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terça-feira, 7 de maio de 2024

"Cerrar Los Ojos " OU Um Livro de Assistir na Telona




 

Finalmente assisti ao filme " Cerrar Los Ojos " de Víctor Erice, que segundo alguns deveria ter sido o filme espanhol escolhido para representar o país no Oscar 2024 no lugar de Sociedade da Neve.

Acho que não. Acertaram. O filme é muito moroso, com muitas informações e só me pegou mesmo em seu terço final das quase três horas de um bom cinema claro, realizado por esse diretor que faz um filme muito que excepcionalmente.

Então, vamos lá:

O filme começa no passado  em uma mansão nos arredores de Paris, um homem velho, rico e solitário recebe um outro homem misterioso, que é afinal um detective privado.

 O mais velho espera contratar o detective para descobrir o paradeiro da sua filha desaparecida ainda em criança.

O detetive é Julio Arenas ( José Coronado) que aceita a proposta do velho senhor, que foi deixado pela mulher que foi embora para a China levando sua filha pequena.

No presente, temos Miguel Garay ( Manolo Solo), um diretor de cinema e melhor amigo de Julio Arenas que hoje mora isolado em uma pequena vila às margens do oceano, e é convidado a participar de um programa de televisão em Madrid, no quadro " Casos Não Resolvidos ", onde o seu amigo Julio desaparece nas filmagens do filme inacabado de Miguel e não é encontrado.

A apresentadora do programa queria também a presença da filha de Julio Arenas, mas essa não quis participar.

Miguel vai à casa de seu amigo Max várias vezes onde ele guarda o rolo do filme inacabado, e conversa sobre o passado e a vida.

Os dias passam e uma notícia bombástica sobre o caso aparece. Miguel vai conferir e o que vemos nesse momento do filme é uma obra prima do diretor, colocando um filme dentro do outro e fazendo com que a gente se delicie com a sétima arte.

O final do filme me ganhou totalmente.  

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