Obra prima de Oscar Wilde , ontem , 14/12/2012, tivemos o privilégio de assistir no Theatro Pedro II , a peça " O Retrato de Dorian Gray " , produzida pela Companhia Internacional de Teatro Arte Livre , com Direção do excelente Roberto Cordovani , Trilha Sonora Original de Cláudio Lucci e Mônica Marsolla e Efeitos Especiais e Restauração de Cenários de Bruno Portela . Além disso , o espetáculo reúne 35 trajes criados por Conrado Segreto , grande nome da Moda Brasileira , retratando o estilo de Oscar Wilde da época , e os cenários desenhados pelo brasileiro Roberto Burle Marx , um dos maiores paisagistas do mundo .
A peça fala de Dorian Gray ( Roberto Cordovani ), um homem que vive na Inglaterra Aristocrática da época , e que busca a perfeição através da beleza , do seu corpo , se auto aceitando dessa forma , mesclando o fato em suas realizações sexuais desvairadas , multifacetadas e porquê não excêntricas .
Conhece e serve de modelo para Basil Hallward ( Ramon Cabrer ), um artista , que pinta o seu retrato , mas, que devido a grande carga emocional do artista na tela , o mesmo não o quer expor , tornando assim , sua obra prima .
Mas Dorian Gray tem um desejo , o de que ele se mantenha jovem eternamente enquanto o seu retrato , esse sim , envelheça .
Se apaixona numa dessas suas andanças, pela triz Sibyl Vane (Cristina Collazo ) , que por infelicidade em saber que Dorian a acha uma péssima atriz, acaba se suicidando .
Você não consegue nem olhar para o relógio na duração de 1h e 40 min do espetáculo , de tão ligado que você fica no contexto .
Sem dúvida, algo muito atual, um retrato não só da Inglaterra daquela época, mas do mundo em que vivemos hoje .
Achei algumas frases muito interessantes e reais , que a gente para e pensa , que poderíamos usar para situações do nosso cotidiano .
Os temas relacionados a hipocrisia com relação à aristocracia da época , com relação à igreja , os segredos das pessoas ligadas à igreja e outros pilares importantes da sociedade , os desejos secretos dos homens e mulheres , o homoerotismo , a pedofilia , o travestismo , o uso do ópio e do absinto , comuns naquela época , tudo representado com uma sutileza ímpar .
A interpretação de Roberto Cordovani é qualquer coisa de não tirar os olhos sobre ele . Parecia um elástico quando se debruçava na cama , quando se ajoelhava , na própria cama , o próprio efeito da roupa que usava , as caras e bocas , a voz , enfim , um ator perfeito !
No final da peça , Roberto Cordovani , veio conversar conosco , com uma energia jamais vista por nós que alí estamos há muito tempo , e por quase 30 minutos , conversamos, trocamos idéias, falamos sobre a peça, sobre outros trabalhos de sua companhia .
Ele foi muito simpático e gentil , não parecia que acabara de ter aquele desgaste todo como ator , pois estava à nossa disposição para as perguntas e foi simplesmente excelente .
Saímos dalí , como se realmente tivéssemos assistidos a melhor peça do ano e com o melhor ator e gente como a gente , pois é assim que gostaríamos que todos fossem , assim como você , Roberto Cordovani !
Essa peça deve ser assistida por todos que amam o teatro , e principalmente os que gostam de literatura , pois se trata de um clássico .
É imperdível !
Eu recomendo !
PS: E vem aí a estreía mundial da mesma companhia para 2013 : " O Mito de Greta Garbo "
Ronaldo,
ResponderExcluirFiquei sensibilizado com o seu comentário em relaçao à Dorian Gray. Só hoje li....Estou em cartaz no Casino Estoril , Lisboa com Garbo Divina. Em Maio chegamos ao Brasil. Quero ir a Ribeirao....Estou em lista de espera para o Pedro II. Um forte abraço
Roberto Cordovani
Outro pra você Roberto .
ResponderExcluirSucesso por aí !
Ronaldo