Assisti ao documentário " Lemebel " com a direção de Joanna Reposi Garibaldi, grande nome do movimento queer do Chile, desafiando até a ditadura do governo Pinochet.
Com relação às imagens, o documentário buscou o que tinha: aquelas de video cassete, um pouco picadas, mas, foi o que conseguiram para fazer um compilado e mostrar a todos quem foi Pedro Lemebel .
Um artista de performances arriscadas, um pirotécnico, sempre tocando em assuntos ácidos, como a homofobia, o machismo e a ditadura de Pinochet.
Nos poucos programas de TV que Pedro Lemebel apareceu, foi para causar, para deixar o apresentador em maus lençóis, mostrando realmente a que veio nesse mundo.
Da periferia de Santiago, homossexual, afeminado, e muitas outras características que ele mesmo se auto denomina, contribuíam ainda mais para a sua discriminação na época.
O que mais gostei foram as poesias que Lemebel declamou no documentário, a sua personalidade, seu arrojo e a vivacidade até o final de sua vida.
Destaque para a ida de Lemebel para Nova York, quando foi convidado a desfilar em uma parada, e ele foi de uma fantasia cheia de seringas com um líquido vermelho. Era tempos de AIDS.
Achei que faltaram alguns temas como sua intimidade, seus amores, sua doença e sua morte , mas, fica para uma exploração pessoal de cada um após o filme.
Como não conhecia, agora se que foi um dos expoentes na arte queer da América Latina .
Valeu !
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