Com muito prazer, indico mais um filme argentino, dentre os que assisto: Trata-se de "Entre Rios - Tudo o que não dissemos ", do diretor Nelson Schmunk, todo filmado no campo, na zona rural de Entre Rios, se não me engano General Martinez.
Esse povoado inclusive tem uma grande maioria de colonos alemães, que ainda falam entre eles o idioma, e lá está a casa da avó de Emanuel ( Javier De Pietro), que mora em Buenos Aires, mas, viaja para o interior para visitar a avó Catie ( Frida Erbes), que não está bem de saúde, me parece que tem um câncer, e a mãe de Ema, como é chamado o jovem de 20 anos, está lá para cuidar dela.
Ema chega à casa da avó, já fazia uns 5 anos que não ia lá, e fica muito feliz com aquela paz e o tom bucólico do campo.
Cuidar das vacas, das galinhas, retirar as peras das árvores para fazer geleia, ajudar o Sr Brickman ( Nilo Dalinger) a consertar a camionete que está sem andar, enquanto isso, ir de charretes para o centro do povoado fazer compras, e curtir muito a sua avó Catie.
O dia a dia da mãe de Ema, Ofélia ( Eugenia Alonso) com a sua avó, é qualquer coisa de muito bonito. O cuidado que ela tem com ela, o carinho, e acima de tudo , não querendo em nenhum momento que ela saiba dos resultados de exames que fez, que detectaram uma doença mais grave.
Ofélia não se permite a falar em coisas ruins, como também um assunto que Ema coloca para ela em um momento, mas, que ela prefere se isentar, não querendo conversar naquele momento.
Ema, quando foi ao centro do povoado, conheceu um rapaz na rua, que lhe ofereceu mate, e tiveram alguns olhares. Era sobre isso que Ema queria falar com sua mãe.
A camionete ficou pronta, e todos foram à consulta médica da avó de carro. Ema também.
Os dias de Ema no campo estavam por acabar, arrumando as malas e se despedindo de tudo o que mais ama por ali.
Muito bonita a atitude do rapaz, o carinho com a avó e seus valores, respeitando a situação e não tomando a frente em dizer qualquer coisa que não caberia no momento.
Ficou bem claro, que a sexualidade é apenas uma parte do nosso ser, uma paleta, não sendo mais importante que outras, não tendo que ser a operante a todo momento, deixando para um outro momento mais oportuno, e em situações mais favoráveis.
Muito bonito mesmo o filme , a fotografia é belíssima, dá vontade de fazer a geleia de pera, de andar de charretes, de conversar com pessoas experientes como o Sr Brickman, e quem sabe, até aprender um pouco de alemão.
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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