Powered By Blogger

quinta-feira, 18 de junho de 2020

"Dráuzio Entrevista Tom Zé" OU Um Cara Da Hora !


Nunca tinha ouvido Tom Zé falar, e sim ouvido suas canções, poucas também, porque agora que eu o estou descobrindo e gostando.

Achei essa entrevista com Dr Dráuzio e resolvi acompanhar. Nela, eles falam do nascimento do cantor em 1936 em Irará, Bahia, fala de seu ingresso na Universidade Bahiana, no curso de Música.

Vem com o pessoal da MPB para São Paulo, encenar Arena Canta Bahia, sob a direção de Augusto Boal, e entra pra história como um dos integrantes do Movimento Tropicália.

Em 68, leva o primeiro lugar no festival da Record com a música " São Paulo, Meu Amor".

Passa uns quase 20 anos meio que sozinho, sem nada, apenas cantando para agremiações estudantis, quando foi descoberto por David Byrne, músico do Talking Heads, que o levou para uma turnê para Europa e EUA.

Começou contando uma história em uma música para que prendesse a atenção de quem conhecia os personagens e ficasse interessado.

Sempre tentou encontrar algum som, alguma coisa que não fora explorada para inovar e colocar em sua canção .


Tem uma predileção pelo romance " Os Sertões " de Euclides da Cunha, pois acha que entendia completamente o que o escritor queria passar pois via aquilo todos os dias.

Sonha em ter uma morte no palco. Seria uma realização !

Gostei muito do que escutei, quero ver outros, ler mais sobre ele e assim irei acrescentando nessa postagem ...

Em um segundo momento, encontrei uma BRAVO de 2012, com uma capa maravilhosa inteira de Tom Zé, que falaria sobre o lançamento de um novo disco, da Tropicália e da parceria com jovens cantores.

Destaque para a facilidade em Tom Zé inventar palavras, frases e instrumentos, assim como ele ter um quê de sonhador.

Falava do disco Tropicália Lixo Lógico, mas, também foi citado Estudando o Samba.

A história mais importante que li foi a explicação dele como se deu o movimento da Tropicália :

Reza a lenda que a ostra fabrica a pérola apenas depois de uma pedra invadi-la. Compreende? A pedra entra na ostra e a importuna de dia, de tarde e de noite. Uma aporrinhação dos diabos. A ostra, perturbada, acaba gerando a pérola, como reação àquele incômodo. Considere que eu sou a ostra e que a pedra é a tal história de Oswald, Zé Celso, Oiticica e Agripino...

Não tem como não se apaixonar por seu físico de duende mameluco. Hoje, já com 83 anos.

Esse é Tom Ze !
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário