"Any Day Now " ou A Qualquer Momento , é um filme dirigido por Travis Fine , que eu assisti , e posso afirmar ter sido um dos melhores até o momento , em 2013 .
Ele é baseado em fatos reais , girando todo em torno da década de 70.
Fala da história de uma Drag que trabalha em um club , fazendo suas performances e cantando muito bem , que em um belo dia , cruza seu olhar bem na direção de um advogado , recém divorciado , que não se assumiu ainda .
Inicia-se rapidamente o romance entre Rudy ( Alan Cumming ) e Paul (Garret Dillahunt) , mesmo com a forma toda certinha de Paul , que tem medo até de sua sombra em ser descoberto gay pelos amigos de trabalho .
Nesse ínterim , aparece Marco ( Isaac Leyva ) , uma criança com uns 12 anos , síndrome de down , filho de uma viciada em cocaína , que mora ao lado do apartamento de Rudy .
Como o barulho do som é impossível de se conviver , Rudy não aguenta e um dia invade o apartamento da vizinha , mas o encontra todo bagunçado , e Marco com sua boneca na mão .
Ao indagar Marco sobre sua mãe, Rudy percebe que a mesma foi presa e deixou Marco abandonado , como acontecia antes de ser presa pela forma que o tratava .
Acontece uma segunda paixão, dessa vez entre Rudy e Marco .
O que fazer agora com Marco ? Um gay poderia ficar com o menino ?
Bem, Paul, como advogado e conhecedor das leis , arrumou uma brecha , que era ir até a cadeia e pedir a guarda para a mãe de Marco enquanto ela estivesse presa e isso foi concedido .
Outra coisa : Rudy e Marco teriam que morar com Paul , que ali seria configurada uma residência fixa com todo o conforto para o seguimento do menino : Feito !
Mas, problemas vão surgindo na felicidade do casal e do menino, como a descoberta da sexualidade de Paul em seu ambiente de trabalho , o que o faz ser demitido do mesmo e também a tentativa de tirarem Marco do casal , já que não seriam boas influências para o menino, que poderia ficar confuso com o relacionamento entre dois homens .
É , pensar que estávamos nos anos 70 , as coisas não iam ser fáceis no tribunal para Paul e Rudy e o filme caminha para o seu desenrolar final , trazendo ainda mais novos elementos que fariam com que a trama e o drama dos personagens mudassem ainda mais .
Muita sensibilidade em cena , principalmente no papel de Rudy com Marco , demonstrando todo o amor que provavelmente nem todos teriam com uma criança, síndrome de down , gorda , que gosta de bonecas , abandonada por uma mãe viciada em cocaína e que vivia no mundo do tráfico e da bandidagem .
Pensar que quando Rudy conheceu Marco, esse só comia Donuts , e nada mais ... O que mudou completamente com a orientação dele e Paul .
"... Ninguém quer adotar um baixinho gordo com deficiência mental .
Ninguém no mundo inteiro o quer!
Exceto nós .
Nós o queremos .
Nós o amamos.
Vamos cuidar dele e educá-lo.
Mantê-lo seguro e torná-lo um bom homem .
Não é o que ele merece ?
Não é o que toda criança merece ? ... "
Será que muita coisa mudou dos anos 70 para cá ?
Será que o conceito de família não pode ser estendido para 2 adultos e 1 criança , mesmo que não tenham nenhum parentesco biológico , mas que têm o principal : AMOR entre eles !
O sorriso de Marco é contagiante !
As músicas que Rudy canta são maravilhosas , com uma interpretação de dar inveja a qualquer cantor de hits famosos .
O filme é belo , é para quem tem sensibilidade , para quem quer amar e ser amado , para quem não tem preconceitos , para poucos ...
Valeu a pena !
Eu recomendo !
"ANY DAY NOW" - Travis Fine
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