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terça-feira, 27 de abril de 2021

" Avicii :True Stories " OU Uma Fantasia Pasoliana, Sem Pasolini


 Assisti ao documentário sobre o Dj Avicii chamado " Avicii :True Stories " com a direção de Levan Tsikuriishivilli.

Pensei que fosse contar do começo até o fim de sua vida, quando se suicidou aos 28 anos, em mascate, na capital de Omã.

Mas, o documentário mostra o início de Tim Bergling, quando adolescente ainda, que gostava de mexer com as músicas junto com seus amigos, e de repente, contatando um e outro poderoso de edição e promoção, conseguiu se lançar no mercado.

O doc passar um bom tempo contando essa parte, os produtores, de como ele iniciou na cena, seu primeiro show e depois a fama, passando a se apresentar loucamente no mundo inteiro.

Avicii era um menino tímido, que não gostava de conversar fiado, que era focado na música e suas invenções, não gostava de samplear e sim criar coisas suas e inéditas, mas, que se sentia cansado desde já dessa vida, de correr de um país ao outro, de sair do hotel ao local do show, do assédio, dos contratos, enfim, dessa louca e frenética vida de um artista.

Sempre reclamou disso. Começou a beber antes dos shows para se soltar um pouco mais e diminuir a ansiedade. Entrava facilmente em depressão por tudo isso. Não concordava com muitas coisas dos contratos, mas, sempre contestava de uma forma educada e tranquila. Não era agressivo.

Chega o sucesso com Levels, Wake Me Up e o mundo se rende ao DJ. Mas, ele mesmo não está feliz. Quer paz, descanso, praia, sossego. E está sempre sozinho. Não passa uma cena dele com uma mulher ou com alguém que lhe dê prazer, nem mesmo com seus pais.

No final, Avicii pede para cancelar praticamente todos os shows, terminando em Ibiza. Não sairia mais em turnê.

Ele tira férias de tudo, vai para lugares extremos de silêncio e paz. Quer se auto encontrar. Parece que não conseguiu.


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