" Nosso Amigo Extraordinário " OU Um Sensível Olhar para A Senilidade, Demência e Tolerância

 

Assisti ao filme " Nosso Amigo Extraordinário " do Marc Turtletaub, que está disponível na Netflix.

O filme traz o fantástico Ben Kingsley como Milton, um senhor de idade, que mora sozinho em uma casa na Pensilvânia, e que tem a sua filha Denise ( Zoe Winters), uma veterinária sempre de olho nele, por causa de seus esquecimentos e atitudes estranhas.

Milton frequenta todas as sessões da câmara municipal com ideias para o desenvolvimento da cidade, faz suas compras sozinho e não vê com o filho que mora na Califórnia já faz uns três anos.

Certa noite, Milton ouve um barulho, sai de sua cama e vê que uma nave espacial está em seu jardim, inclusive estragando suas azaléias.

Ele tenta ligar para o número de emergência avisando o fato, mas não deram bolas a ele.

No dia seguinte, ele vê um ser diferente deitado em seu jardim. Ele então leva um copo de água e uma coberta.

No outro dia, esse ser já estava dentro de sua casa fazendo companhia a Milton.

Ele comenta o fato na sessão da câmara, mas todos acham que ele está definitivamente gagá.

A amiga e vizinha  Sandy ( Harriet   Sansom Harris) faz uma visita e acaba vendo o alienígena na casa de Milton.

Juntos eles guardam segredo e compartilham a nova atração.

A outra amiga Joyce ( Jane Curtin), com o tempo passa a bisbilhotar  e rondar a casa de Milton e vê que Sandy não sai de lá.

Ela também vê o alienígena e compartilha do segredo.

Os três então passam a conviver com o ser, a alimentá-lo , a confidenciar assuntos pessoais e a receber desenhos dele.

Na verdade, são códigos que ele queria alguma coisa.

Denise acha que o pai está com demência, os vizinhos acham que Milton é um gagá, mas o estado realmente procura algo que caiu na terra vindo do espaço.

O tempo passa, o alienígena passa e na verdade estamos falando também da velhice, da senilidade, da demência, do Alzheimer, da tolerância e da relação de pais idosos e filhos.

Muito sutil a forma com que o diretor faz o seu filme para tratar de um problema em que todos nós iremos passar. Ou não.

Na Netflix.