Esse final de semana eu assisti a cinco filmes, mas teve um que me marcou, e geralmente é assim.
falo de " Uma Bela Manhã " de Mia Hansen-Love, ambientado em Paris, com a excelente Lá Seydoux no papel de Sandra, uma mulher jovem, mãe solteira de Linn ( Camille Leban Martins), intérprete, que mora somente com a filha em um simples apartamento e que vai com certa frequência visitar o pai em seu apartamento.
O pai, Sr Kienzler ( Pascal Gregory), professor de filosofia, mora sozinho e tem uma companheira, Leila ( Fejria Deliba), mas que não mora com ele.
A mãe de Sandra, Françoise ( Nicole Garcia), separou-se do pai há uns 20 anos e já tem outro companheiro.
O que acontece é que de uns quatro anos para cá, o pai de Sandra começou a apresentar sinais e sintomas de uma doença neurodegenerativa, onde foi perdendo a visão, e as habilidades manuais, ficando quase que dependente de muitas atividades.
O diagnóstico foi de Síndrome de Benson, e até quando pôde, ele vivia sozinho em seu apartamento, mas chegou um momento em que ele teve que ser transferido para um hospital e daí para uma instituição de longa permanência para idosos, que na França também tem as suas dificuldades como aqui no Brasil.
Eles trocaram umas três vezes até colocarem em uma clínica onde estavam satisfeitos em deixar o pai que piorava com o tempo.
Isso doía muito em Sandra, que saía quase todas as visitas chorando do local.
Nesse tempo, Sandra reencontra um antigo amigo, Clement ( Melvil Poupaud), que está casado e tem um filho da idade de Linn, e acabam se reaproximando de uma maneira tão forte que não teve jeito de não se envolverem.
Mais um problema para a cabeça de Sandra, que agora é amante de um homem, tem o pai doente, e cuida de sua filha em fase de crescimento, além de ter um trabalho super concentrado e responsável.
E o filme me pegou nesse cuidado com o pai. É difícil ter uma pessoa que cuidou de você a vida toda agora passar por essa situação. Muito triste.
Com relação ao caso extra conjugal de Clement, isso já é um assunto que todos estão cansado de saber que uma hora ou outra alguém vai ter que ceder e perder.
De qualquer forma, muita sensibilidade da diretora francesa com os temas e uma atuação primorosa de Léa Seydoux.
Recomendo !
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