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domingo, 23 de janeiro de 2011

" Inhotim " ou O lugar mais impressionante para se visitar no Brasil


A minha  vontade era de postar vários posts a respetio desse lugar fantástico , que por sinal , nem parece estar  localizado no nosso País , mas, vamos ver  então quantas postagens sairão desse lugar que é simplesmente mágico, fantástico . Situado no município de Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, em meio a uma mata nativa com 1,5 milhão de metros quadrados de propriedade do empresário mineiro e colecionador de arte contemporânea Bernardo Paz, o Caci - Centro de Arte Contemporânea de Inhotim inclui um ousado conjunto arquitetônico composto de sete pavilhões projetados pelo arquiteto mineiro Paulo Orsini, estrategicamente situados em vários pontos do complexo paisagístico. Ali se encontram dezenas de obras de alguns dos mais instigantes artistas contemporâneos do Brasil e do mundo.
O acervo botânico também se impõe. A verticalidade escultural das mais de cem espécies nativas e exóticas de palmeiras convive com a maior coleção de patas-de-elefante existente no país, bananeiras , bromélias, mulungus, papiros, helicônias, ananases, estrelítzias, inhames-pretos, filodendros e um centenário tamboril de 15 metros de altura, a mais majestosa árvore do lugar. Não bastasse isso, três lagos povoados de cisnes, patos, gansos e marrecos completam o espaço projetado, em grande parte, pelo mestre brasileiro do paisagismo, Roberto Burle Marx, pelos paisagistas Paulo Nehring César e Luiz Carlos Brasil Orsini, além do agrônomo Angelo Márcio dos Santos Silva .Dispostas nas clareiras e quebradas encontram-se várias esculturas e instalações, que, conjugadas com a paisagem, engendram um insólito equilíbrio entre natureza e arte. Uma peça em pedra do escultor chinês Zhang Huan, com 6,40 metros de altura, é uma obra de realce para quem ingressa no território do Caci, no qual se somam várias outras peças de grande impacto, como a sólida escultura Gigante Dobrada, de Amílcar de Castro; um iglu de fibra de vidro feito pelo dinamarquês Olafur Eliasson,  além do enorme arranjo, em aço oxidado, de mesas e cadeiras sobrepostas umas às outras de autoria de Cildo Meireles, em contraste com o verde intenso do gramado. Para não mencionar a intrigante instalação True Rouge (1998), de Tunga, inspirada em um poema algébrico de Simon Lane e que, fixada no interior do pavilhão envidraçado em cima de um dos lagos, traz os vários estados da cor vermelha envoltos em uma intrincada rede de fios, vidros, esponjas e anzóis, alegorizando a própria complexidade do corpo humano e suas vísceras.

Sob a curadoria de Rodrigo Moura, Jochen Volz e Allan Schwartzman, o arranjo das obras nos  pavilhões obedece a uma espécie de lógica da vertigem: cada um dos espaços desafia o olhar do visitante com suas insólitas configurações de cores, formas, tamanhos e texturas, como o espaço dedicado à obra Através, de Cildo Meireles, e o que abriga a já mencionada True Rouge, de Tunga. O fotógrafo Miguel Rio Branco é outro artista contemplado em um dos pavilhões, Iran do Espírito Santo, Ernesto Neto e Jarbas Lopes  , os alemães Albert Oehlen e Franz Ackermann e a impressionante audio-art da artista canadense Janet Cardiff, constituída de múltiplas vozes e paisagens sonoras que conferem à sala uma atmosfera de epifanias e assombros. Um outro pavilhão é inteiramente dedicado a trabalhos de artistas contemporâneos como Adriana Varejão, José Damasceno, Valeska Soares, Cerith Wyn Evans, Rochele Costi, Rivane Neuenschwander, Marepe e Sandra Cinto além  de Hélio Oiticica e Neville D’Almeida.


 “A arte só faz sentido quando apreciada por todos”, diz Bernardo Paz.

Antony & The Johnsons -  "I Fell in love with a dead boy"
Antony & The Johnsons - I fell in love with a dead boy by kumi_han

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