Mais um ótimo filme da Netflix, " Joy" de Sudabeh Mortezai, fala das mulheres nigerianas, que saem do seu país em busca de algo melhor na Europa, mas o que encontram é o trabalho escravo sexual, através de uma cafetina também nigeriana, que já inicia uma dívida de 60 mil euros com cada uma delas, as colocam em um cubículo com vários beliches para dividirem o quarto, e semanalmente vem buscar o seu dízimo de mil euros e ai de quem não cumprir a meta.
Joy ( Anwulika Alphonsus) é a personagem principal e a mais experiente, que está prestes a sair e saldar sua dívida com a Madame (Angela Ekeleme).
Ela tem o cabelo curto, mas coloca uma peruca loira, se veste bem, mas apesar do nome significar alegria, não se vê um sorriso em seu rosto. Joy está sempre concisa e focada no dinheiro para enviar para a Nigéria e cuidar de sua filha que fica em um jardim da infância.
Chega Precious (Mariam Sanusi), uma nova jovem, inexperiente e que não tem a mínima vontade ganhar dinheiro fazendo sexo toda hora com homens que não conhece.
Mas essa é a vida e a razão pela qual está na Europa. Ou vai ou racha! E Precious, com a ajuda de Joy se monta, fica mais sensual, e parte para a vida de prostituta.
O filme é nu e cru, não tem saída e nem rodeios. É isso e pronto.
Podemos também conhecer um tipo de ritual nigeriano para meninas que saem do país e precisam de proteção.
Uma cena que chamou a atenção foi a entrada de um grupo folclórico em um café vienense, com personagens e mascarados, cantando uma música sinistra. Até as nigerianas se assustaram com o rito.
Pra finalizar, acredito ser um filme para todos ainda entenderem a que nível um ser humano tem que passar para viver longe do país que não quer chamar de seu.
Premiado no Festival de Veneza e em Londres.
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