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terça-feira, 8 de junho de 2021

" Um Dia Com Jerusa " OU Mais Que Poético, Lindo !




 Muito bonito e poético o filme " Um dia com Jerusa" de Viviane Ferreira, um longa todo produzido por mulheres negras, onde Léa Garcia, a personagem principal ,Jerusa, é uma graça, dá um show de fofura, de interpretação de vida, de amor .

O filme vai e vem na vida Jerusa, que com sua máquina fotográfica registra ainda os momentos da vida. Isso vem de sua avó, mãe, onde todos tinham essa prática.

É seu aniversário de 77 anos, e ela prepara a mesa para receber seus filhos e netos. Há bolo, doces e muito carinho.

Toca a campainha! É Sílvia (Débora Marçal), uma jovem que trabalha numa empresa de pesquisa de sabão em pó, que sai pelas casas aplicando um questionário.

Jerusa pede que ela entre, e aí vai o filme inteiro...

Aí a conversa entre as duas gira em torno das lembranças do passado. Jerusa responde as perguntas de Sílvia com suas histórias, do tempo de menina, adolescente, mulher .

Você poderia passar a tarde inteira ouvindo ela contar os detalhes de tudo que passou. Que amor, que afeto bonito para com seus ancestrais.

Sílvia, por vez se incomoda em estar lá para uma coisa que não vai para frente, que é o seu questionário, já que Jerusa não responde objetivamente às suas perguntas.

O rio, os bailes de carnaval, onde os homens vestiam-se de mulheres, os momentos na beira do rio Saracura, onde aconteciam os flertes...

O filme retrata também a solidão. Como é triste viver sozinho, apesar de estar com dignidade.

Léa Garcia dá um show de interpretação e Sílvia carregava consigo o fato de ser lésbica, tentando se acertar com a família e sociedade, joga o assunto para a discussão com Jerusa para saber o que ela pensa sobre.

Gostei bastante. A cena final é muito bonita .

 

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