Faz muito tempo estou para assistir esse filme , que desde o seu lançamento já tinha tido boas críticas , mas, só agora o assisti, e por coincidência logo após de " Febre do Rato " e O Som Ao Redor " , também estrelado pelo mesmo ator de "Viajo Porque Preciso , Volto Porque Te Amo " , Irandhir Santos .
Assim, fiz uma trilogia de Irandhir Santos e pude conhecer bem o seu trabalho, que é muito bom por sinal .
Voltando ao filme , o próprio título já me atraía , não sei porque , achava chamativo , talvez , de bom tom .
Então, foi aí que conheci esse " Road-Movie " de Marcelo Gomes e Karim Ainouz , de pouco mais de 1 hora e 08 minutos de duração , com uma trilha sonora impecável , e baseado em imagens colhidas por muitos anos pelos diretores , editadas então para a composição deste.
O filme, fala sempre em primeira pessoa, narrando através de José Renato ( Irandhir Santos ) , Geológo , 35 anos, de Fortaleza , que tem a missão de cortar o sertão nordestino para verificar a possibilidade de uma transposição do Rio São Francisco .
No começo é bem técnico, falando em pedras, rochas, solo , o que o deixa um pouco monótono, mas, damos um pouco de créditos a ele , até que as pessoas cheguem ao filme e as histórias vão se entrelaçando na vida do solitário José Renato , que deixou sua "Galega " Joana em Fortaleza , ou melhor, Joana o deixou , fazendo com que José Renato começasse a viagem com um desejo enorme de retornar , sentindo uma saudade imensa da amada , mas que ao decorrer de seu percurso , viu uma grande transformação , saindo do sertão de alma renovada , como se estivesse saltando daquele penhasco em Acapulco para aquele lindo mar azul .
O filme traz histórias nas vilas, depoimentos de prostitutas, famílias , o dia na Feira de Caruaru , o dia Santo em Juazeiro , em louvor ao Padre Cícero , o gado , a paisagem seca e monótona do sertão , o forró , a vida solitária nas estradas, os caminhões , as ferramentas de medição do solo e das pedras , e mais a narrativa de Irandhir Santos sempre em primeira pessoa, que não chega a aparecer em nenhuma cena do filme .
Destaque para a música " Dois " , na interpretação de Laírton dos Teclados e de Chambaril responsável pela maioria da trilha .
Não é um filme tradicional , não é para qualquer pessoa assistir !
É um filme que foge aos padrões que o público está acostumado de assistir , mas, que tem sim , suas qualidades e seus créditos .
Valeu a pena !
Eu recomendo !
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