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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

" Bob Marley : One Love " OU O Mensageiro do Amor e da Paz

 

Assisti ao filme " Bob Marley : One Love " que acabou de entrar na Netflix, de Reinaldo Marcus Green.

O filme traz um recorte da vida de Bob ( Kingsley Ben- Adir) já na fase adulta e cantando com a sua banda, mostrando apenas que veio de uma infância bem humilde, de pai branco e mãe negra, mas sempre respeitando suas crenças e fé no Deus maior.

Saiu de Kingston, na Jamaica por causa de uma guerra civil incontrolável, ele até tentou fazer um show de pacificação, mas não conseguiu, e foi para a Europa.

Conseguiu gravar seu primeiro vinil, fez turnê em toda a Europa com Êxodos, e depois finalmente depois de todo o sucesso mundial retorna ao seu país para  aquele show de celebração da paz.

Nesse meio tempo, depois de tanta pelada, pois adorava jogar futebol, Bob tinha uma ferida em seu dedo do pé que não sarava.

Procurou um médico depois de muito tempo, e o diagnóstico foi melanoma.

Morreu com 36 anos.

Deixou muitos filhos, sua mulher Rita (Lashana Lynch), uma lutadora, guerreira, além de cantora de sua banda e um legado para o resto do mundo de sua música, de sua mensagem.

Até hoje ouvimos suas músicas e sentimos o que queria dizer. 

Bob Marley é atemporal.   

 

" Unicorns " OU Não quero o que a cabeça pensa, quero o que a alma deseja


Assisti a esse belo filme " Unicorns " de Sally El Hosaini  e James Krishna Floyd que nos apresenta uma triste história de sonhos com muita dor para esses que são considerados invisíveis por muitos.

Luke (Ben Hardy) acaba de fazer sexo no mato com uma mulher, ai para o centro em uma lanchonete, come o seu lanche e pede para ir ao banheiro.



Lá, ouve sons e ao abrir uma porta dá de cara com uma casa noturna asiática no seu melhor estilo, com shows ao vivo e muita diversão.

Foi ali que Luke ao olhar para   Aysha (Jason Patel) ficou louco e logo os dois saíram para fora para conversar e se conhecerem.



Ao dar o primeiro beijo, um fã entra no meio e pede uma selfie para Aysha.

Luke percebe que o que tinha visto não era o que tinha pensado.

Temos um problema.

Ele vai embora, fica puto, mas marcado por aquele beijo, aquele ser que lhe fisgou, e muito mais.

Luke continua seu trabalho na oficina mecânica com o pai, quando Aysha aparece lá surpreendendo- o .



Ela faz um convite de que ele seja o motorista dela em alguns shows e dá uma boa propina para o serviço. Ele aceita.

Luke cuida e educa do filho pequeno sozinho. A mãe é ausente e não mora com eles.

A viagem para o show acontece, Luke acha engraçado, e parte para mais outra e outra e outra e aí você já sabe aonde isso vai parar.


Assista Unicorns, veja esse diferente mundo indiano instalado em Londres longe da rígida cultura hindu e tire suas próprias conclusões.

" Dying " OU Um dos Melhores Filmes que Vi em 2024


E vamos para o filme " Dynig" de Matthias Glasner, que foi bastante recomendado nas redes por cinéfilos e tem 03 horas de duração.

O filme fala exatamente da morte, ou do processo dela, pois os pais de Tom ( Lars Eidinger) que é maestro e mora em Berlim, estão nessa faixa.

A mãe dele, Lissy ( Corinna Harfouch), não controla os esfíncteres, anda com auxílio de bengala e tem um câncer de vagina.

O pai, Gerd ( Hans Uwe Bauer) que tem Parkinson, já está em uma fase bem avançada, andando sem roupas, não reconhecendo ninguém, e sem autonomia.

A vida de Tom também é conturbada, pois vive com Liv ( Anna Bederke) que acaba de ter um filho de outro homem, Moritz ( Nico Holonics).

Ele está ensaiando uma peça composta por seu parceiro Bernard ( Robert Gwisdek) que é complicada, a orquestra é de jovens, e têm pouco tempo até a estreia .

Tom também tem uma irmã, Ellen ( Lilith Stangenberg), que trabalha em um consultório odontológico, e tem uma relação distante com seus familiares.

Bom, os fatos vão acontecendo, as peças mudando, mas o comportamento de Tom, Ellen é de surpreender a qualquer um por tamanha frieza às circunstâncias encontradas na vida.

Parece que estão anestesiados, não sentem, não ligam, não se importam.

Tem explicação? Talvez. A infância e a educação de Tom não foi a mais amada e desejada por sua mãe.

Prefiro não escrever mais nada sobre os acontecimentos no filme e deixar para que todos façam suas análises e reflexões a respeito.

Mas é um filmaço, um soco no estômago nas três horas que fiquei sentado assistindo, e está sendo difícil tirá-lo da cabeça.

Recomendo!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

" Eat The Night " OU Um Trágico Contemporâneo

 E vamos a esse filmaço " Eat The Night " de Caroline Poggi and Jonathan Vinel. O filme se passa na França e tem o traficante Pablo (Théo Colbi), que mora com sua irmã Apo ( Lila Gueaneau Lefas), apaixonada pelo jogo Darknoon, e que fica quase o dia todo na tela do computador e hoje é uma das maiores do cenário no jogo.

Ela vive a vida pelo jogo e o irmão também tem o seu avatar e briga com a irmã. Eles moram sozinhos, se viram, o pai é ausente e não vive na cidade.

Pablo vende suas balas em vários pontos da cidade, mas uma outra gangue está de olho nele e sempre dá pau entre eles.

Pablo em uma situação ruim, acaba de conhecer Night ( Erwan Kepoa Falé), que se juntou a ele, foi conhecer o local onde Pablo fabrica suas próprias drogas, ensinou Night, e os dois além de sócios viraram amantes e dos bons.

A química entre os dois é bem forte, mas o problema continua sendo o lado de lá, a outra gangue que não aceita que Pablo se infiltre no espaço deles.

O filme tem boas cenas entre Pablo e Night, boas cenas do jogo Darknoon trazendo a realidade para a tela, e também a Apo nesse meio todo dividida entre o amor do irmão e a perda dele para um outro homem.

Gostei bastante do filme. Achei atual, e naquela premissa de que se você vive na ilegalidade, um dia a casa cai e voc~e se ferra. Não tem jeito de seguir por muito tempo.

" In The Summers " OU O Amor é uma Coexão Interrompida. Não Há Ninguém perto de Você

 

Muito bom mesmo o filme " In The Summers " dirigido por Alessandra Lacorazza Samudio, que fez um bom filme em sua estreia na direção.

Ela traz um recorte de uma família disfuncional com separação de marido e mulher morando cada um em uma cidade e tendo duas filhas pequenas para compartilhar, que no verão vão para a casa do pai.

Sim, Violeta e Eva, as filhas de Vicente ( Residente) vão para a casa que a mãe de Vicente deixou para ele no Novo México, toda ajeitadinha, até com área externa  piscina.

As meninas adoraram passar esse verão com o pai que as levou  em vários lugares e até ensinou a jogar bilhar no bar da Carmen ( Emma E.Ramos).

Em um segundo verão, as meninas já estão mais crescidas e Violeta com muita personalidade corta seus longos cabelos e fica com ele curtinho. O pai já tem uma pequena mudança do verão passado. Ensina Violeta a fumar e outras cositas.

No terceiro verão, as meninas já adolescentes têm outra cabeça, nem tudo as agrada e o pai vem com mais surpresas, mas um infortúnio faz com que essas férias sejam mais curtas e marcadas para sempre.

No verão seguinte, somente Eva vem passar com o pai. Clima esquisito. Vicente tem outra mulher em casa e um bebê.

No final, as duas estão de voltas, já mulheres com seus objetivos e personalidades definidas e um pai que se não agrada pelo menos convive com as diferenças que vê em suas meninas. 

Violeta ( Isabela Mehiel) e Eva (Sasha Calle) são duas mulheres e donas de seus corpos e de suas vidas.

Filme muito bom para discussão, e análise, apesar de vermos apenas o lado do pai, e nunca conhecermos a mãe.

Recomendo!

domingo, 1 de dezembro de 2024

" O Menino e a Garça " Ou Ganhador do Oscar de Animação em 2024

 Finalmente criei coragem e assisti ao filme de animação japonês ganhador do Oscar em 2024 " O menino e a garça " de Hayao Miyazaki.

O longa conta a história de  Mahito, um menino de 12 anos que se muda para o campo após a morte da mãe durante a Segunda Guerra Mundial. A mãe foi morta por causa de um incêndio provocado por Aliados.

Ele segue a estrada com toda pompa para a mansão da outra mulher de seu pai.

Mahito tem dificuldades em aceitar o casamento do pai com a tia  ( porra meu, a irmã da mãe ?) e ao colocar os pés na casa, conhece a garça, que tem algo a ver com ele.



Certo dia, seguindo a mesma, ele entra em uma torre proibida e descobre um mundo fantástico, habitado por animais antropomorfizados e antepassados.

A garça que é uma espécie de guia/entidade que lhe trará a notícia de que sua mãe ainda vive e espera para ser resgata por ele no interior da torre.



Quando ele se recusa a acreditar na garça, ela some com sua tia, e aí sim ele vai atrás para ver o que realmente está acontecendo.

Outro fato importante é de que sua tia está grávida de um filho de seu pai, e por isso ele não pode deixar ela sozinha na torre.



O filme tem tantas simbologias, tantas figuras de linguagem, animais, personagens significando alguma coisa nessa nossa vida e em outra quiça, que cada um refletirá e fará o seu próprio ressiginificado assistindo ao filme.

Me lembou muito " A Viagem de Chiiro ", ja que Mahito também fez a sua viagem e teve em um outro mundo fantasioso assim como Chiiro.

Na Netflix essa pérola.   


" Meu Irmão E Eu " OU O Filme da Malásia na Corrida do Oscar 2025


Assisti ao filme " Meu Irmão E  Eu ", que está disponível na Netflix e é dirigido por Jin Ong, e é o filme que a Tailândia escolheu para ser o indicado à corrida do Oscar 2025.

O filme traz a história de Abang ( Wu Kang Ren) e Adik ( Jaclk Tan), que vivem de bicos para sobreviver e levar uma vida miserável na Tailândia, além de não terem nem identidade/RG.

Eles não sabem a história dos pais, se foi abandono ou não, e Adik  vive no submundo com coisas ilegais e mora com seu irmão Abang, que é surdo mudo , mas é correto.

Tem uma assistente social Li Jia En ( Serene Lim) que está empenhada em conseguir o RG de forma legal para os dois irmãos para que tenham sossego e consigam melhores trabalhos em Kuala Lampur.

Parece que é comum a prática de mulheres deixarem filhos jogados na Malásia para serem criados por outras pessoas.

O problema é que por um infortúnio, Adik comete um erro e tudo vai por água abaixo, fazendo com que Abang e ele tenham que deixar a cidade e fugirem para outro lugar.

Poucos dias depois após uma reflexão, Abang retorna à Kuala Lampur e finaliza a história com dignidade, se é assim que se possa dizer.

Um bom filme. Boas reflexões. Principalmente desse problema sócio cultural que tem a Tailândia.