E vamos ao filme chileno indicado para concorrer ao Oscar de 2025. Falo do " O Olhar Misterioso do Flamingo " do diretor Diego Céspedes, que vem colhendo somente críticas positivas sobre seu primeiro trabalho, especialmente de críticos e cinéfilos.
O filme traz uma cantina no fim do mundo, no deserto chileno, perto de minas e mineiros e longe de tudo e de todos, onde um grupo de travestis sobrevive nessa casa, e à noite diverte os homens daquele jeito: No segredo, sem ninguém saber que eles foram ali.
Mas é tempo de AIDS, e essa peste como eles dizem contaminou as meninas e está contaminando os mineiros também.
O diretor dá um jeito meio fabuloso de contornar essa desgraça social e avançar com os dias como se nada tivesse acontecendo.
E assim Flamingo ( Matías Catalán) e outras meninas sobre cuidados da Mama Boa ( Paula Dinamarca ), a mais experiente levam sua vida nessa pacata vila chilena.
Flamingo, que sempre ganha os concursos como a mais bela, é a que mais está doente, e tem a sua filha adotiva Lídia ( Tamara Cortés), que não sai da barra dela, apesar de ser independente e já se meter com os garotos da vila enfrentando-os sem medo.
Flamingo tem o seu homem, que a deixou por ser infectado e agora cobra que lhe tire dessa praga.
Yovane é uma ameaça à Flamingo ao mesmo tempo em que ela tem o seu desejo por ele.
Mas o amor somente chega mesmo com o ancião Clemente (Luis Dubó), que casa com a mama Boa com a aprovação da filha e das netas.
Mesmo depois de tanta tristeza, teremos mais ainda com o passar do tempo e do adoecimento de todas as travestis da cantina.
Não tem como escapar da história natural dessa doença tão cruel, mesmo com a singularidade e leveza do diretor Diego Céspedes.





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