Com uma ideia de Serginho Groisman , 10 diretores famosos e renomados no mundo todo, toparam a ideia de fazer um curta sobre a invisibilidade no mundo e ter São Paulo como a cidade de filmagem , ou inserida nesse contexto.
Achei legal o tema, e muito mais que isso, juntar a São Paulo, que é uma cidade que amo, que a considero uma das melhores do mundo .
O curta de que mais gostei, foi o da Maria de Medeiros, achei o mais parecido, a cara de São Paulo, e realmente mostrou bem a invisibilidade de certos profissionais no contexto social.
Achei colorido, com vários personagens, várias situações, onde podemos discutir sobre vários assuntos invisíveis à nossa sociedade nesse curta dirigido por ela.
No final, ela ainda termina com um invisível dando apoio à uma pessoa cega, outro invisível . Perfeito !
Atom Egoyan, mostrou a capital da Armênia, e falou sobre memórias, fotos e recordações de pessoas de sua família, evocando o massacre e genocídio armênio pelo turcos.
Gostei, porque tenho uma amiga que acaba de chegar da Armênia e me contou toda essa história, assim como foi para a Turquia, e também contou que eles não reconhecem o genocídio, dizem que não foram eles.
O curta de Laís Bodanzky foi o que mais me ensinou . Trouxe depoimentos de Cássia Kiss, Lee Taylor e Yoshi Oida, autor do livro " Ator Invisível ". Gostei muito do que ouvi, não tinha essa noção e pretendo levar para a minha vida profissional esses conceitos . Já sabia que Lee Taylor era um grande ator, mas fiquei mais seu fã ainda com esses depoimentos.
Beto Brant e Cisco Varques trouxeram muito visual em seu curta, e muito delírio, pois o personagem em uma sessão de quimioterapia, altera e torna mais picantes as cenas de Shakespeare. Gostei das aparições de Sônia Braga, José Wilker e Laura Neiva .
Win Wenders, trouxe as crianças que não têm uma visão boa, e conseguem enxergar parcialmente e isso trouxe mais luz também ao curta. Elas desde cedo treinam sua visão para que mais tarde, ao invés de estarem em uma escola de cegos, possam estar em uma escola normal.
Marco Bechis, traz os índios, figurativamente sempre um ser invisível em nossa sociedade, e tema bem atual e sempre controverso nos dias de hoje.
Theo Angelopoulos, traz um fanático religioso em uma estação de metrô , e ninguém dando bola para ele. Cena essa que todos já vimos em São Paulo. Achei pertinente também .
Jerzy Sthur mostra a reação do público em uma sala de cinema quando da exibição de um filme . Achei diferente e tentei me colocar no lugar, acho que só mexeria o corpo e não esboçaria muitas reações faciais.
Enfim, ótimo material que deve ser visto por quem gosta de cinema .
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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