Já fazia tempo que queria assistir a esse documentário,mas, foi nessa toada em que estou pelo menos assistindo a 01 doc/dia que peguei " Minding The Gap", do diretor Bing Liu para assistir.
Se você for se basear pelos primeiros minutos, vai supor que não será legal, que é somente um filme de molecada andando de skate para cima e para baixo, mas,o que vem depois da prática desse esporte é de dar um soco no estômago.
Com relação aos meninos Keire, Zack e Bing, o filme mostra o dia a dia deles no skate, ziguezagueando as ruas de Rockford,no Illinois, enchendo de prazer e adrenalina .
De repente, o longa começa a entrar na vida e na casa de cada um deles, e vemos que a infância e adolescência deles não foi fácil não.
Todos viveram em uma família disfuncional, saíram de casa, foram abusados por pais e padastros, uns entraram no vício do álcool e maconha, tiveram filho e assim vai, fazendo com que tudo isso reflita em um futuro bem próximo.
O documentário servia para isso, segundo Bing Liu, para reparar essas arestas, inclusive no seu caso, para ele ter finalmente uma conversa com sua mãe, dizendo que o seu padastro o abusava, batia muito nele, quando ficavam sozinhos, e ela não fez nada.
Zack, sempre trabalhou com o pai, mas, era muito na dele, do jeito dele, e teve um filho cedo com Nina. O relacionamento dos dois era péssimo, coisa de adolescente, onde um competia com o outro quem saía mais às noites ....Inacreditável o que estava vendo , mas, deixo para vocês tirarem suas conclusões . Aí, teve o problema da violência domiciliar contra a mulher e a separação, onde Nina foi morar com tios que acolheram ela e a criança. Não sei se falou-se dos pais de Nina, parece que não vi nada sobre eles, nem sei porque Nina saiu de casa .
Depois, aprofundou-se um pouco mais sobre a vida de Keire, o fato de ser negro, de também sair de casa por causa da rigidez do pai, que morre logo após e deixa uma marca na vida do menino. Ele volta para morar com a mãe, começa a trabalhar finalmente e cresce, indo morar em Denver no final .
Bing, o diretor do filme, se dá bem também, mesmo com sérios problemas na infância e a dificuldade de relacionamento com a mãe. No final, eles se entendem, e ele até a leva no altar para um novo casamento.
Olha, para quem gosta de skate, mas, para quem realmente quer entender um pouco mais sobre famílias disfuncionais, e ver que o problema não é somente nosso aqui no Brasil, o filme é obrigatório.
Tem hora que dá vontade de chorar de ver a fragilidade das pessoas .
Muito bom mesmo, valeu até uma indicação a melhor documentário no Oscar de 2019.
Eu recomendo !
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