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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

" Beau Tem Medo " OU Se Sua Mãe Deixar




 Já tinha lido tudo e mais alguma coisa sobre " Beau Tem Medo " de Ari Aster, e fiquei um pouco hesitoso em assistir.

Como chegou no catálogo da Prime Vídeo, fui logo nele, com paciência, parando umas duas a três vezes e deu certo.

Resultado: Gostei do filme, gostei de várias cenas e da ideia do diretor mostrando um tema de forte apelo psicológico/psiquiátrico.

Joaquin Phoenix é Beau, um homem que cresceu sob as barbas de uma mãe autoritária, possessiva e mentirosa.

Assim, Beau cresceu e tornou-se um homem com seus medos e traumas do passado, usando uma gama imensa de medicamentos, ficando até mole de tanta medicação, e tendo uma vida medíocre, solitária, perto de gente também medíocre, esperando apenas o dia de sua morte.

No primeiro ato, vemos o apartamento de Beau, e seus arredores, com um povo todo nóia, gente louca, cenas bizarras, parecendo filme de zumbi.

Num segundo ato, vemos Beau tentando ir à casa de sua mãe que acabara de falecer e sofrendo um acidente.

Beau fica sob os cuidados do casal que o atropelou que com certeza tinha muito mais problemas do que ele.

Conseguindo fugir dessa paranóia, ele consegue entrar em uma floresta onde acontece um teatro e uma peça itinerante, onde ele é o personagem principal. As coisas parecem ficar mais claras por ali. Mesmo assim, um apocalipse now toma conta do lugar e Beau pega uma carona finalmente para a casa da mãe dele.

Ele perde o funeral, mas vê todo o teatro que foi feito para o acontecimento: A morte de Matka ( Patti Lu Pone).

Não tem uns minutos e Beau já tem mais um gatilho: A única mulher que se apaixonou na adolescência e que lhe foi tirada na época.

Hoje, mais velha, ela o reconhece assim como ele e os dois vão para a cama. Mas Beau tem um problema, ou não ?

Eis que ainda há algo em um quarto ato: O aparecimento da mãe de Beau e toda a ideia daquela epopeia em que ele participa, seria uma farsa?

Culpa ou ódio ? 

Acredito em vários símbolos que o diretor demonstra no filme que o espectador deveria desvendar e assim ter um poder maior para apreciá-lo e discuti-lo. Porém, a maioria dos críticos de cinema preferiram jogar tomates mesmo no filme de Ari Aster taxando - o com o cansativo e desnecessário.

Não o foi para mim, ainda bem. 

Recomendo.



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