" Saltburn" OU Assistindo Pela 2ª Vez

Ratifico a afirmação que : Primeiro de tudo, eu adorei o filme " Saltburn " da diretora Emerald Fennel, mesmo lendo várias proposições negativas dos " críticos ", que não gostaram da parte final do filme.

Teve um crítico que acabou com a diretora, dizendo que ela nasceu em berço rico, e que ela não entende o que é essa luta de classes. Além disso, não entende como ela teria ganho o Oscar por " Bela Vingança ". São opiniões dele, a gente respeita e ponto.

Bom, não é porque esses críticos não gostam de um filme que eu não vou gostar também. Explico.

O filme começa com aquele clima de colégio ( Oxford), onde sempre tem aqueles que são mais rechaçados pela galera, e nessa inclui-se Oliver Quick ( Barry Keoghan), que segundo o pessoal usa roupas de brechó, além de estudar lá através de uma bolsa de estudos.

Tem apenas um cara com as mesmas características dele, que também é deixado de lado pela condição social e por não ser nada atraente fisicamente, como Oliver.

Só que, certo dia, voltando com sua bicicleta,  Oliver se depara com Felix ( Jacob Elordi), o cara mais assediado da turma, o mais descolado, que estava com o pneu furado de sua bike e apressado para assistir sua aula.

Oliver não titubeou, assim como emprestou sua bicicleta a Felix, ainda levou a dele para o bicicletário.

Pronto!

Oliver tinha entrado para o grupo de amizades de Felix e assim aceito na escola inteira, mas por causa do Feliz, pois seus amigos ainda não haviam se acostumado com ele.

Chegam as férias e Felix convida Oliver para passar com ele em sua mansão em Saltburn. Nossa, era tudo o que Oliver estaria sonhando naquele momento.

Lembrando que Oliver contou a Felix que não tinha pai, e a mãe era uma alcóolatra.



Oliver vai, chega todo tímido, mas aos poucos vai conhecendo todo mundo da casa, que já tinha o primo de Felix da escola Farleigh ( Archie Madekwe), que não ia com a cara de Oliver talvez por ciúmes e pela repentina amizade dele com Félix.

Sir James ( Richard E. Grant), o pai de Felix e Elsbeth ( Rosamund Pink), sua mãe são bem excêntricos e esquisitões.

Ainda na casa, Venetia ( Alison Oliver), a irmã de Felix, Pamela( Carey Mulligan), uma lunática que estava fugindo de um relacionamento com um russo.

  

É claro que Oliver se apaixonou por Felix e pela vida que ele leva, com todo esse luxo e luxúria.

O filme a partir da casa de Felix nos traz cenas deliciosamente lascivas e mundanas, sem pecado e sem juízo, tudo acontece nessa mansão, até aniversário do Oliver teve.

Termina com um final apoteótico com a música de Sophie Ellis Bextor ," Murder on The Dance Floor ", com um final tipicamente brechtiano.

O pessoal criticou muito pelo fato de que o personagem principal, Oliver, fez tudo muito porque a sociedade burguesa daquela mansão, então qual seria a crítica social?

Na verdade, penso eu, que tudo é ficcional, e que seria a crítica da crítica, o roto ( um cara com problemas psíquicos) falando do rasgado ( a família esnobe de Felix), e tá tudo certo.

Quanto a última cena, que é maravilhosa, teatral e com uma música que está estourando no Spotify, o próprio Barry Keoghan afirma que não usou prótese como muitos usam. 

E a trilha sonora ?

Aqui estão todas as músicas de Saltburn: “Have A Cheeky Christmas” de The Cheeky Girls; “No Cars Go” de Arcade Fire;  “Sound of the Underground” de Girls Aloud  ; “Destroy Everything You Touch” de Ladytron ;  “Hang Me up to Dry” de Cold War Kids ;  “This Modern Love ” por Bloc Party ;  “Satisfaction” por Benny Benassi & The Biz ;  “Time to Pretend” por MGMT ;  “Low” por Flo Rida ; “Rent” por Pet Shop Boys ;  “You’re Gorgeous” por Babybird ;  “Mr. Brightside” por The Killers ” ;  Perfect (Exceeder)” de Mason & Princess Superstar ;  “Loneliness” de Tomcraft ; “Murder on the Dancefloor” de Sophie Ellis-Bextor.

Adorei mesmo!

Qual a cena mais marcante? A da Banheira ? A do Cemitério? Ou a Cena Final ?

Na Prime Video .