Assisti ao filme "A Vida Invisível", do diretor Karim Ainouz, que tentou uma vaga entre os filmes estrangeiros na disputa do Oscar 2020.
O filme é bem elaborado, e mostra uma Rio de Janeiro bem patriarcal, conservadora, onde o pai de duas adolescentes, é bem severo com a moral de sua família, a ponto de separar em definitivo suas duas filhas.
Eurídice ( Carol Duarte), é a irmã pianista, que sonha em tocar no conservatório de Viena. Guida ( Júlia Stocker), é a irmã mais libertária, que tem um caso com um marinheiro grego Yorgis, e foge com ele para a Grécia, deixando a irmã e a família, com um bilhete explicativo .
O pai e a mãe não aceitam a partida da família e querem esquecer o fato. Eurídice, sozinha, casa- se então com Antenor ( Gregório Duvivier), não sei se arranjado ou não, só sei que a moça não sabia nem o que era um ato sexual ou algo parecido .
Guida volta da Grécia frustrada com o amante e com um filho na barriga. Bate na porta de casa, mas, o pai a escurraça de lá e Guida vai para um cortiço qualquer numa baixada . Tem o seu filho, mas não o quer de primeira. Arrepende-se e vai buscá-lo a troco de dinheiro europeu .
A vida de Guida é difícil, trabalha, e manda cartas para sua irmã que segundo o pai estava em Viena fazendo sua arte.
O filme, narra várias dessas cartas, que nunca chegaram à Eurídice.
O tempo passa, Eurídice tem uma filha, mas, ainda sonha em tocar piano . Guida sobrevive e divide uma casa com sua fiel amiga .
Mais uma sobreposição de tempo, e Eurídice já bem velha ( Fernanda Montenegro), tem acesso às cartas da irmã .
Muito amor entre as moças, separados por um pai conservador e duro . De qualquer maneira, elas sobrevivem em meio a tudo e a todos.
O filme ainda conta com a participação de Cristina Pereira, Flavio Bauraqui e outros .
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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