Fui conferir o documentário original da Netflix,"Atrás da Estante", dirigido por Rachel Mason, que aliás, é a filha dos proprietários da " Circus of Books", Karen e Barry Mason .
A " Circus of Books", é em questão o propósito do documentário, já que o casal, sem querer acabou tornando sócio e depois proprietário dessa livraria/sex shop, de produtos exclusivamente gays em Los Angeles.
Karen era jornalista e frequentava fervorosamente uma sinagoga, fazendo que seus filhos seguissem a religião judaica. Barry era um excelente profissional, com algumas descobertas e que de repente foi despedido.
O negócio do pornô estava em alta nos EUA, quando viram um anúncio no jornal, que um produtor estava vendendo suas revistas para alguém que quisesse distribuí-las.
E foi assim, que o casal Karen e Barry entraram no mundo gay e pornô.
Sempre muito honestos, com ótimos funcionários e muitos produtos do gênero, eles ganharam dinheiro com isso, pagando os estudos dos filhos.
Ah ! Uma coisa é que nunca contaram para os filhos e nem para os amigos que tinham uma loja de produtos de sexo .
Passaram pela tragédia da AIDS, perderam vários funcionários e conhecidos, e depois o governo americano estava á caça de quem propagasse a pornografia e a indecência do sexo.
Eles passaram por um processo, que tiveram a sorte que foi lento e mudou o presidente para o Clinton, onde os deputados e aliados não tinham a mesma opinião que o governo anterior.
Em casa, karen teve que conviver com a notícia que um de seus filhos era gay, e isso foi muito difícil para ela.
Porém, com muito estudo e desempenho em querer entender, acabou tornando-se uma ativista da causa, saindo para as ruas e tudo mais .
Depois de mais de 30 anos, a "Circus of Books", que era o point em L.A. para os gays, fecha suas portas, deixando na saudade a resistência do lugar e de todos os seus produtos.
O documentário conta com entrevistas de Larry Flynt e de Jeff Stryker, um ator pornô que era o bam bam bam do momento .
Cenas dos anos 80, 90 e 2000, assim como de sua livraria, também aparecem no documentário.
Valeu !
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