Então, a gente tem que respeitar a figura dos críticos de cinema, mesmo porque eles sabem da estrutura de um filme, da parte técnica, do mis encene, da atuação dos atores ( essa a gente também pode saber), da fotografia, do roteiro, da trilha sonora, dos efeitos, mas, tem alguma coisa que também faz a gente que não é crítico, mas, tem uma bagagem muito grande em assistir filmes, que é o conteúdo, o tema, algo que eu possa discutir com alguma pessoa depois que eu acabo de assistir, algo que fica na minha cabeça martelando, que faz eu refletir, talvez até mudar o que eu pensava sobre e aí sim formando um pouco mais de "cancha" em todo o meu eu.
Falo de " O Imperdoável ", filme da Netflix, que acaba de sair na plataforma, dirigido por Nora Fingscheidt, com Sandra Bullock por trás da produção e a protagonista do filme.
Os críticos que eu sigo e os respeito, acabaram , detonaram com o filme, que teve problemas em sua produção por causa da pandemia, mas, tirando isso de lado, eles o classificam até como "O Framboesa do Ano".
Eu não !
Toda a problemática do ex presidiário eu botei para dentro de mim, tentei enxergar de todas as maneiras, mesmo os que mataram, mesmo os que cumpriram 20 anos de pena, como é o caso de Ruth ( Sandra Bullock), e trouxe essa problemática para discutir com meus amigos, claro que com o final clareado do filme e com mais argumentos para tal.
Se Viola Davis foi mal aproveitada em seu papel aparecendo em apenas três cenas, paciência. Esse era um filme para ela não aparecer, e o que importa ?
Se a diretora levou o filme no seu final querendo aproveitar do espectador com emoção demais, ela conseguiu, porque fazia anos que eu não derramava uma lágrima, e foi exatamente com esse final que eu consegui isso. E como dizia um professor de teatro meu, o que é bom, te causa emoção, ou você ri, ou você chora, ou você arrepia. Isso não vou esquecer nunca.
Assim, levo esse contraponto aos caros críticos, de como é vasta a opinião e muito mais, a sensação das pessoas ao assistir a um filme.
Voltando a ele, Ruth acaba de ser liberada da prisão onde cumpriu 20 anos por assassinar um xerife, que queria pegar sua casa por direitos da lei.
Ela, protegia sua irmãzinha de 5 anos que morava com ela, já que perdeu a mãe no parto e o pai se suicidou.
Em sua saída, aquele velho problema
de uma condicional, morando em uma casa com ex detentas, seguindo as regras, tendo que trabalhar, não podendo sair da cidade, ir á boates, conversar com ex detentos, e muito menos se aproximar da família que adotou a irmãzinha dela, hoje já uma mulher.
Os problemas de um ex detento para conseguir emprego são terríveis. Quando você diz que já foi preso, as pessoas te viram às costas. Mas, assim como é que você se reinserirá na sociedade ?
Ruth sofre vários revés, no trabalho, e em seu dia a dia, pois quer ter um contato com a irmã, mas, também tem a ira, de por exemplo, dos filhos do xerife morto por ela.
Eles não aceitam que ela esteja circulando e vivendo normalmente depois do que fez.
Ruth conhece um advogado, que agora mora na casa em que viveu, e espera que com ele consiga alguma coisa.
Interessante de como as pessoas pensam diferente, e na mesma família onde os pais que adotaram a irmã de Ruth, não podem nem ouvir em falar o nome dela, sua filha da mesma idade de Ruth, já se interessa pelo assunto e quer saber a verdade da vida de sua " irmã ".
Gostei da atuação de Sandra Bullock e que o seu filme não seja tão massacrado assim, pelo menos quando eu assisti era o primeiro colocado na lista de mais vistos da Netflix.
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