Que filme sensível, delicado, esse " Antes que eu Me Esqueça" do diretor Tiago Arakilian , que tem como tema principal , o Mal de Alzheimer .
O filme conta a história do juiz aposentado Polidoro ( José de Abreu) em uma das melhores atuações desse ator , que está com o início da doença e sua filha Bia ( Leticia Isnard) entra com um processo de interdição do pai.
Para isso, no dia da audiência, ela leva o irmão Paulo ( Danton Mello), que brigou com o pai, há muitos anos, quando sua mãe ainda era viva, por causa de sua opção pela música , e o que deixava o pai contrariado . fazendo com que o rapaz saísse de casa .
Nesse dia, o juiz toma uma decisão de que Paulo, deve passar alguns dias com o pai para realmente ter a certeza de que ele sofre de algum tipo de doença mental que o limite a morar sozinho.
Nesse ínterim, Polidoro, vai conhecer uma casa de strip-tease e faz um acordo para ser sócio da mesma , levando algumas ideias diferentes ao local .
Lá, faz amizades com o gerente e com a puta Joelma ( Guta Stresser), tornando-se grandes amigos.
Ele leva para a casa uma noite com os homens da terceira idade , e para ficar adequado pede ao seu filho Paulo que toque piano nesse dia , já que o mesmo precisava ensaiar para o concurso da filarmônica, e o piano da mãe , que o pai levou ao bordel , seria então útil tanto para os ensaios de Paulo como para os espetáculos da casa.
Paulo concorda e com a ajuda de David ( Augusto Madeira) nos ensaios , faz ótimas apresentações e a casa lucra muito com isso .
Mas, Polidoro tem suas crises de ausência e chega até ir à praia de cuecas e sem camisa, deixando seu filho Paulo enlouquecido.
É marcado uma nova audiência , e Paulo, todo sensibilizado com o Pai, conhecendo - o a cada dia nesses últimos momentos, pode transformar tudo isso em um benefício mútuo.
O filme conta também com a ótima participação de Dedé Santana como Gregório e Mariana Lima como Maria Pia, a empregada do Ministério público responsável pelo caso e que se envolve com Paulo.
O filme mostra a doença de uma forma muito suave e bonita, mas, o mais emocionante foi a forma com que o filho, que não tinha mais ligação com o pai, aceitou a doença e o pai .
Que mais e mais família se acertem nesses casos, e vivam com mais dignidade , cuidando sempre daqueles que cuidaram da gente como ninguém.
Valeu muito a pena !
Eu recomendo !
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