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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

" As Bestas " OU Xenofobia + Ignorância + Local Subdesenvolvido




 Depois de um bom tempo, assisti ao filme " As Bestas "de Rodrigo Sorogoyen, filme espanhol de 2022 que papou quase todos os prêmios Goya, o Oscar Espanhol, em 2023 e além disso ganhou o César de Melhor Filme em língua Estrangeira.

O filme nos remete à uma região isolada na Galícia, Espanha, aliás nunca vi uma região ter um idioma tão parecido com o português do que nesse lugar.

Agora, a ignorância, a teimosia e a parada no tempo, ali ganha de muitos outros lugares, sem dúvida nenhuma.

Lendo sobre o filme, descobri que todos os anos, em várias aldeias próximas, é festejada “a rapa das bestas” – uma rude celebração popular que consiste em cortar as crinas dos animais selvagens para remover quaisquer parasitas antes de liberar os animais de volta para as montanhas. 

A chocante e primitiva sequência de abertura de As Bestas é uma referência a esse costume local.


O problema é que um casal de franceses já de meia idade comprou umas terras nesse vilarejo, produziam seus próprios alimentos e os vendiam na feira.


Mas os vizinhos não aceitavam a convivência com eles. Não queriam estrangeiros na vila deles.

Tudo o que pudessem fazer para atrapalhar eles faziam, até colocar duas baterias no poço onde saía a água para toda a plantação de tomates do ano, que acabaram apodrecendo por causa do chumbo da bateria.

Os maiores rivais eram os irmãos :  Luis Zahera ( Xan )  e Diego Anido ( Lorenzo).

Havia o problema da energia eólica também que se expandia no local e teria uma próxima votação para ver se o grupo investidor mantinha o empreendimento ali ou levaria para terras vizinhas.

Eu só me incomodei com uma passagem no roteiro antes da chegada da filha do casal francês Marie ( Marie Colomb), que acho que ficou muito pulado.

A filha do casal chega para passar uns dias e ficar com a mãe tentando colocar na cabeça dela que ali não era um bom lugar para se viver.

A polícia ? 

Daquele jeito, protegendo os locais. Difícil estar em um país que não o seu. Parece que as leis são diferentes.

Ah, gostei da cena em que Antoine entra no rio pelado morrendo de frio .


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