Assisti ao filme francês" A Fratura " de Catherini Corsini, que retrata o caos da saúde pública em hospitais da França, ao mesmo tempo que coloca os Coletes Amarelos nas ruas protestando contra o atual governo.
Filme bem complexo e que nos mostra como é complexa a situação atual do mundo em que vivemos, com dicotomia e polaridade em muitos países, com um lado odiando o outro até dentro de uma sala de emergência de um hospital, e com a população carente e periférica sofrendo as consequências dessa desastrosa política cada vez mais.
Encontramos o casal Raphaelle ( Valeria Bruni Tedeschi), uma cartunista, de meia idade, ensandecida com a separação da namorada Julie ( Marina Fois), saindo de casa e cortando definitivamente os laços afetivos com ela.
Em uma das últimas discussões, Raphaelle sai correndo na rua atrás de Julie e escorrega, cai e quebra o braço.
Vamos para o hospital. Um caos. Faixas e cartazes de greve geral. Poucos funcionários, Turnos seguidos de plantões, sobrecarga, poucos leitos, poucos médicos, e nada de incentivo do governo atual de Macron para a saúde.
Paralelo a isso tudo, acontece uma manifestação nas ruas dos coletes amarelos, reivindicando melhorias nas políticas públicas e em geral no País.
Até o filho de Julie vai para as ruas para se juntar a outros jovens para gritar e gritar e lutar contra os policiais, gás de pimenta e bombas de efeito.
Em uma dessas investidas Yann ( Pio Marmai), caminhoneiro, é ferido na perna e precisa ser levado ao hospital.
Lá, tudo é demorado, não há cirurgia para o momento, e a equipe que tem a enfermeira Kim ( Aissatou Dialoo Sagna), que venceu o Cesar do ano como Melhor Atriz Coadjuvante, tem que se virar nos 30, ou nos 50 para conter a balbúrdia instalada.
Yann e Raphaelle discutem cada um no seu pedaço sobre política, um de direita e o outro de esquerda, ou sei lá, só sei que um gritava com o outro.
Raphaelle não gritava só com Yann, e sim com sua namorada Julie, que cada hora estava em um lugar no hospital e ela queria que estivesse ali do lado dela. Nossa, dava até gastura vendo ela gritar no meio do hospital.
O filme conta também com passagens engraçadas, principalmente com Raphaelle em cena para dar uma amenizada no ambiente.
Mas, de verdade, você fica ruminando tudo o que viu por um bom par de horas e dias.
Bem atual, e com certeza bom ponto de partida para várias discussões político e sociais.
Valeu Reserva Imovision !
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