Assisti ao filme/documentário " Anhell 69 " de Theo Montoya, que está disponível no Filmicca.
O documentário gira em torno da história que o diretor quer fazer com seus amigos, escolhidos através de um casting para compor algo sobre vida pessoal, artística, sexualidade, futuro.
Acontece que todos esses que fizeram parte do casting, aos poucos foram caindo, ou por overdose, ou por suicídio, ou assassinados mesmo na trágica e violenta Medellin.
Temos imagens da noite colombiana, das montações das drags, dos fantasmas, dos espíritos encapuzados.
Quando Medellín se torna uma nação abandonada, cuja figura paterna era o antigo traficante, as mortes são cada vez mais constantes, até que não haja mais espaço para os corpos nos cemitérios.
Assim, os espíritos vagueiam livremente pela noite. Os jovens, então, passam a coabitar os espaços dos fantasmas, envolvendo-se sexualmente com eles, tornando-se o infame grupo dos “espectrofílicos”.
O documentário não nos deixa esquecer que ali era a terra de Pablo Escobar, e que parece que sempre terá alguém para substitui-lo.
O filme é triste, pois da mesma forma que você conhece um amigo do diretor fazendo uma entrevista, uma semana depois ele já não existe mais.
Acabo ficando com dúvidas e não sei aonde é pior: Em Medellín, no Rio de Janeiro, São Paulo, No Sudão, nas guerras Russia/Ucrânia e Israel /Palestina.
Esperava mais do filme, mas de qualquer forma não sabia qual era a intenção do diretor. No que ele quis passar, ficou bem claro.
No Filmicca.
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