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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

"Mãe Só Há Uma" OU Crianças Roubadas Na Maternidade/Crossdresser





Mais um filme da ótima Anna Muylaert , que com certeza estava afim de ver, " Mãe Só Há Uma" correspondeu as minhas expectativas.






Com pelo menos dois assuntos bem complexos : Roubo de bebês em maternidades e crossdresser/bissexualidade/transgênero , a diretora nos dá um prato cheio para discutir após o filme.


Pierre ( Naomi Nero ) e Jacqueline( Lais Dias ) são filhos de Araci ( Dani Nefussi), e levam uma vida teoricamente normal, indo e vindo da escola, comendo a comida da mãe e seguindo em frente o complicado período da adolescência.






Pierre, por exemplo gosta de se vestir de mulher , pintar os lábios de batom, as unhas de esmalte , mas, tem uma banda de rock e beija tanto homens quanto mulheres.


Na escola, não parece muito interessado nas coisas que os professores explicam , e vive no mundo dele .






De repente, Araci chama uma parente e uma amiga para explicar o funcionamento da casa , como fazer a comida , lavar a roupa , levar os meninos na escola, horários , etc, etc .






É que ela foi descoberta como ladra de crianças na maternidade, inclusive os dois filhos não são dela e sim de famílias diferentes.






Primeiro, é Pierre quem conhece sua nova família . Matheus ( Matheus Nachtergaele) o pai verdadeiro e Gloria ( Dani Nefussi) a mesma que faz o papel de vilã com outra caracterização ; e o irmão Joca (Daniel Botelho).






O problema é que a nova família vem com muita pressão e mimimi pra cima do garoto, que não consegue nem falar de tanto que os novos pais o sufocam.






O que acontece é uma rejeição natural do adolescente que não tem pudor algum em mostrar o seu lado versátil ( vestir-se de mulher , pintar as unhas , etc ).






Jacqueline também vai embora com sua nova família, mas, sua história não nos é mostrada, o que se percebe é a mesma ansiedade e pressão dos novos para com a filha .






Situação complicada a de uma nova família e também das incertezas dos adolescentes quanto ao gênero que tem um final no mínimo interessante.






Valeu a pena mais um filme de Anna Muylaert que tenta mostrar a realidade nua e crua de alguns temas que ainda nos incomodam.



Eu recomendo !





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