Nem sei por onde começar a falar desse filme que gostei tanto, e que na hora gostaria de ser amigo de Olivia Colman, que ela fosse na minha casa tomar um café para conversarmos, jogar conversa fora, falar de filmes, enfim... Acho ela simplesmente fantástica, a melhor .
O filme : " A Filha Perdida " , que tem a direção estreante da diretora Maggie Gyllenhaal e nos traz uma profunda reflexão sobre maternidade, sobre os momentos da mulher na infância dos filhos e os seus momentos, o próprio relacionamento com o companheiro, seus projetos profissionais e o que sobra de tudo isso.
O longa filmado em uma ilha grega, leva Leda ( Olivia Colman), professora de literatura comparada, a tirar umas férias em um apartamento alugado.
É um lugar só para ela, uma praia só pra ela, que logo no primeiro dia, foi invadida por uma imensa família barulhenta, que acabou com a paz da moça e lhe trouxe alguns problemas.
Nessa família, a única que lhe chamou a atenção foi Nina ( Dakota Johnson), que tinha uma filha pequena muito presente, que não deixava a mãe em paz, sugava o seu sangue o tempo todo, sufocava Nina, e isso lhe remeteu ao passado com suas duas filhas .
Com frequentes flashbacks, quem faz o papel de Leda jovem é Jessie Buckley, que se desdobra para criar suas filhas, às vezes não dá conta, nem de seu marido e vive em constante contraponto por causa de sua carreira profissional no meio da literatura comparada.
Em um desses momentos, Leda conhece o professor Hardy ( Peter Sarsgaard), que fica encantado com sua precisão de textos e pensamentos e a leva para todo seminário e congresso sobre o assunto.
Leda fica longe de casa. O marido fica com as filhas. Todos esses momentos vem à tona com a chegada dessa família na ilha e com Nina, que também não sabe como lidar com a filha que a sufoca e com o marido Tony ( Oliver Jackson Cohen) que vem aos finais de semana e tem negócios escusos no trabalho.
Na ilha, temos ainda os empregados Lyle ( Ed Harris), que recebe Leda em sua chegada e Will ( Paul Mescal) que fica mais no bar da praia.
Leda é quente e fria ao mesmo tempo, forte e frágil, hesitante e sagaz, com uma personalidade forte, mas, que também cede com o tempo, acaba por se envolver no sumiço da filha de Nina e no desaparecimento de sua boneca.
As caras e bocas de Olivia Colman, seu andar, seus olhos dizem o tanto quanto suas palavras, é tão grandiosa sua interpretação que você quer mais e mais.
Não tem como você não fazer uma reflexão de si e não entrar nessa história, que é baseada no livro de mesmo nome de Elena Ferrante.
Pessoal, tem que assistir, Olivia Colman já aparece nas listas como Melhor Atriz, Jessie Buckley também aparece como Melhor Atriz Coadjuvante, Maggie Gyllenhaal como melhor roteiro e direção e estreia .
Na Netflix !
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