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sexta-feira, 24 de maio de 2019

"Dizer E Não Pedir Segredo" OU Peça do Grupo de Teatro Kunyn



Dessa vez foi o Grupo de Teatro Kunyn que foi apresentar a sua peça no SESC Ribeirão.

"Dizer e Não Pedir Segredo" com a direção de Luiz Fernando Marques, o Lube , em quase 2 horas de espetáculo, pudemos com certeza, sair de lá, com um pouco mais de responsabilidade social.

A peça, começa com a chegada da plateia, que se dispunha em círculo, e que lhe era oferecido água, coca cola ou guaraná, além de amendoim e gomas.

Uma gentileza, que logo de cara, os atores já ganhavam a simpatia de todos, com essa intervenção .

 A peça fala de homofobia, desde os tempos da Carta de Pero Vaz de caminha até os dias de hoje, aliás, foi com cartas que o espetáculo se iniciou, onde uma pesquisa dos atores, mostrou algumas desde essa época até os nossos dias, de como as pessoas falavam dese delicado assunto umas para as outras.

Algumas esquetes vão acontecendo e quase sempre com a participação do público, numa interação que dá certo nos dias de hoje.

Falou-se do menino que jogava futebol só porque gostava de outro menino ;   daquele outro que se vestia com as roupas da mãe quando ela saia; do pintor que teve um caso com um ricaço ; da abertura dos presentes no dia de natal ; e até de Jesus que tem uma conversa com sua mãe, Maria, falando de sua saída de casa.

No início, umas malas no centro do recinto com várias roupas e utensílios e acessórios, é o mote para que a plateia escolha o que tenha vontade, ou o que se identifique.

Isso será usado durante a peça pelos atores, na medida em que vão surgindo as cenas, o que achei inusitado, diferente e gostei da ação .


Uma intervenção no meio da peça, os atores falavam de alguma coisa que caracteriza ou não uma bicha - Tipo se falar que o pé da pessoa está sujo, do jeito que ela olha o pé a caracteriza de bicha ou não,dizem que bicha sempre usa roupa escura tipo preta, cinza, marinho e não sabe assobiar, de que quando se pede para alguém pronunciar o nome da imperatriz SISSI e esse faz uma boca tipo godê, é bicha ; de outras histórias/lendas muito engraçadas, que obviamente não têm nada de científico.

Falou-se também do número de gays que existem em uma cidade, o tal dos 11% da população, da parada gay, de AIDS e outros assuntos que permeiam sempre a homossexualidade.

De uma forma muito doce, tudo nos foi apresentado, com muito carinho e esmero, até a cena final.

A atuação dos três atores ( Ronaldo Serruya, Luiz Gustavo Jahjah e Paulo Arcuri) é digna de nota .

Como disse a eles após o final do espetáculo, dá vontade de ser amigo deles. Acho que a verdade passada é fundamental para essa observação .

Mesmo a peça sendo já antiga, ela se encaixa perfeitamente nos dias de hoje, tornando -se mais que atual.

Valeu a pena!

Eu recomendo !

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