Assisti ao documentário " Hitchkock/Truffaut", da Globoplay, que baseado no livro de Truffaut sobre seu maior ídolo do cinema, e de várias horas de gravações da conversa entre os dois, o diretor Kent Jones, nos dá uma amostra do que foi esse encontro entre dois nomes valiosos do cinema.
O ano foi 1962, e dessa entrevista vários outros grandes diretores, fizeram seus comentários, como David Fincher, Martin Scorsese, Olivier Assayas, Wes Anderson, Richard Linklater, James Gray, Kiyoshi Kurosawa, Jean Luc Godard e outros.
O documentário traz várias cenas dos filmes de Hitchcock e o orgulho de Truffaut pelo diretor.
A gente pode aprender pelas cenas de filmes mostradas e pela análise pontual de cada diretor, quais eram as características do diretor de Psicose, como ele gostava de filmar com a câmera ? Interessante as tomadas por cima do personagem, sobre o personagem, ampliando toda a cena.
Falou-se dos objetos sempre usados como chaves, cordas, e outros, que seriam os tais fetiches do diretor, algo relacionado aos sonhos .
Hitchkock queria fazer cinema para a massa, que atingisse a todos, e a cena do banheiro de Psicose foi uma catarse geral, que tanto aqui, quanto na Europa e no Japão, todos gritavam ao mesmo tempo.
Falou-se também que atrás de um filme de suspense, de um crime policial, um assassinato, sempre tinha algo moral, ético que Hitchcock deixaria como mensagem.
E a câmera próxima ao rosto do ator, pegando o mais tenso e puro gestual de sua face. Parecia um pôster, que ficaria para a eternidade.
Dizem que ele assediava as mulheres, que tudo deveria ser como ele queria, exatamente matemático, geométrico e geográfico como pensara em cada cena. Não existia não para ele.
Ele morreu de insuficiência renal em Los Angeles, em 1980, e seu fã e autor desse livro de entrevistas, Truffaut, morreu 3 anos depois, com um tumor cerebral , em Paris.
Um documentário para cinéfilos, mas, acima de tudo para conhecermos um pouco mais da técnica de Hitchcock, seus ensinamentos e o legado que deixou em mais de 50 filmes.
Recomendo !
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