interpretação de Josephine Bornebusch é digna de nota.

Muito bom, está na Netflix.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

" Pas de Vague " OU Enredo Perfeito Para o Suicídio

 E finalmente assisti ao filme francês  " Pas de Vague " dirigido por Teddy Lussi-Modeste.

Julien Keller (François Civil) é um jovem professor que se acha no dever de melhorar a vida de seus alunos pensando em um futuro melhor para todos eles.

A classe que ele dá suas aulas é terrível, com os piores tipos possíveis em termos de rebeldia e contestação.

Certo dia, cai na diretoria, um bilhete da aluna Leslie (Duquesne da Toscana), acusando-o de assédio, e até comentando os vários fatos cometidos pelo professor em sala de aula e fora dela.

O que faz a diretora, é chamar os dois, e ligar para o pai da garota, no caso o irmão, pois o pai é falecido para comentar o fato.

Ele vai enfurecido à escola e ameaça o professor de morte ou a irmã se estiver contando mentiras.

A classe toda fica sabendo, e a situação do professor só piora.

Acontece que Julien é gay e vive com o parceiro (  Shaïn Boumedine) meio que sem dinheiro e naquela dificuldade que sabemos como é a vida de um professor.

O companheiro diz a ele que tem que se assumir gay. Julien não quer falar sobre sua vida pessoal no trabalho.

O professor encara o problema de frente, vai à delegacia, conta com alguns colegas de trabalho, e com a aparência do superior, já que não quer se envolver nem em caso policial e nem com a imprensa.

A situação torna-se incontrolável quando um vídeo do professor em um momento de descontração com o companheiro e amigos cai no telefone celular de um aluno e todos da classe e escola ficam sabendo que ele é gay.

Assunto resolvido?

Não!

Nesse bairro ser gay também não é um bom comportamento, ainda mais sendo um professor.

E por aí vamos meu irmão, com esse problemão todo, Julien tendo que sair por outro portão para não ser pego pelo irmãos de Leslie que quer matá-lo e toda a problemática de uma situação que qualquer um pode enfrentar em sua escola.

Apesar de todos os clichês que já conhecemos desse tema, a atuação de François Civil é muito boa, e as discussões que o tema geram também são salutares.


" O Bixiga é Nosso ! " OU Movimento que Preserva a História Arquitetônica


Assisti ao documentário " O Bixiga é Nosso! " no Canal Brasil, dirigido por Rubens Crispim Jr.

O longa traz a resistência de um grupo de ativistas em preservar a memória arquitetônica do bairro, que vem perdendo com a construção de viadutos, metrôs e desapropriação de casas.

O fato mais recente é a descoberta de um sítio arqueológico, de origem quilombola, nas escavações que irão dar origem à linha laranja do metrô.

Temos também o famoso caso e briga do Teatro Oficina, com a briga do Sílvio Santos e José Celso Martinez para a desapropriação do local histórico cultural.

No longa temos a entrevista de várias pessoas que moram no bairro ou atuam nele ajudando as pessoas, e ao próprio bairro a resistir contra toda essa especulação imobiliária.


Temos a Vai- Vai, temos a comunidade de negros, temos as cantinas italianas e os casarões tombados, dando ao bairro um rico e poderoso patrimônio histórico cultural.

Já visitei o Bixiga por várias vezes, e sempre gostei de andar por ali. Quero sim que tudo continue muito bonito, preservado, e que toda essa parte e alma cultural permaneça por lá para um nova visita.

" Te Espero no Fim da Jornada " OU Esse Sentimento que Cria As Borboletas em seu Estômago


 Que delicadeza de filme esse da Netflix "  Te Espero no Fim da Jornada " de Angel Teng.

As vezes fico me perguntando porque não fazemos um filme assim ?

Por que os nossos filmes têm que ser sempre de uma pegada mais de naturalismo/ realismo, mostrando exatamente como é o dia a dia do nosso povo, e não  se pode sonhar, criar algo detalhado, minucioso, trabalhado como esse filme Taiwanês

Bom, conversa fiada afora, vamos ao filme.

Tian Yu ( Terrance Lau)  é um frustrado escritor de Hong Kong, e mesmo com seu sucesso, não tem amigos, não tem namorada, não tem alegria de viver.

Agora, o que quer é encontrar o remetente das cartas que recebia já faz um tempo de um garotinho de  Taipei, que mora em um asilo de crianças.

Eles trocaram diversas cartas e na última, o garotinho pede para que Tian Yu não morra e vá para a Baía das Baleias Desaparecidas que ali ele encontrará o paraíso e que ele estaria esperando -o lá.

Tian Yu em um momento de querer mesmo tirar sua vida e jogar pro alto vai atrás dessa baía, e depois de uma noite de bebedeira, perigos por ser turista, acaba por encontrar com um rapaz de rua, A- Xiang ( Fandy Fan), que o leva para sua casa, coloca- o na cama e tira Tian Yu dessa situação.

Após acordar Tian Yu se assusta, mas o rapaz é muito alegre e irreverente e pede calma que ele irá ajudá-lo, mas pede dinheiro pelos serviços.

Tian Yu então fala da baía e o rapaz diz que conhece e o levará para esse lugar.

Aí começa a amizade desses dois que passarão dias incríveis se divertindo, rindo, tomando banho de cachoeira, andando de moto, de carro, mas também estarão a perigo quando a gangue contrária ao rapaz está por perto, já que provavelmente ele deve dever dinheiro para eles.

O filme entra nessa vibe de amizade e carinho e aí vamos nos deixando levar até a festa dos fogos de artifícios.

A partir daí, temos uma outra reviravolta e o que segue trancende a imaginação e o entendimento de cada um.

Filme muito bonito, Netflix. 

terça-feira, 26 de novembro de 2024

" Cidade; Campo " OU Gostei Mais do Campo

 Assisti ao filme da Juliana Rojas, " Cidade; Campo " que traz um filme dividido em duas parte: Um na cidade e o outro no campo.

A história da cidade tem a Joana ( Fernanda Vianna), moradora de uma cidade arrasada pela destruição da barreira em Minas, que perdeu casa, animais, família e está sozinha tendo apenas a irmã que mora em BH para compartilhar sua dor.

E o que ela faz? Vai procurar a irmã Sandra ( Brenda Ligia) que cuida do neto Jaime ( Kalleb Oliveira) e passar uns dias na casa dela.

Jaime começa a se incomodar com as atitudes da tia e encontra um emprego de faxineira para ela, que vai sim, pega no batente, faz amigas e ainda ganha um dinheirinho para ela.

Aí temos a história do campo, onde duas mulheres chegam de caminhonete a um sítio bem distante, longe de tudo, onde o pai de Flávia ( Mirella Façanha) morava.

É que o pai morreu e Flávia agora quer retomar o local, a terra, os animais para recuperar um pouco do tempo perdido com o ente querido.

Ela leva a companheira Mara ( Bruna Linzmeyer) que é veterinária e as duas tentam acertar o local.

Os dias passam e a coisa não vai para frente, o que faz Mara tomar uma decisão.

Antes disso, uma ficante do pai de Flávia, passa por ali e ela juntas experimentam o efeito da Ayurvasca.

O melhor momento do filme é a dança entre as duas companheiras e depois a cena de sexo. Lindo demais!

Tem que bater palmas para a puta atriz que é Bruna Linzmeyer que todo o trabalho que entra, faz pra valer.

E gostei demais da verdade de Mirella Façanha. Espero vê-la em outros trabalhos.

Assim, entre a cidade e o campo, fico com o temporal de amor das duas mulheres.     

" Transmitzvah " OU “Deus não se importa com os detalhes”



Assisti também na Netflix, o filme Transmitzvah, de Daniel Burman, que traz uma Buenos Aires dos anos 80.

O filme começa com Rubén Singman (Milo Burgess-Webb), um adolescente judeu de 13 anos que surpreende sua família ao anunciar que não realizará o tradicional Bar Mitzvah, mas sim um Bat Mitzvah, adotando o nome Mumy, em homenagem à avó.



Rubén nunca se sentiu um menino, e não será agora na sua maioridade que ele irá retroceder.


Minutos depois, temos anos  e anos  para frente e Rubén agora é  Mumy Singer (Penélope Guerrero), uma diva da música iídiche, que faz o maior sucesso na Europa.

Mumy com seu namorado e coreógrafo ( Gustavo Massani) retornam a Buenos Aires para um show no Teatro San Martín.

Mumy reencontra seu irmão Eduardo (Juan Minujín), e embarca em uma jornada que combina reconciliação familiar, redescoberta espiritual e muito sucesso pessoal.


Para isso tudo, Mumy irá passar por maus momentos, tanto familiares como pessoais em seu show e precisará se reconectar para dar continuidade em sua carreira.


Com músicas em iídiche, muitas danças na camisaria da família de Mumy, letreiros coloridos, visitas à rabinos, elucidações da Torá no assunto de Bar Mitzvah e Bat Mitzvah, o filme passa o entretenimento na dose certa.

Recomendo !


" Emília Perez " OU Filme com Textura de Sonho Kitsch



Assisti ao controverso filme " Emília Perez ", dirigido por Jacques Audiard e representante da França na briga pelo filme de Melhor Estrangeiro no Oscar 2025.

O longa é livremente adaptado do romance ‘‘Ecoute’’, de Boris Razon.


O filme começa com a advogada  Rita (Zoe Saldaña) ganhando um processo de um criminoso e tirando-o da cadeia, como de costume.

Com esse sucesso, ela recebe uma ligação e a mesma poderá mudar a sua vida.

Ela é pega pelos seguranças do chefe do narcotráfico mexicano “Manitas” e levada até ele encapuzada para uma conversa e uma proposta.

Depois de muitas mortes, procurado, caçado pela polícia e inimigos, Mamita quer uma coisa que deseja desde quando ele nasceu: Ser uma mulher !

Assim, pede a Rita que vá atrás de uma cirurgia de transição de gênero para ele, e leve sua mulher Jessi ( Selena Gomez) e seus dois filhos para a Suíça para uma proteção completa dos mesmos.


Após tudo isso acontecer sem erros, Rita ficaria milionária. Mamita tornaria Emília Perez ( Karla Sofía Gascón).

O filme tem um novo mote, agora com Emília, uma empresária e Rita, advogada em Londres.

Logo, os dois se reencontram, e agora o pedido é que Rita leve os filhos de Emília para o México e os acomode na casa de uma irmã de Mamita.


O filme é musicado, e é nesse tema que na minha opinião, não se saiu bem, já que parece canções para alunos da 5ª série.  Talvez seja proposital, não sei o que o diretor pensou a respeito.

De qualquer forma, concordo com algumas opiniões dizendo que o filme escorrega para um pastelão e soa um pouco brega.

Mesmo assim, todo esse distanciamento de mundo do crime / narcotráfico x  transexualidade x musical tem também o seu olhar diferente, que o leva a estar em várias listas de melhores filmes do ano e também em festivais e premiações.

Vamos ver o que virá pela frente. Com relação às atuações, gostei da Zoe Saldaña.
    

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

" A Flor do Buriti" OU A Sensibilidade para um Problema Antigo



Assisti ao filme " A Flor do Buriti",dirigido por João Salaviza e Renée Nader Messora, que entrou no catálogo da Netflix.

O filme traz um prenúncio de algo ruim que irá acontecer na aldeia e que acontece até os dias de hoje.

Os povos indígenas sangram sem parar. Os fazendeiros, grileiros e aproveitadores do solo alheio matam sem parar e sem dó. Não reconhecem os indígenas como gente.



É preciso sensibilidade para assistir a todos esses filmes que tratam da Amazônia, da população indígena e de como isso está se acabando assim como as guerras, que exterminam em outros lugares, assim como os homens às mulheres e assim segue a cadeia dos mais fortes em relação aos mais fracos.

Me dá muito medo às vezes de estarmos realmente de passagem por aqui. Não sou nada. Eles comandam tudo. Não sabemos de nada do que realmente acontece e que é verdade.

Muito triste tudo isso.


Aonde temos exemplos de mandatários presos e condenados por crime contra o povo indígena ?


" Saudade Fez Morada Aqui Dentro " OU Versão Sertão de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho


Assisti ao filme " Saudade Fez Morada Aqui Dentro " , dirigido por  Haroldo Borges, que  apresenta o jovem Bruno ( Brno Jeferson) de 15 anos, que mora em um bairro humilde do interior da Bahia.

 Vivendo uma adolescência ativa e comum, o garoto recebe uma notícia que abala tanto sua base familiar,  composta por uma mãe solo ( Wilma Macedo) e um irmão mais novo Ronnaldy Gomes: Ele tem uma doença degenerativa e progressiva que o deixará cego a qualquer momento.

Bruno tem problemas na escola com alguns colegas de classe, é apaixonado por uma garota que o instiga, mas na hora do vamos ver, dá para traz, e ao longo das consultas na cidade na oftalmologista fica cada vez mais nervoso e agressivo pelo fato de algum dia ficar cego.

No filme vemos uma mãe correndo atrás e dando todo o suporte para o filho sendo pai e mãe ao mesmo tempo, e o irmão mais novo o ajudando a todo instante no que ele precisa.

É um retrato bem fiel do que temos nesse nosso interior, de forma simples, do forrozinho à noite, do preconceito às minorias, e dos recursos que são escassos.

Ao mesmo tempo, não fugimos muito disso e que mais Brunos tenham muita força para viver com os seus problemas, pois se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. 

" Correndo Atrás " OU Filme com o Melhor Ator de Cinema do Brasil

Assisti ao filme " Correndo Atrás " de Jefferson De, que tem no protagonismo o excelente e magnânimo Aílton Graça como Ventania.

Correndo Atrás é baseado no livro Vai Na Bola, Glanderson!, de Helio de la Peña, que além de autor é ator (o personagem Berinjela).


Ventania para variar está desempregado, e há 3 meses não paga a pensão do filho para a ex mulher, além de dever até para traficante na comunidade.

No fundo do poço, eis que surge uma luz no fim do túnel ao conhecer Glanderson ( Juan Paiva), garoto simples, da comunidade que sonha em jogar futebol e mostra que tem talento.

Ventania ataca de empresário e tenta dessa vez se dar bem na vida, pagar o que deve e ainda ser rico com o menino de ouro.

O duro que de tanto aplicar golpe nos outros, não é que o ardiloso Ventania acaba caindo em um na viagem à São Paulo para levar o menino para um time.

O filme vale pela atuação de Aílton Graça, que por si só leva o filme para casa.

É isso. Canal Brasil !