Queria muito assistir a esse filme, que foi aclamado pela crítica parisiense em Cannes e ganhou o prêmio da crítica de melhor filme de 2017.
Estou falando de " 120 bpm" do diretor Robin Campillo, que fala do grupo ativista Act UP no início dos anos 90, no governo de François Mittrerrand, na luta para melhorias no tratamento os pacientes soropositivos e com AIDS, assim como contra à homofobia e ao preconceito às prostitutas, usuários de drogas e outros considerados grupo de risco na época, no começo da epidemia da AIDS.
O esquema era mais ou menos assim: Esse grupo, que existia em Nova York, se reunia 1 vez por semana em uma sala de aula e tinha os seus membros, todos deveriam ser considerados soropositivos ou com a doença , mesmo não sendo.
O grupo tinha suas regras, como um sinal ao invés de aplausos, tempo para não se exceder em falas, tudo muito organizado, pois a pauta sempre era enorme , e com essa organização poderiam dar vazão a todos os pontos a serem discutidos.
Claro, que mesmo assim, divergiam entre eles . No grupo, Sean ( Nahuel Perez Biscayart), um dos pioneiros, Sophie ( Adele Haenel), Thibault( Antoine Renartz) um dos organizadores digamos assim e o novato Nathan ( Arnaud Valois), que por sinal não era soropositivo.
As ações contra a indústria farmacêutica eram frequentes, onde um grupo invadia a empresa , jogava bolas de sangue falso pelas paredes e nas pessoas, cantavam e gritavam palavras de ordem.
O problema era que no momento só havia o AZT como droga combatente ao vírus, com seus efeitos colaterais como vômitos e diarreia , e a progressão da doença até a morte .
O que queriam os ativistas era que a indústria farmacêutica liberasse logo os inibidores de protease, para que os doentes tivesse um pouco mais de chance no combate à doença.
Esse era o impasse, já que a França era um dos países europeus que mais morria doentes do HIV .
O governo de Mitterrand era outro atingido, já que o grupo acusava -o de não dar importância ao fato de que morriam pessoas, não se preocupasse com os homossexuais e outros grupos menores.
NO meio disso tudo, a música eletrônica em que esses jovens se divertiam, e o relacionamento entre dois deles, onde um era soropositivo e tinha a doença ( Sean ) e o outro era soronegativo ( Nathan).
Os dois protagonizavam cenas quentes de sexo, mesmo dentro do hospital, num leito sem a menor condição para tal .
Cenas fortíssimas , inclusive a de morte de um dos ativistas deixam o filme mais denso.
Valeu a pena , não conhecia essa história acontecida no país europeu com esse grupo em defesa à vinda de novos medicamentos na sobrevivência à AIDS.
Acho que pelo menos nesse quesito, nosso país teve sempre um passo à frente perante aos outros.
Valeu a pena !
Eu recomendo as 2horas e 20 minutos de filme !
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