Assisti ao documentário " Queendom " de Agniia Galdanova, que traz a artista performática Gena Marvin em seu ápice de criatividade.
Eu fiquei fascinado com essa artista e o que ela produzia com roupas, fitas, tintas, adereços, papel reciclado e a interação dela com o ambiente, com o mar, com o rio, com o concreto.
Ela não tinha gênero. Era uma entidade. Forte, monstruosa às vezes. Seca. Sem sorrir. Não havia motivos para isso.
Ela morava com os avós, que a criticavam por andar de salto alto, vestir essas roupas espalhafatosas, brincar de vestir essas fantasias.
Muitas vezes apanhava nas ruas, era impedida de permanecer em um local público e voltava para casa toda lesionada.
Ninguém aceitava essa entidade estranha na cidade de Magadan, no extremo nordeste da Rússia.
Seus avós se preocupavam com o trabalho, com o salário e em como iria se sustentar dessa forma.
Chega a Guerra da Rússia- Ucrânia, e ela tem que sair do país antes que a pegam para o serviço militar ou a prendam por desobedecer as regras do governo e ser uma pessoa não grata na Rússia.
Adorei o documentário e creio que foi um dos melhores que assisti. A criatividade dela é simplesmente fora do comum. Assistiria qualquer intervenção que ela estivesse tranquilamente.
Gena, parabéns por tudo o que você representa e que acima de tudo você possa ser mais feliz, encontrar o amor em sua vida, além de poder viver mais dignamente.
Estamos aqui a torcer para que tudo isso aconteça.
Valeu !
Spassiba !
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