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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

"Exposição Adoniran Barbosa" OU Saudosa Maloca no Farol Santander



Fui conhecer a exposição "Adoniran Barbosa" no Farol Santander, que estava novinha em folha, cheirando ainda a madeira nova .

Em uma primeira sala, havia uma caracterização da vida pessoal de Adoniran, sua família, o começo de tudo .


Assim, João Rubinato, que perseguia ser um cantor nos shows de calouros e era sempre bombado, na época cantava Filosofia, samba de Noel Rosa.

João era bombado pela cantoria e pelo nome, que não era legal, segundo os próprios organizadores do evento.
Não é que ele troca de nome e pega Adoniran de um amigo e Barbosa de um grande sambista que conheceu na época, e torna-se Adoniran Barbosa.


Adoniran trabalhava em Santo André,mas, largou o emprego para virar artista e isso foi um escândalo na família.

Casou-se e teve uma filha , Maria Helena, que teve que entregar para a irmã, pois não deu certo no casamento por causa de sua boemia.

Aos poucos foi entrando no circuito e com a ajuda de Osvaldo Moles, um grande ator no rádio em São Paulo, Adoniran é contratado como ator cômico e ganha vários prêmios.

O personagem principal  foi Charutinho na história das malocas.


Adoniran foi cantor, compositor, ator de rádio, TV e cinema .

Na TV , estreou em uma novela na TV Tupi. Foi Mulheres de Areia, com a aprovação de Carlos Zara. Depois fez Os Inocentes e muitas outras.

Na música, nem preciso me estender muito, já que todos conhecem Saudosa Maloca, Trem das Onze, O samba do Arnesto, Aqui Geralda, Prova de carinho,Tiro ao Álvaro,Iracema  e muitas outras .

No cinema, atuou com Mazaropi e outros atores famosos, fazendo também bastante sucesso, principalmente no filme O Cangaceiro de Lima Barreto.

Adoniran casou-se pela segunda vez com Matilde, com quem viveu 40 anos. A música Prova de Carinho foi para ela.


Em 1982, foi tema de Escola de Samba, mas, já com crises respiratórias e internações, Adoniran , morre em 23/11/1982.

Como pedido, fala para o neto ir buscar o dinheiro da música Trem das Onze na Itália, que nunca viu a cor, já que sua música foi traduzida em vários idiomas e a que mais fez sucesso foi a italiana.

Voltando à exposição, você poderá entrar num trem, ver as bicicletinhas que Adoniran fazia em casa sem muitas ferramentas, além de um parque de diversões maravilhoso.


Poderá ver várias capas de LPs, fotos com os amigos e cantores , trechos de filmes em que participou, um teaser de um documentário que logo estreará no cinema.


E a sala que mais gostei foi uma toda decorada com guarda-chuvas, espelhos, bolas de vidro, dando uma dimensão enorme a tudo que está li, tendo São Paulo, a cidade de Adoniran como pano de fundo.

Foi um cara fantástico. Muito interessante sua história e seu legado como artista.

Valeu a pena !


Eu recomendo !

Ah, teve também o Peteleco, seu cachorro inseparável e também seu codinome, usado muitas vezes por ele . Tem até música com esse codinome...

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