Que felicidade poder assistir " A Hora da Estrela Ou O Canto de Macabea " no Teatro do SESI em Ribeirão Preto e poder ver pessoalmente Laila Garin.
Sou fã dessa atriz/cantora, a acompanho em seus trabalhos na TV e também na música e agora finalmente tive a chance de vê-la atuando e cantando.
E foi tudo isso mesmo que eu pensava.
Com a direção de Andrea Alves, texto de Clarice Lispector , adaptação e direção de André Paes Leme e música original de Chico César.
Laila Garin é Macabea, mulher frágil, datilógrafa, que sai de sua Alagoas e vai para o Rio de Janeiro.
Lá, ela se torna invisível, risível mesmo aos olhos das pessoas, que não a enxergam, não lhe respeitam como mulher e como ser humano, desprezando- a e humilhando -a.
Ela que foi com sua parente, uma prima ( Cláudia Ventura), que vem logo a falecer, deixando a sozinha na cidade grande e sofrendo para poder arrumar um canto para morar, amontoando com outras pessoas.
Lá, ela conhece Olímpico ( Leonardo Miggiorin), que se torna o primeiro namorado. Ele nem a beija, nem a tem, e vive em destratá-la.
Quando conhece a amiga de quarto, a troca e joga ás traças, sem dó nem piedade.
Macabéa é personificada pela atriz, que canta sua tristeza, e mostra o quão abjeta é sua vida.
A leveza com que o tema é retratado na peça me chama a atenção. A dinâmica de palco e de objetos de cena é frenética.
A interação dos músicos com os atores é essencial. A iluminação é digna de nota, principalmente no início da peça.
Todos os atores estão descalços, assim como os músicos. Os homens vestem uma camiseta com a imagem de Jesus.
As mais de duas horas de peça passam sem você perceber. As músicas são lindas, principalmente " Vermelho Esperança ".
Não podemos ficar sem ver texto de Clarice Lispector e nem uma apresentação de Laila Garin.
Assistam por favor " A Hora da Estrela Ou O Canto de Macabea " !
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