Não conhecia esse documentário, mas, já que o nome de Jean Wyllys estava na pauta esses dias por causa de sua renúncia ao segundo mandato na câmara dos deputados, e sua consequente saída do Brasil por causa de ameaças de morte, me interessei em assistir.
O documentário, muito bem feito por sinal, com a direção de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, conta a trajetória do deputado em seu primeiro mandata, relembra sua trajetória no Big Brother Brasil, fato que o fez conhecido, e fala de suas origens, religião, ativismo e ira de todos os outros que não pensam igual a ele.
Interessante, pois podemos conhecer os corredores da câmara, os gabinetes, os quadros pendurados nas paredes, como são as salas, alguns deputados, enfim, o funcionamento dessa casa muito conturbada .
Com relação ao seu gabinete, tem sempre a presença de sua assessora, foi o que me pareceu, que dá as notícias da internet, jornal e toda a agenda do deputado , acompanhando ele também em alguns compromissos diários.
Jean vai muito às ruas, pelo seu ativismo LBGT, estando sempre na berlinda com o grupo das minorias.
Na câmara, é um massacre o dia inteiro, principalmente pelo pessoal da bancada evangélica , que o considera um lixo.
É impressionante a forma de desdém que esses deputados olham para o Jean. Muito deprimente um homem que se diz servo de Deus, tratar uma pessoa assim. Mas, são as coisas da vida ...
É muito difícil fazer parte da minoria, ser ativista , defender causas. O seu trabalho não aparece muito em termos resolutivos, práticos e finalizados.
Eu imagino que Jean deve chegar em casa com a energia esgotada, acabado, morto de tanta "uruca" em cima dele.
Fez bem em renunciar ao segundo mandato ...Preservar sua vida e ser feliz de outra forma .
O que mais gostei do documentário? Foi o ritual de candomblé realizado para ele. Muito bonito !
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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