Toda vez que David Cronenberg lança um filme, o mercado do cinema fica alvoroçado. Dessa vez, em Cannes, ele dividiu opiniões, com pessoas saindo da sala antes do término do filme e outras o aclamando novamente.
O filme em questão é " Crimes do Futuro", onde o diretor quis tocar e apelar para o corpo, em mostrar que no momento não há mais dor, e o próprio homem é capaz de modificar, tirar seus órgãos ou algo que cresce ali inadvertidamente sem o mínimo esforço.
A arquibancada é seleta, escura e vibra com as performances viscerais: Sai o intestino, o estômago, a glândula neuroendócrina e entra um zíper para abrir e fechar aquilo tudo com facilidade e pelo próprio indivíduo.
Saul ( Viggo Mortensen) é o escolhido principal dessas experiências com o corpo e vive em lugares exóticos, registros de órgãos, arenas além de estar com sua partner e amante Caprice ( Lea Seydoux).
O filme não é de dar medo, mas tem situações bizarras como o homem com orelhas implantadas por todo o corpo e o abre e fecha de cavidades abdominais.
Quanto ao erotismo e nudez frontal, quase que imperceptível. Passa batido. A política citada por eles próprios, passa bem superficial, parece que já não é a principal razão daqueles que lá estão, que se preocupam apenas com o corpo e como se diz " A cirurgia é o novo sexo ".
Entendam como quiserem, pensem como puderem, mas uma crítica às inúmeras intervenções corporais, abusivas nos dias de hoje me parecem um bom argumento ao assistir o filme de Cronemberg.
Valeu ! No MUBI.
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