E assisti ao filme francês " Enzo " idealizado por Laurent Cantet e dirigido por Robin Campillo.
O filme traz uma família francesa burguesa, com uma boa casa, espelhada, à beira mar, com os pais de Enzo ganhando 6000 euros / mês cada um, e o irmão tendo sucesso em aprovação em universidade em Paris.
Só que o nosso personagem principal, Enzo ( Eloy Pohu), de 16 anos, rejeita tudo isso.
Aproveitando que ele não se dá bem em se tratando do currículo escolar e que a única coisa que faz e bem é desenhar, ele abandona os estudos e vai trabalhar de pedreiro em uma construção próxima à sua casa, que além disso, lhe dá um curso técnico na área.
Lá, ele conhece seus companheiros de obra, todos mais velhos e a maioria oriundos de outros países como Ucrânia, Egito, Marrocos entre outros.
Ele é o pior deles em se tratando de habilidades manuais, tanto é que o responsável o levou embora e conversou com seus pais, mas acabaram dando uma segunda chance ao garoto.
Lá ele se espelha e se encanta também com Vlad ( Maksym Slivinskyi), um jovem ucraniano, que fugiu do seu país pela guerra e tenta ganhar o seu dinheiro.
Enzo se mostra complicado em casa, principalmente com seu pai, não aceitando o seu jeito de viver.
Nas festas e comemorações, Enzo acaba dando o seu showzinho particular, mostrando ser diferente de tudo o que está ali.
Ele gosta mesmo é de estar com Vlad, e isso vai crescendo , mesmo o moço sendo heterossexual, sair com uma mulher, ele vai é investir nessa empreitada.
Sem violar as leis da ética e da moralidade, o diretor apenas nos dá lances do que poderia ser, e quem sabe em um futuro não tão distante seria entre Enzo e seu parceiro de obra.
No mais, o que ficou é uma viagem em família para a Itália, para visitarem ruínas e conviverem um pouco na pacificidade entre eles.
Bom filme.
Não é fácil tirar da cabeça de um adolescente aquilo que ele acha que quer e acha que é o certo para ele.
Penso que os pais devem ter muito cuidado nesse trato, nem muito ao céu, nem muito ao inferno.



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