Muito representativo a entrevista de Miss Biá, uma das pioneiras do transformismo no Brasil para o canal Memórias da Diversidade Sexual, que tem a direção e roteiro de Lufe Steffen.
É um aprendizado sobre a nossa cultura e história, já que por exemplo, eu mesmo não conhecia, e só me interessei agora, que foi noticiado que aos 81 anos, ela morreu com complicações da covid-19.
Miss Biá, nasceu Eduardo Albarella,, no Brás, seu primeiro emprego foi de office-boy do Moinho Fluminense e depois Moinho Santista, depois após assistir a um espetáculo tipo cabaret, ficou encantado, e disse, eu também quero !
Começou na Boate La Vie En Rose , na major Sertório, com roupas e jóias emprestadas por uma amiga.
Se montava no quarto, apagava a luz e quando a família dormia, saía para os shows. Sempre foi muito tranquilo em casa. Era muito discreto, tímido.
Trabalhou também na Nostro Mondo, foi partner de uma mágica e fazia seu show cômico após.
O nome, vem da música de Carmem Miranda e ficou até hoje. Trabalhou por um bom tempo vestido de homem, por causa da censura, tinha um salário fixo, os shows se estendiam por um bom tempo.
Não existia a liberdade que tem hoje. Teve uns 3 namorados onde os relacionamentos duravam de 7-8 anos. Conta sobre o relacionamento que teve com um Uruguaio.
Miss Biá foi estilista, maquiadora, fez vários vestidos para Hebe Camargo, a imitou por um bom tempo, tem roupa catalogada no MASP,e foi sempre muito bem vista no mundo da moda e do glamour.
Uma personalidade desse tipo, nos deixa agora em 03/06/2020, nessa pandemia, e vai brilhar nos céus ...
Vale a pena assistir !
Eu recomendo !
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