Chegou a hora de eu encarar as mais de três horas do filme turco " Ervas Secas " de Nuri Bilge Ceylan, que foi o representante da Turquia para tentar o Oscar em 2024.
O filme é contemplativo, como no seu início com a tela toda branca de neve e um homem se aproximando da cidade ( vila), mas também caracteristicamente é repleto de diálogos infindáveis, que colocam frente a frente os personagens em uma discussão socio existencial.
Samet ( Deniz Celiloglu) é o professor que retorna para a vila depois das férias, mas espera ser transferido para Istambul.
Kenan ( Musab Ekici), que também leciona no colégio, mora com ele, e pretende ficar na vila, onde tem família, mas é pressionado a casar logo.
Samet tem uma caidinha por Sevim ( Ece Bagci), uma jovem estudante, a qual ele dá certa preferência dentro da sala de aula.
Um dia, após uma inspeção de rotina, foi encontrado uma carta nas coisas de Sevim, e Samet ficou com ela.
A menina não perdoou, dele saber de sua intimidade e o acusou juntamente com Kenan de um certo assédio.
Eles foram parar na Secretaria do Estado para se explicar, mas a coisa ficou meio que parada.
Nesse meio tempo Samet conhece a professora Nuray ( Merve Dizdar), que dá aulas de inglês e pretende sair sim da vila.
Nuray tem uma perna mecânica por um incidente político.
Ela se encanta com Kenan, mas Samet quer se antecipar e ter algo com a moça.
Os dias de neve parecem intermináveis, e dizem ter apenas duas estações: inverno e verão.
Senti a mesma coisa de quando estive em Istambul: Um machismo enorme. Nas ruas 98% eram homens, e os homens pareciam estar tinindo atrás de uma mulher.
A cena de Samet com Nuray na cama foi muito boa, assim como o diálogo final do professor com a aluna adolescente.
Um filme para decifrarmos um pouco mais a mente humana e vermos até onde pode cada um transitar.
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