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sexta-feira, 29 de abril de 2022

" Retrato de Uma Jovem Em Chamas " OU Vislumbres Epifânicos




Talvez tenha sido esse o filme mais conhecido e com críticas positivas que assisti nessa semana. Falo de " Retrato de Uma Jovem Em Chamas " da excelente diretora Céline Sciamma.

O filme tem como pano de fundo, belas paisagens de praias, rochas e penhascos, na península francesa de Quiberon, localizada na costa sul da Bretanha.

A mansão onde Héloïse (Adèle Haenel) vive com a mãe (Valeria Golino) e a empregada Sophie (Luàna Bajrami) fica em La Chapelle-Gauthier, na região francesa de Sena e Marne.


O filme se passa em 1770 com a chegada da pintora Marianne (Noémie Merlant), que de barco chega para pintar um retrato da jovem Holoìse, que o mesmo deve ser enviado à Milão para o seu futuro marido já conhecê-la.


Só que Marianne não pode deixar Heloìse saber disso pois ela já frustrou a tentativa de um outro pintor em fotografá-la. Então, Marianne viria para passear com a moça, que não podia sair sozinha, já que sua irmã também jovem a pouco tempo suicidou-se ao sair da mansão.

Aos poucos Heloìse vai se abrindo para Marianne e esses passeios vão se tornando mais agradáveis e ilustrativos para Heloìse que busca informações externas  com Marianne da vida, já que antes estava enclausurada em um convento.


Detalhe, é de que Heloìse não quer ir para Milão e muito menos se casar. Sua mãe que a obriga ao fardo.

Já está quase na hora de Marianne finalizar o seu quadro. Fatos novos dão uma cor a mais na paleta da pintora, mas o seu tempo na ilha acabou.


Agora, ela volta para continuar a cuidar dos trabalhos do pai, que também era pintor e tem muito a que apresentar em galerias e exposições.

O filme quase não tem trilha sonora, mas destaque para a cena da orquestra, na qual ouve-se “Verão”, um dos quatro concertos de “As Quatro Estações”, do compositor italiano Antonio Vivaldi (1678-1741).

Um filme intenso, lento, com um figurino de época, atuações impecáveis das duas protagonistas e também da serviçal Sophie, que mostra o empoderamento da mulher desde aquela época.


Reflito e acredito ser o relacionamento entre duas mulheres, que na época era proibido, muito mais bonito e poderoso que o de dois homens. É apenas uma opinião.

Belíssimo filme, que você vê no Telecine.






" Ainda Temos A Imensidão da Noite " OU Uma Aventura Artística Incomum


 

Fui conferir o rolê do filme nacional " Ainda Temos A Imensidão da Noite ", do diretor Gustavo Galvão e que está disponível no MUBI.

Adoro filme que fala de música, que tem música e banda ao vivo tocando e esse é justamente um desses.

O diretor mostra desde o início a dificuldade de ser músico no Brasil e em qualquer lugar do mundo.

Não é fácil viver de música sem ter outra profissão no Brasil. E é isso que Karen (Ayla Gresta) mais criticavam em seus amigos de Banda, pois a maioria tinha um emprego público, que não fazia quase nada e ganha mais de 10 paus por mês.

Kare até trabalhava de designer em uma produtora, ganhava mixaria, e foi demitida por suas convicções.

Ela, guerreira no trompete e nos vocais tentando viver e colocar pra fora em sua cidade natal , Brasília, que seu avô ajudou a colocar de pé, morre de fome e tem que pedir ajuda para seguir em frente.

A Banda contava ainda com Artur ( Gustavo Halfeld), seu namorado ou ex namorado como queiram, que passou uns dias em Berlin, na verdade dois meses para dar um tempo e lá conheceu o músico Martin (Steven Lange ), que depois veio ao Brasil para conhecer a sua Banda.

Lara (Vanessa Gusmão) e Cícero (Hélio Miranda) eram os outros dois integrantes malucos da Banda.

Alex ( Marat Descartes) era o dono do estúdio onde a galera ensaiava e depois eles arrebentavam no apto dele com muita música, bebida e droga, e claro sexo também.

Karen morava com a mãe ( Bidô Galvão) e o Avô (Fernando Teixeira ) e não era fácil a sua permanência ali.

Artur resolve novamente voltar à Berlin e depois Karen vai para ver o que acontece do outro lado do Atlântico com relação à música que tanto é apaixonada.

Lá, ela encontra Artur e Martin, mas também vê um comportamento totalmente diferente principalmente de Artur.

Um período de experiência em Berlin e outras cidades da Europa e Karen retorna à Brasília, que está cada vez pior no tocante às Bandas locais.

E agora, o que fazer?

Tentar novamente colocar a banda para tocar ?

Tudo em nome da música ?

Gosto de filmes desse tipo, com mostras variadas do comportamento humano, a vida boêmia, a música, o rolê, enfim, vale a pena assistir no MUBI.






" Um Lugar Silencioso : Parte II " OU Cumpre ao Que Promete










Então vamos lá! Assisti ao filme " Um Lugar Silencioso " do diretor e roteirista John Krasinski e agora repito a dose no " Um Lugar Silencioso : Parte II ".

O filme começa com uma cena inicial de um jogo de beisebol com  Marcus (Noah Jupe), mas de repente a cidade vem em polvorosa com aquela mosntraiada louca de matar com qualquer barulho ou som que ouvem.


Assim, a Família Abbott : Evelyn (Emily Blunt) e Reagan (Millicent Simmonds e Marcus (Noah Jupe) está novamente em busca de continuar viva, nessa nova aventura, com o pesar de terem perdido o pai Lee para os monstrengos soníferos.

Nessa sequência, temos o vizinho Emmet, o personagem de Cillian Murphy, que aparece vivo em um galpão , questionado por Evelyn do porque não ajudou a família quando requisitado pela fogueira, mas, será ele que seguirá com o trio em busca de permanecer vivo frente aos monstros.



Gosto do estilo do filme, principalmente por causa dos momentos em que todos fazem silêncio. Como é gostoso o silêncio de vez em quando.

Millicent Simmonds continua dando um show de interpretação e carisma, e o restante vocês já sabem.


O filme recebeu algumas indicações como Melhor Filme de Terror, Melhor Som, Efeitos Visuais e Destaque para jovem atriz para Millicent Simmonds em algumas premiações de 2021.

Está na Telecine e com certeza já prontos para a sequência Parte III.

" Paper Spiders " OU Renúncias da Vida. Está Disposto ?




 Estava na minha lista o filme " Paper Spiders ", da diretora Inon Shampanier , que recebeu indicação em alguma premiação em 2021.

O filme é bem interessante, pois trata de uma doença mental, e está na HBOMAX para conferir.

Dawn (Lili Taylor) acaba de perder o seu marido, e mora agora sozinha com sua filha Melanie (Stefania LaVie Owen) .


Dawn trabalha como secretária de um advogado e Melanie está terminando o seu secundário e está prestes a ir para a tão sonhada faculdade na Califórnia.

Acontece que Dawn implica com o vizinho que acabara de bater com o carro em uma árvore em frente à sua casa e fala que ele  a xingou e não gosta dela.

Os dias vão se passando e Dawn vai ficando cada vez mais implicada de que o vizinho a está vigiando e querendo entrar em sua casa.

Dawn deixa todos loucos. Chama a polícia várias vezes infundadamente e Melanie já não sabe mais o que fazer, inclusive se prejudicando na escola por faltas e atrasos causados por sua mãe.

Dawn não quer de jeito nenhum que Melanie vá estudar fora e a deixe sozinha.

Melanie, por sua vez tenta seguir sua vida, inclusive com um início de romance com o colega de escola Daniel ( Ian Nelson).


As coisas vão ase agravando e tornando insuportável a convivência de Dawn e Melanie na mesma casa e os surtos de Dawn vão se tornando mais e mais frequentes.

Dawn acaba sendo diagnosticada com surto psicótico/delírio persecutório e é internada.



Melanie passa na Universidade, começa o seu tão esperado curso, mas não sabe o que fazer com a mãe naquele estado.

Como enfrentar essa situação ?

Você para tudo e vai ficar com sua mãe ?




Bom filme e bom tema para discussão, principalmente em tempos de pandemia. 

" Tempo" OU Em Algum Lugar Fora Desse Mundo




Finalmente assisti ao filme  " Tempo " do diretor M. Night Shyamalan, baseado  na HQ "Castelo de Areia", de Pierre Oscar Lévy e Frederik Peeters.

No filme, Guy Cappa ( Gael García Bernal) com sua esposa Prisca Cappa (Vicky Krieps ) e seus filhos Maddox e Trent  vão tirar uns dias de folga em um resort bem afastado e luxuoso.

Chegando lá, são muito bem tratado pelo proprietário e convidados a irem à uma praia particular, uma reserva natural para poucos. 

Eles aceitam.

Detalhe que essa será a última viagem do casal, pois eles estão se separando.

Lá, eles encontram com outros turistas e coisas estranhas e bizarras começam a acontecer e o que era para ser um dia diferente e particular parece ser o começo do inferno.


Algo faz com que as crianças envelheçam de forma progressiva, e  os pequenos Maddox e Trent se tornam adultos : Alex Wolff e Thomasin McKenzie são as crianças envelhecidas.

Mais episódios bizarros vão acontecendo com todos nessa praia, e eles não vêem saída, até que Trent ( Emun Elliott ) e Maddox ( Embeth Davidtz ), mais velhos ainda,  percebem que o coral pode fornecer uma proteção contra o magnetismo que causa os desmaios, eles decidem nadar em direção do coral.

Vemos que o filme mostra uma grande crítica contra as grandes indústrias farmacêuticas, que fazem de tudo para ganharem dinheiro às custas de não sabemos bem o que direito.

No filme, o Hotel Anamika, é uma fachada para uma empresa farmacêutica chamada Warren & Warren. O local usa as pessoas como cobaias para experiências. Eles conseguem as informações médicas das pessoas e em seguida oferecem às pessoas uma ótima tarifa para uma estadia tranquila e barata.



Então, eles levam os hóspedes  já selecionados para a praia onde o envelhecimento é acelerado. Tudo isso é para que a Warren & Warren acelere os testes clínicos.

Por exemplo, um medicamento anti -convulsivo que deram a Patricia (Nikki Amuka-Bird) age em oito horas, o que equivalia a dezesseis anos de pesquisas no mundo normal.



No final, Maddox e Trent terão que explicar à uma tia como estão com mais de 50 anos e não são mais aquelas crianças de 6 e 11 anos.


O filme não te passa muita verdade. Você sabe que aquilo tudo é ficção e assim fica muito difícil uma aproximação.

De qualquer é um filme de M. Night Shyamalan, e estamos aí para mais uma conferida.

No Telecine !

" Incident By A Bank" OU As Visões de Ver e Não Ver


 Assisti ao curta metragem do aclamado diretor Ruben Ostlund, Palma de Ouro por " The Square ".

O filme recria uma cena que aconteceu de verdade em Estocolmo em 2006, quando dois rapazes em uma moto, desceram para assaltar um banco.

O que o diretor quis nos mostrar é que as pessoas que estavam em volta, vendo tudo isso acontecer ou participando desse infortúnio, é de como as pessoas são  egocêntricas e frias ao ponto de filmarem o acontecido, não chamarem a polícia, não terem nenhuma outra reação, como se tudo aquilo fosse uma cena de um filme, uma ficção.

Estamos mesmos entrando em um mundo onde nem se comprar um eletrodoméstico ou uma entrada para uma peça de teatro se faz presencialmente. Tudo é feito pelo celular e através de aplicativos online.

Assim caminham os assaltos, os relacionamentos, o trabalho remoto, e tudo ao nosso entorno.

É uma crítica à passividade  e a apatia das pessoas frente a uma situação embaraçosa.

Aonde vamos parar ?

Assistam no MUBI. 

quarta-feira, 27 de abril de 2022

" Luzifer " OU O Encontro do Profano X Sagrado Nos Alpes Austríacos.



 Estava em minha lista esse filme que estreou na MUBI, " Luzifer " do diretor  Peter Brunner, que se passa nos alpes austríacos, com montanhas cheias de neve e em um lugar totalmente inóspito e sem nada.

Mas lá estão mãe (Susanne Jensen) e Johannes (Franz Rogowski), que vivem em torno de cultos, orações e agradecimentos à Deus, pela sobriedade dela e por dar lhes a continuidade de uma vida em paz.

Johannes tem um problema mental, não articula bem as palavras, é como se fora uma criança que obedece a mãe em todas as ordens.

Mas ele é grande, forte e vive com seu amigo Arthur ( uma águia ) que já faz parte da família.

O modo como comem e vivem é rudimentar, de subsistência, mas estão felizes e não reclamam por isso.

A paz vai embora quando telefonemas e drones começam a rodear a mãe querendo que ela venda o terreno e a casa para a implantação de um pista de esqui no local.

Foi um inferno diário, o diabo ia e vinha e não os deixava em paz. Mãe e Johannes já não tinham mais forças para resistirem a tamanha ofensiva dos homens maus.

Mais um caso em que a natureza e paz de espírito é colocada em xeque perante o capitalismo e a ganância dos homens.

Luzifer é um filme lento, mas suas imagens santas contrastadas com o profano, com o pecado, faz nos refletir um pouco sobre a vida que levamos.

No MUBI.

terça-feira, 26 de abril de 2022

" Cowboys " OU Não Quero o Que a Cabeça Pensa, Quero o que a Alma Deseja


 

Assisti ao filme " Cowboys " de Anna Kerrigan, que se passa no oeste dos EUA e tem uma família desestruturada como tema do filme.

Acontece que Joe ( Sasha Knight) nasceu em um corpo de menina, mas se sente como menino, e o pai Troy ( Steve Zahn) é o primeiro a saber disso, pois a menina o contou.

Troy aceitou com a maior naturalidade e desde então queria ter o filho como companheiro. O problema era a mãe Sally (Jillian Bell) que não aceitava isso de forma alguma e coloca a culpa em Troy por bagunçar a cabeça da filha.


Troy vai preso por agredir seu sobrinho e o cunhado justamente por causa de Joe. Quando sai da prisão, vai visitar o filho que pede que ele fuja com ele porque não aguenta mais viver com a mãe que não o aceita.

Troy e Joe fazem uma longa viagem de reflexão, amizade, aventura, auto conhecimento, com o objetivo de atravessar a fronteira dos EUA para o Canadá.

A polícia entra no caso com a detetive Faith Erickson ( Ann Dowd) e anuncia no país inteiro um sequestro de um pai pela filha ( a mãe inicialmente dá uma foto de menina para a detetive).

Sinceramente o filme não empolga muito a não ser o tema que é importante e vale sempre a discussão.

É isso !

" Isto Não è Um Enterro, Isto é Uma Ressurreição " OU A Marcha dos Mortos e dos Vivos



Fazia tempo que queria assistir ao filme de Lesoto, que tentou uma vaga como Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2021, " Isto Não è Um Enterro, Isto é Uma Ressurreição " de Lemohang Jeremiah Mosese .

O filme inicia com um luto muito intenso de uma  senhora de 90 anos da vila, que perde o marido e o filho de uma vez.


O seu mundo caiu. Ela não quer mais nada. Só pede a morte. Pede que o coveiro abra uma vala para ela. Não existe mais espaço e o porquê dela continuar a viver.

Mantoa ( Mary Twala) está sempre presente entre os moradores e parece ser uma mulher muito respeitada. A dor e o sofrimento são grandes, a morte está por vir.

De repente, os moradores dessa pequena vila, e Mantoa se vêem acuados por uma construção de uma grande represa que será construída no local e todos devem sair dali.


Mas, como assim? Como deixar o lugar em que se construiu uma história, uma vida cheia de sentimentos, amor, e em um estalo tudo vai se embora.

Mantoa renasce das quase cinzas e mostra a sua resiliência e força para lutar contra esses predadores de história da vida para alí permanecer.

Agora ela quer é viver e lutar pelo lugar onde seus antepassados e também presentes tiveram e continuam fazendo suas histórias.


O filme tem uma fotografia muito bonita e a atuação de Mary Twala é esplêndida.

Interessante conhecer um filme de um país tão desconhecido para nós.


Valeu !

" O Professor Substituto" OU Poderoso,Hipnotizante, Surpreendente e Com Dimensão Política



Ah os filmes franceses... Definitivamente são os melhores para mim. Parece que tudo que gosto encontro dentro deles.

Assisti ao " O Professor Substituto", do diretor Sebastien Marnier, onde Laurent Lafitte, o professor Pierre Hoffman balança a roseira toda a vez que aparece. Ele enche a tela. O filme é ELE. 

Estamos falando de uma classe com alunos nota 10, especiais, do ensino médio na França, onde um professor se joga pela janela para tentar cometer o suicídio.

Após essa tragédia, vem o substituto Pierre Hoffman ( Laurent Lafitte), que já saca de cara que seis alunos vão lhe causar problemas.

O dia a dia do professor Pierre não é fácil, ele não tem a aceitação dos alunos e coisas estranhas começam a acontecer com ele, na casa dele, no celular dele.

Além disso, percebe uma movimentação estranha nesse grupo, e vê que nem a direção do colégio se importa com isso. O negócio é que eles atinjam excelentes notas e  faça disso a melhor escola da região.

Os outros professores também são bem esquisitões, e Pierre não pode contar com nenhum deles.

O seu amigo amante, que agora tem uma bebê, também não tem mais tempo para ele, e desaparece do filme se dar explicações.

Resta a Pierre tentar decifrar o que está por trás desses adolescentes.

É exatamente desse tipo de filme que gosto. Com pegadas subliminares, com um pouco de suspense e mistério, com lacunas, onde você possa viajar durante a sua exibição.

Destaque para a analogia feita pelo diretor com relação ao livro A Metamorfose de Kafka, já que o professor defende tese sobre o autor. Me refiro às baratas...

Excelente! Recomendo !


segunda-feira, 25 de abril de 2022

" Synonymes " OU Uma Europa Que Morde E Assopra

 


Assisti ao filme " Synonymes ", do diretor israelense Nadav Lapid, que conta a história de um jovem que foge de Israel, abandona o exército, sua pátria e vem  para Paris apenas com uma calça jeans, uma mochila grande e um sonho de conquistar a Europa, falar francês, ser um cidadão diferente do que era em Israel.

A cena inicial é brilhante, interessante, despudorada, mas, fala em muito sobre o que veremos a seguir e o que o diretor quer dizer com a imigração de não europeus à Europa.

Está lá o jovem Yoav ( Tom Mercier), quase morto de frio, salvo por um casal de jovens franceses, no mesmo casarão.

Está formada a história : Caroline ( Louise Chevillotte) e Emile (Quentin Domaire) abrigam o jovem, o salvam da hipotermia e do nada viram um trio de amigos.

Lhe dão roupa, dinheiro, o escutam e encontram com certa frequência.

Yoav somente quer esquecer sua identidade, ser um francês, e encontrar a sua felicidade, ou dignidade digamos assim.

Ele tem um único companheiro : O dicionário francês- hebraico, que com ele profere inúmeras palavras e frases em suas histórias da infância, do exército e de sua vida em geral, o que interessa aos franceses, que o ouvem e tomam como exóticas.

Yoav não se encontra em lugar algum. Não consegue se impor. Vende o seu corpo para um fotógrafo por alguns trocados, tem um romance com Caroline, meio que sem sentimentos, e por consequência há uma certa tensão homoafetiva entre Emile e ele deixada nas sublinhas.

Quando tudo isso passa do limite, Yoav sente que não será mais tolerado pelos amigos e nem pela França.

A porta se fecha ... 

Uma ótima reflexão sobre como acontece esse acolhimento dos europeus aos imigrantes.

Adorei o logo do filme em seu pôster com um y mostrando a torre Eiffel invertida.

Destaque para " Pump Up The Jam " do Technotronic.

Urso de Ouro em Berlim em 2019. No MUBI.

Recomendo !