Estava esperando ansiosamente para assistir ao " O Beijo no Asfalto", versão de 2018, com a direção de Murilo Benício, baseado no clássico de Nelson Rodrigues,e isso aconteceu agora, quando passou no Canal Brasil.
Foi simplesmente impecável, adorei a forma como o diretor montou o filme, que a história todos já conhecem.
Foi uma mistura de teatro, com cinema e um making off, tudo junto e misturado, de uma forma primorosa.
A atuação de Amir Haddad, como mediador na mesa da leitura do texto pelos atores é simplesmente fantástica, um show !
Aí, quando realmente temos a projeção cinematográfica , em preto e branco, Débora Falabella dá um show de interpretação como Selminha, assim como Otávio Muller como o jornalista sensacionalista e quem causou todo o imbrólio Amado.
A história ?
Ah, um cara jovem ( Arlindo Lopes), se desequilibra no meio fim, cai e é atropelado, morrendo segundos depois.
Nesse ínterim, um outro homem, se abaixa, segura sua cabeça e lhe dá um beijo na boca .
Pronto !
Essa é a manchete que vai vender jornal à beça e salvar a redação, contando, é claro, com a conivência do delegado Cunha ( Augusto Madeira) com essa armação.
O coitado que será acusado de beijar outro homem e posteriormente até de tê-lo empurrado, é o negro Arandir ( Lázaro Ramos), casado com Selminha ( Débora Falabella), que ainda tem na casa a sua irmã Dália (Luísa Tiso).
O pai de Selminha, Aprígio ( Stênio Garcia), presenciou todo o acontecimento e conta a história de que o seu genro realmente beijou outro homem no asfalto.
Aprígio, não suporta o genro, não falando nem o seu nome, depois que ele se casou com Selminha.
Dália, também tem uma quedinha pelo cunhado e Dona Matilde ( Fernanda Montenegro), é a fofoqueira do bairro, que também coloca fogo na lenha .
O filme me lembrou muito Dogville, de Lars Von Trier em algumas cenas , por isso me agradou muito.
Fantástico !
Valeu a pena!
Eu recomendo !
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