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quinta-feira, 5 de julho de 2018

"Catástrofe" OU Travessia de Uma Chaveira







Assisti ao curta " Catástrofe" do diretor Gustavo Vinagre, que tem um apartamento como locação única.


Basicamente, conta a história de Angélica (Julia Katharine), uma profissional ligada ao cinema, que estava em elaboração de um trabalho sobre a representatividade feminina na sétima arte e seus pormenores com a situação política e social do nosso país, um país machista, que segrega a mulher em todas as categorias, assim como no cinema.


Nesse ínterim, Angélica tem uma desilusão amorosa, que me parece abusiva e chama uma chaveira para trocar a fechadura de sua porta e assim acabar definitivamente com a possibilidade do homem entrar em seu apartamento.




A chaveira (isso mesmo, no sexo feminino, pois é uma mulher ) chamava-se Lucia ( Gilda Nomacce), que acabara de se mudar para o bairro e de abrir sua lojinha, tem a sua primeira cliente.


Destaque para essa primeira cena de Gilda Nomacce, que somente com seu olhar, dá um show de interpretação , não sendo necessário nem uma fala, pois seus olhos já nos davam impressões bem realistas.




Chega no apartamento de Angélica, a vizinha religiosa (Majeca Angelucci) com sua bíblia para mais uma sessão de imersão em Jesus .


Ela fica pouco, pois Angélica está atarefada, e a presença de Lúcia a incomoda um pouco, talvez por uma ser adepta a Deus e a outra a Satanás( ou não ter o seu Deus).




Trocada a fechadura, Angélica convida Lúcia para comer um pedaço de bolo e tomar um café.


A chaveira aceita e escuta a história da moça sofrida , quando a porta realmente é acionada e verificada ( se está funcionando ou não )com a chegada do provável homem de Angélica.


No mesmo momento, num país onde as intempéries não são comuns, uma rajada de vento toma todo o apartamento de Angélica, deixando as duas mulheres atônitas com a "catástrofe "interna .




Tomadas pela situação e ao som de "Travessia" com a interpretação de Elis Regina , o curta termina com insights ao nosso momento político desfavorável , à luta das mulheres para um lugar melhor no mercado de trabalho e na sociedade e na esperança de que as mudanças devem vir principalmente de cada um , que mesmo num pequeno mundo  e microcosmos, possa num montante ter uma representatividade diferente da que vivenciamos.


Valeu a pena!


Eu recomendo !


 
































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