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quinta-feira, 13 de junho de 2019

"Albatroz" OU Filme Sensorial Com Linha Tênue entre o Real e o Imaginário


Assisti ao filme " Albatroz" de Daniel Augusto, aliás, vi por 2 vezes, pois realmente é bem diferente, não usual, sem começo, meio e fim, sem explicações plausíveis e fáceis, onde o real e o imaginário , o normal e o delírio não são antônimos e sim próximos vizinhos.

Por exemplo, só para citar o que tem a ver o toxoplasma gondii com tudo isso ?


Não tente ver o filme com os mesmos olhos que vê outros filmes e principalmente nacionais, que não vai dar certo. Venha despretensiosamente para uma jornada , uma viagem onde não sabemos onde vai dar.

Simão( Alexandre Nero) é um fotógrafo, casado com Catarina ( Maria Flor), uma produtora de jingles publicitários, boa esposa , tranquila , que quando vai fazer fotos em uma peça de teatro, conhece Renée ( Camila Morgado), uma mulher judia, e se apaixona por ela.


Logo, a atriz o convida para irem à Jerusalém, e ele aceita de primeira . Chegando lá, começa fotografar tudo o que vê pela frente, pessoas, ambientes e acaba por registrar uma cena que seria um atentado.

A sua foto foi capa de revista e vencedora do prêmio de melhor fotografia do ano. Porém, muitos colegas, analistas e outros profissionais, o condenaram de fazer as fotos ao invés de intervir na cena para tentar salvar as pessoas envolvidas.


Foi uma grande mancha essa para Simão ?

Ele pára de fotografar ...

Nesse ínterim, começa a ter um bombardeio de uma namorada da juventude, Alícia ( Andrea Beltrão), que tenta reaproximação a qualquer custo do antigo relacionamento.


Nessa parte, já podemos ver que há um corpo estendido no chão . Entra a investigação do delegado ( Gustavo Machado ). Quem matou ?

Alícia, tem um quadro com várias anotações , segundo ela de um livro que está prestes a lançar. Será do romance com Simão, e sua posterior morte .


Entra em cena uma neurocientista (Andréia Horta), com pesquisas diferentes e invasivas, mexendo com a cabeça e sexualidade dos envolvidos .

Os estímulos visuais do filme, é algo que eu nunca tinha presenciado. Chega a doer os olhos de tamanha penetração . Aliás, as cores que o filme traz ( muitas delas ) chama a atenção, já que Simão diz ser sinestésico, ou seja, ele vê cores quando escuta uma música , de acordo com as notas musicais.

É isso ...Não tente querer entender o filme, não é para isso . Tente senti-lo , agora se quiser , tudo bem também , mas, lembre daquela frase " Decifra-me ou te devoro ..."

Tem um personagem, um homem louro, cabelos compridos, que eu realmente não consegui enxergar ele no contexto.


As outras visões ou alucinações de Simão que iam e voltavam tudo bem , mas, ele não sei .

Foi tudo um sonho ? Ele morreu ou está vivo ? Era só a narrativa do policial de Alícia ?

Gosto de filmes assim, me chamam a atenção .

Valeu a pena!

Eu recomendo !

PS: Ah, albatroz apareceu como um livro, bar, hotel, cidade ..... pássaro, não !

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