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sábado, 31 de julho de 2021

" First Cow" Ou Ah, A Humanidade E Outras Boas Intenções...

 


Finalmente assisti o filme " First Cow" da diretora Kelly Reichardt. Aliás, assisti por 2 vezes seguidas, já que na primeira perdi em algum momento a essência, o miolo do filme.

Primeiramente. é um filme de rara sensibilidade, com as mãos de uma mulher, a fotografia  é belíssima, a calma, a paz da natureza do lugar, o rio, a simplicidade da vila e dos moradores, apesar de serem rústicos e em momento de defesa, violentos, a busca pela sobrevivência, caçando e buscando na própria terra e natureza , tudo para morar e comer.

Eis que surge Cookie( John Magaro), que foi contratado por um bando de caçadores, para cozinhar para eles, através exatamente do que encontra pela mata. 

Lembrando que estamos em 1820, nos EUA, Cookie ao buscar cogumelos, encontra King Lu ( Orion Lee), um chinês, sem roupas, fugindo dos russos, pois havia acertado com uma bala, um deles.

Cookie, de imediato dá comida e roupa para o chinês, além de abrigo em sua cabana.

Cookie acaba saindo do seu bando e anda com o chinês até a vila, onde com a chegada da primeira  vaca na região, eles têm uma ideia, e se der certo, vão ganhar um bom dinheiro e depois realizarem o seus sonhos, que é montar um hotel em São Francisco.

O negócio dá certo, um bolinho delicioso com mel, frito, mas com o leite ordenhado na vaca do comerciante chefe local, e roubado , claro.

Eles vão seguindo até que algo dê errado. E em uma oportunidade, com um homem importante visitando o comerciante chefe, e Cookie fazendo um bolo diferente, as coisas parecem mudar de rumo.

Cookie e King Lu vão até o final com sua bela amizade, que pode sim , existir entre dois homens, e é essa a mensagem do filme.

Lembrando que esse filme apareceu na lista de vários cinéfilos e especialistas, como o melhor filme de 2020.

Valeu, veja no MUBI. 

 

sexta-feira, 30 de julho de 2021

" Equal" OU A História Bem Antes da História / Serie Documental da HBOMAX.



 

Assisti " Equal ",uma docusérie, presente na HBOMAX, com a direção de Stephen Kijak e Kimberley Reed.

Eles pretendem mostrar ao espectador, quem foram as pessoas que lutaram, foram ativos e marcaram seu nome, mesmo que desconhecidos para a maioria de nós e da mídia, quando o assunto é LGBTQIA+ .

Década de 30, 40, 50 nos EUA, vários homens e mulheres começaram seus grupinhos secretos, clubes escondidos, que aos poucos viraram publicações de revistas para homens e para mulheres.

Eles não podiam aparecer, era crime em muitos estados, foram várias vezes presos, e a vida não foi fácil para essa gente.

E é esse o objetivo de mostrar o que aconteceu bem antes de Stonewall, considerado o marco da revolta, o fim da violência aos gays, lésbicas e travestis.

Foram pessoas influentes e competentes no que faziam. Artistas, escritores, que com muita força mantiveram suas posições frente ao preconceito.

A docusérie se resume em quatro episódios, sendo o último todo voltado para Stonewall.

O documentário mescla elementos de arquivo com gravações ficcionais com diálogos dos personagens em questão.

É um documento interessante, e assim sabemos que essas pessoas existiram e também contribuíram para todo o movimento.

Lá no HBOMAX.

PS : Gostei da abertura, bem contemporânea e do pôster.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

" Quem Vai Ficar Com Mário ? " OU Se Minha Empregada Falasse ...





 Quer uma comédia nacional suave, para rir um pouco e passar o tempo ? Assista " Quem Vai Ficar Com Mário ? ", com a direção de Hsu Chien.

Mário ( Daniel Rocha) que é escritor e trabalha com dramaturgo, mentiu para o pai Antônio ( José Victor Castiel), que iria para o Rio de Janeiro fazer faculdade de administração, pois a intenção do pai era que ele desse continuidade à cervejaria que a família tem em Nova Petrópolis, que no momento está o irmão Vicente ( Rômulo Arantes Neto ).

Ainda no meio do teatro, Mário vive há 4 anos com Fernando ( Felipe Abib), diretor de teatro, gay e integrante da Cia A Terceira Força ,juntamente com Lana ( Nany People), Kiko ( Victor Maia ) e Xande ( Nando Brandão ).

Aproveitando que a Cia está em temporada em Porto Alegre, Mário vai dar uma passadinha na casa do pai, em Nova Petrópolis, para contar a verdade e dizer que é gay.

Só que quando chega lá, ele tem uma primeira surpresa: Que é falar para seu irmão Vicente e não esperar o que viria a seguir.

Depois, acidentalmente, conhece Ana ( Letícia Lima), uma mulher que trabalha como Coach em cervejaria, que está chegando na cidade e vai se hospedar no hotel por um tempo.

Com todo esse início, Antônio, o pai, teve uma angina, ficou internado, pediu que Vicente se afastasse da cervejaria e ordenou que Mário tomasse conta da mesma.

E agora?

Mário demora nessa sua missão, não conta nada pro pai, e Fernando, angustiado com sua ausência, vai para Nova Petrópolis. Aliás, a trupe toda baixa na casa de Mário e aí esta aberta a sessão de horrores, pois têm que se portar como homens na casa de um homofóbico e não deixar que transpareça nada .

Os dias passam, Ana se aproxima de Mário instintivamente , que também se aproxima de Ana, inexplicavelmente , e a história tem um novo rumo.

Salvador ( Marcos Breda ) é casado com a irmã de Mário, Bianca ( Elisa Pinheiro). Salvador é muito inconveniente, chato, não para de chamar o sogro de pai, e tem muito interesse em cuidar da cervejaria sem nem mesmo entender de cerveja. É um verdadeiro parasita, e provavelmente gay também . Adora um jiu-jitsu.

Os irmãos, juntos com a avó, preparam uma nova cerveja para a festa anual da cerveja: Uma cerveja pink, que visa o mercado LGBTQIA+.

É meus senhores, o seu Antônio agora vai infartar. Mas ele está animado com a chegada de Lana em sua casa, e parece ter se apaixonado por ela, que também tem seus segredinhos.

O filme termina justamente com a festa da cerveja e com muita animação, acompanhados da música " O menino e o Espelho " de Pabllo Vittar.

Está no Prime Vídeo !  

 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

" Tenet" OU Processo Reverso


 Assisti finalmente ao filme " Tenet", do diretor Christopher Nolan, disponível na HBOMAX.

Desde o início, sabia que o filme seria difícil e tentei me concentrar ao máximo para entender o filme e a mensagem.

Uma organização misteriosa chamada Tenet, recruta um homem ( John David Washington) para uma missão muito importante e séria : Impedir a terceira Guerra Mundial.

Ele precisa impedir que Sator ( Kenneth Branagh), um russo milionário inicie tudo isso e acabe com a humanidade.

O cara usa a mulher de Sator, Katherine ( Elisabeth Debicki) como ponte para chegar ao poderoso russo.

Neil ( Robert Pattinson) é seu parceiro nessa missão, assim como vários homens no meio do caminho que estão juntos pela CIA nessa missão.

O filme é de ação, tem cenas boas, dinâmicas, mas, também de extrema delicadeza nos fatos, para que possamos entender o antes e o depois, o passado, e o futuro e qual a mensagem nisso tudo.

Eles ficam atrás de um plutônio, que o Sator tem poder, que é radioativo e letal, e através de uma cápsula vêm e vão para um tempo deles.

As imagens são belíssimas de uma cidade costeira, o penhasco, o mar, assim como a linda Elisabeth Debicki que enche sua tela com sua beleza toda vez que aparece.

Gostei do filme sim, e agora corro atrás para entender o porquê de tudo isso .

Recomendo ! 


" A Felicidade Delas " OU Fragilidade, Teu Nome é Mulher.


Que curta metragem fantástico! parabéns à diretora Carol Rodrigues por nos proporcionar essa beleza cênica, cheia de cores e símbolos.

Era dia da Marcha da Mulher, e Ivy e Tamirys estavam nas ruas protestando, gritando, sonhando com dias melhores, quando a polícia, como sempre, veio para repreender tudo e todos.

As meninas fogem, uma delas é pega, a outra a ajuda, e juntas elas se escondem em uma casa abandonada.

É nessa casa que Ivy e Tamirys têm mais uma coisa em comum: O desejo !

As cenas são belíssimas, o grafite, a descoberta de cada cômodo com a lanterna do celular, a descoberta do corpo, a boca , o beijo .

A água.

A chuva .

A inundação.

Para finalizar, ainda temos a linda canção de Liniker, " Sem Nome, Mas com Endereço".

No MUBI, imperdível .  

" Meeting The Man : James Baldwin In Paris " OU As Coisas Têm Que Mudar Para Que Permaneçam na Mesma




Excelente o curta documental do MUBI, " Meeting The Man : James Baldwin In Paris " , com a direção de Terence Dixon, filmado em Paris.

O filme era para falar da vida de escritor de James Baldwin, mas, no meio do caminho ele não queria falar de nada, se embestou, e implicou com a filmagem, deixando tudo muito complicado e exposto.

Levou o diretor para a Praça da Bastilha, comentou sobre o porque de estar ali, o porque dele ter fugido dos EUA e ter ido para Paris, questionava Ingleses, Franceses e Europeus em geral .

Você fica extasiado com qualquer palavra proferida por Baldwin. Parece que tudo o que ele fala tem um sentido estrondoso, e pode soltar uma bomba a qualquer momento.

Os olhos dele, esbugalhados, brilham de tanta vontade de dizer alguma coisa. E olha que ele tem muita coisa pra falar.

A questão do negro é só do negro, e ele não admite um branco dizer que sabe, que sente ou que entende.

O filme foi remasterizado, pois era de 1970 e está muito bom. É imperdível. Esse cara foi um gênio.

Curta documental imperdível no MUBI.

"Elize Matsunaga : Era Uma Vez Um Crime " OU Premeditado ou Ensandecido ?

 


Assisti a minissérie  Elize Matsunaga : Era Uma Vez Um Crime ", da Netflix, com a direção de Eliza Capai, em 4 capítulos, que conta a história desse fato que comoveu o Brasil em 2012.

Elise Matsunaga, menina simples, família humilde, que morava em Chopinzinho no Paraná, onde logo cedo foi abandonada pelo pai, sua mãe foi para a capital ganhar dinheiro para sustentar a família, se juntou com outro homem, e esse, o padrastro de Elise a estuprou.

Elise tentou fugir da casa, voltou, e foi morar com a tia. Saiu de casa para também ganhar o seu dinheiro e sair daquela miséria.

Foi ser garota de programa em São Paulo, fez faculdade de Direito, e conheceu Marcos Matsunaga, o herdeiro da Yoki, onde teve uma vida de rainha.

Conheceu o mundo, comeu e bebeu do melhor, aprendeu a caçar, teve contato com armas, vinhos, charutos e outras excentricidades, que fazia do casal, um casal exótico.

O único problema do casal era o ciúmes. Elize sempre desconfiava de marcos de ele ter uma amante. A Yoki estava para ser vendida em um negócio de bilhões.

Elize contrata um detetive que confirma o adultério. Marcos tinha uma outra mulher: Outra prostituta .

Ela fica ensandecida, vai para Chopinzinho para ver a tia, volta e nesse mesmo dia, mata marcos com um tiro e o esquarteja, tirando-o do apartamento através de malas.

O corpo é colocado em partes em sacos plásticos e lançados em uma estrada de terra em Cotia.

Elize assume o assassinato. Ela acabara de ter tido uma filha, que não havia completado 01 ano. 

Por que Elize o matou e o esquartejou dessa forma ? Essa é a questão. Foi condenada a 19 anos, e depois reduzido a 16 anos.

No documentário vimos a predileção de marcos por prostitutas, de como ele gostava de armas, de caça, de vinhos e charutos. Tinha um arsenal em casa e uma adega milionária.

Elize em uma frase resume tudo: Tem segredos que não revelamos nessa vida. Vão morrer com a gente.

Nos quatro capítulos, os advogados de defesa e acusação, toda a arquitetura planejada para o dia do julgamento, o legista que mais parecia um artista, com suas frases inéditas , surreais e fantasiosas.

O que fica bem claro também é que estamos em um país extremamente machista, misógino, com a figura da mulher não valendo nem uma nota de 2 reais.

Na verdade, acredito que todas as prostitutas estouraram um champagne com o caso de Elize, por tudo o que elas recebem de ruim durante sua jornada, por tudo que elas apanham, são humilhadas, cuspidas pela sociedade e assassinadas. Quantas prostitutas são assassinadas por dia no Brasil ?

Nada disso dá o direito de uma mulher atirar e esquartejar o marido por isso ou por aquilo, não dá o direito de fazer justiça com as próprias mãos, mas, tudo isso agora é só uma história, que virou uma minissérie e que talvez ninguém saiba realmente o que aconteceu naquele dia.

Assistam na Netflix !

terça-feira, 27 de julho de 2021

" Apiyemiyeki ? " OU Por Que ?

 


Curta brasileiro dirigido por Ana Vaz, " Apiyemiyeki ? ", mostra um pouco da história dos Uaimiris Atroaris, uma tribo indígena, que foi atrocidada na ditadura militar.

Seu Egydio, um missionário que se instalou em Presidente Figueiredo-AM, narra através de suas histórias e desenhos dos próprios índios o que foi o massacre, o genocídio, talvez um dos maiores já vistos até hoje.

O curta grita, pede socorro, sangra com tudo o que aconteceu na época da construção da BR-174 e da Zona Franca de Manaus.

A gente parece que sente na pele os tiros, a violência do branco por ganância, por terras, por madeira, tirando a vida daqueles que ali já estavam .

Um bom exercício de nossa triste história que estava por sair do catálogo do MUBI.

Lembrando que " Apiyemiyeki ? " significa Por que ?

" Summer Vacation" OU Adivinhe Quem Vem Para Rezar ?





 Mais uma surpresa agradabilíssima do MUBI. Assisti ao curta israelense " Summer Vacation", com a direção de TaL Granit e Sharon Maymon.

O filme foi filmado em uma das lindas praias israelenses, onde  a família de Yuval (Iftachi Kein) foi passar as férias de verão.

Yuval, sua esposa Michaela ( Hilla Vidor) e os dois filhos, curtiam bem, até que após uma brincadeira com o pai na areia, quase vira tragédia.

Dois homens passando por ali ajudaram a situação a não se tornar pior, e depois Michaela os convidou para jantar com eles à noite e tomar um vinho.

Conversa vai conversa vem, percebe-se que Yuval está meio desconcertado e desconfortável. Iftachi ( Oded Leopold) estava com seu namorado Noam (Ido Bartal), também curtindo as férias.

Algo pairava por alí que descobriríamos depois. Homofobia / Ciúmes por causa da mulher que estava amiga dos rapazes?

Um toque de celular explica e dá toda a sequência do filme, com um final bem diferente e do jeito que a gente gosta.

Eu fico vidrado com esse tipo de filme. Inteligente, bonito e com finais abertos.

Vá ao MUBI !

segunda-feira, 26 de julho de 2021

" M " OU Um Soco no Estômago !



 Sem querer, querendo, pois vi que o filme sairia do catálogo do MUBI em alguns dias, assisti " M", com a direção de Yolande Zauberman, que tem Menachem Lang como protagonista e narrador de uma tragédia judaica, digamos assim.

Eu não acreditava, nos minutos que iam se passando no filme, que o rapaz estava falando aquilo, fazendo aquela confissão, de que em sua infãncia , tinha sido abusado e estuprado por várias vezes, e em algumas delas pelos próprios rabinos.

Pior, ao chegar em casa, e contar ao seu pai, o mesmo dava razão aos estupradores e não ao filho, dizendo que ele seria impuro e não podia mais frequentar a sinagoga.

Triste demais !

Menachem sai logo de casa quando pode, e vai embora para Tel-aviv. Lá ele se casa, se divorcia, e depois sai com mulheres, transexuais e homens, com preferência a homens.

Depois de 10 anos, resolve voltar à terra natal para esclarecer algumas coisas. 

Menachem chega à "terra dos pretos ", nome que é dado à Bnei Brak, pelo fato de apenas encontrar homens ligados à ortodoxia bem radical mesmo, onde a Torá é seguida ipsis litteris.

Chegando lá, ele encontra algumas pessoas, conversa com elas, conta do que passou na infância, e percebe que outras pessoas também passaram por isso. Vai à casa de um de seus estupradores, mas, esse não o atende. Conversa com jovens que também foram vítimas de estupro, e que estão a dias de um casamento, tentando fazer com que isso não influencie no corpo e na alma.

Menachem fala demais, não tem medo do que fala, e se expõe em uma sociedade suja, fechada e conivente com seus líderes religiosos.

Eles falam que até nos banhos de purificação, as crianças são abusadas. Vai à sua casa conversar com o pai e a mãe, e descobre que seu irmão mais novo foi abusado pelo marido de sua irmã, que fugiu de desgosto.

Agora, por que o irmão continuou sendo aceito pelo pai e ele não ? Segundo o pai, ele não deveria ter deixado ser abusado, achou que ele teria gostado, e tornado impuro.

E a mãe ? Nenhuma palavra. Aliás, a mulher pelo Torá, é feita apenas para procriar. O homem deve apenas penetrá-la, no escuro, sem beijos, sem carícias, sem abraços , sem nada. É fazer filho atrás de filho, que depois, vão ter aqueles cachinhos no cabelo e usarem chapéus  e ternos pretos.

Quando estive em Israel, já soube que os maridos raspavam o cabelo das mulheres para que elas não tivessem nenhum tipo de poder, já que para eles, o cabelo tem esse significado. Para sair às ruas, elas usam perucas.

Agora, você imagina como deve ser a relação dessas mulheres com seus maridos em casa .

Foi um choque muito grande cada minuto que eu assistia ao filme. A cada revelação, eu constatava que aqueles homens de preto, de chapéus grande e redondos eram ruins, não faziam o bem, mesmo estando com uma bíblia aberta o tempo todo falando e citando palavras que deveriam fazer o bem comum.

Quanta criança, quantos bebês, e quanta gente fumando, falando alto, justificando o injustificável.

Uma bomba que parecia que a qualquer momento iria estourar para o lado de Menachem, mas, na verdade, estourou foi minha cabeça em pensar que tudo isso é verdade e aconteceu.

Não sei mais o que dizer. Preciso ler sobre isso, dar uma estudada e ver se isso é comentado em algum  lugar ou se foi apenas com esse filme que pudemos infelizmente ter essa constatação.

Pensei até em conversar com um padre que estava em Jerusalém na época em que lá estive e mora na minha cidade para me falar mais sobre isso.

Assista ao filme antes que saia do MUBI. Vale a pena !

 

 

" Sweat" OU Quando A Sua Intimidade Está Ameaçada


 Foi uma boa pedida esse filme sueco do MUBI: " Sweat", com a direção de Magnus Von Horn, que fala de uma digital influencer do fitness, com seus milhares de seguidores.

Sylwia (Magdalena Kolenik) faz seus posts o dia todo, não só na aeróbica, nos exercícios, na alimentação e seus fãs vão ao delírio.

Quando Sylwia sai às ruas, e alguém a encontra, faz declarações, de que ela salvou a vida dela, e que hoje não vive sem seus ensinamentos.

Mas, quando Sylwia chega em sua casa, não é só essa bomba de auto estima não. Ela tem problemas. Menos com seu cachorro Jackson, que o alimenta, ficam juntos e compartilham o tempo que estão juntos com muito amor.

Falando em amor, Sylwia é solitária, não tem amigos, não tem namorado, é meio que afastada do pai e da mãe, e um dia essa conta chega.

Tudo está indo relativamente bem, quando Sylwia começa a perceber que um homem a persegue, fica com o carro parado em frente ao seu apartamento, quando sai às ruas, ele a olha, e define-o como um stalker.

É aniversário da mãe. Sylwia vai para aa casa dos pais, em um almoço e como de costume, se entristece com algum comentário ou assunto na mesa, fazendo com que se afaste mais.

Tenta ficar com alguém em uma balada. Não é o que quer. Tem medo, É só sexo. É violento. E violência é o que acontece depois de um encontro.

Sylwia vai ao hospital. Volta e posta um shake. Dá comida para Jackson. E continua sozinha.

O filme mostra que o glamour, o dinheiro, a facilidade, as marcas, os seguidores, a exposição nas redes sociais tem um preço.

E o preço da solidão é maior do que tudo isso, não é Sylwia?

Vale a pena ver esse excelente filme no MUBI.