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terça-feira, 26 de maio de 2020

"Paulistas" Ou Documentário Goiano de Daniel Nolasco



Tive o prazer de assistir a mais um filme de Daniel Nolasco. Dessa vez, foi o documentário " Paulistas", povoado que juntamente com Soledade, fica no sul do estado de Goiás,quenos anos 90 teve um êxodo rural e já em 2014, era difícil encontrar mais jovens por ali, já que todos partiam para uma cidade maior.

De cara, já gostei do logotipo, e do designer do título do filme .


O documentário, que nos remete ao campo, ao interior, é mais que um agradecimento do diretor à cidade onde nasceu, percebemos o carinho e a delicadeza com que é filmado, como se fosse um documento, algo para se ter para sempre .

Curioso como o povo gosta de verificar a pressão arterial, e cada um entende mesmo do seu jeito. Dá vontade de explicar para o senhorzinho que a pressão dele é mais alta pela manhã por causa dos níveis de cortisol, produzido no nosso organismo mesmo, e que depois ele vai diminuindo, assim como a pressão arterial, tanto é que todas as vezes que o rapaz media à tarde, era 120 X 80.


E todos querem medir a pressão, existe uma cultura popular pra isso. Parece que se a pressão tá boa, estamos bem de saúde ... mas, é por ai ...

Outra coisa gostosa de se ouvir no documentário é o barulho do mato, o canto dos pássaros e outros bichos. É ver o gado todo crescido, o ritual de seu abate para subsistência, e a viola ? Nossa, não tem campo que não tenha uma viola, os versos, a moda , e isso o Sr Wander sabe muito bem .

As cenas no rio são belíssimas, Dona Maria Cristina, arruma a casa, faz a comida, e organiza tudo por ali, deixando a casa limpinha.


Faz-se a menção de uma usina hidroelétrica que tem por ali chamada de Serra do Facão, na divisa de Davinópolis e Catalão, que abastece um bom número de gente.

São 03 rapazes : Samuel, Vinicius e Rafael, que vão para o campo quando podem e praticam a caça, vão pro mato, andam de barco e moto. Aliás, as cenas com as motos me fizeram lembrar do filme " Motorrad ", de Vicente Amorim.

O bailão à noite, onde a cidade inteira vai, com aquela comilança e música sertaneja não pode faltar. É uma alegria, é o único divertimento da cidade.


Tem ainda a balsa, quem nunca pegou uma balsa para a travessar o rio e ir de um local a outro. Ainda bem que no filme não havia fila.

Percebo também que nos filmes de Daniel, ele na maioria das vezes aproxima bem a câmera, e não há muito diálogo. Será uma característica do diretor ?

A trilha sonora, que é sua marca nos curtas, tem " Erre"da Banda Goiana Boogarins, que parece casar com o documentário e talvez toda história por trás do mesmo.


Ainda na trilha, " O Vira" e "Camarote" com a Banda Cruz.

Valeu a pena !

Eu recomendo !

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