O filme, que tem o título baseado no romancista alemão Novalis, que sempre esteve em busca da rosa azul e nunca a encontrou, tem o apartamento de Marcelo Diorio, como locação .
É como se fora um documentário, com alguns takes de ficção , e tudo isso, junto e misturado é um líquido bem difícil de se digerir, no aspecto social, emocional, de alma mesmo.
Sabia que o filme iria ficar na minha cabeça uns dias, e quando isso acontece, BINGO !, o filme me ganhou.
Marcelo, que tem uns 40 anos, conta sua história, suas lembranças de quando era criança, o vínculo tedioso com o seu pai, a distância com o seu irmão , até um ponto que se aproximam até demais, a mãe que parece não ter muito significado em suas lembranças, a avó, essa sim, muito marcante na vida de Marcelo e o começo de sua vida sexual .
Essa, sua vida sexual, é a que mais tem importância no filme. Marcelo é louco por sexo, é louco em dar o cú, e vive o dia todo em busca de homens que o satisfaça nos aplicativos.
Marcelo é muito culto, politizado, com palavras articuladas, despudorado, aberto à qualquer assunto e situação, gosta de plantas, de café e de sexo, de dar o cú ...
Tem um ritual próprio para que o seu cú esteja sempre em ordem e pronto para ser usado .
Marcelo te surpreende com suas histórias pessoais, familiares e as de sexo. Lembrou-me muito de Caio Fernando Abreu, principalmente por causa de seu conhecimento em astrologia, e citações sobre signos ,ascendências , linha da vida, etc .
Dei muita risada do caso do rapaz do apartamento no mesmo prédio que ele, que achou que tivesse colocado uma bomba no seu cú, com data e horário para explodir. Foi hilário !
Marcelo é um ótimo contador de histórias, mas, um ótimo ator também, e vive muito bem com o hiv .
Se você quer sair do seu conforto, e assistir a um filme que mexe com alguma coisa sua, assista : A Rosa Azul de Novalis !
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