" Peacock " OU O Camaleão

 E vamos a um indicado ao Oscar 2026 pela Áustria como Melhor Filme de Língua Estrangeira: " Peacock " de Bernhard Wenger.

O filme traz Matthias ( Albrecht Schuch ), um dos integrantes da empresa " Amigos de Aluguel", onde as pessoas podem chamar um acompanhante para representar quem elas querem em qualquer evento ou não evento.

Assim, Matthias e seus colegas de trabalho têm que representar, atuar em ocasiões que pareçam uma cena real e verdadeira.

Só que isso está deixando Mathias meio frio, sem sentimentos, e sua namorada Sophia não está gostando nada nada desta história.

A vida segue, e Matthias continua em alguns papéis, tem problemas em um específico, vai procurar ajuda em um centro de convivência, conhece uma mulher, se interessa e passa um bom dia com ela.

O filme vai nesse vai e vem de representações para chegar no gran finale: Uma festa de 60 anos de um empresário que quer ser presidente de uma companhia e vai apresentar Matthias como seu filho.

O filme fecha com chave de ouro.

Muito bom. Do jeito que eu gosto!

" Mr Button" OU O Aluno Preferido

 

E finalmente acabei de assistir ao filme " Mr Burton", que via online, do diretor Marc Evans, que traz uma história comovente do maior astro que o País de Gales já produziu: Richard Burton.

Philip Burton (Toby Jones) é um apaixonado professor,  que dá aulas em uma escola em Port Talbot, cidade galesa, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele é fisgado pelo aluno Richard Jenkins (Harry Lawtey), em quem Mr Burton vê alguma coisa diferente com relação aos outros alunos.

O rapaz tem um pai alcoolista e praticamente vive sozinho nessa vida, e Mr Burton quer entrar justamente nessa vaga: Ser um mentor, um facilitador de caminhos para o rapz nos estudos, nas artes para que ele tenha sucesso em sua vida adulta.

Especializado em teatro, Mr Burton vai convidar o rapaz para participar das aulas e aos poucos vai moldando-o do seu jeito.

Mr Burton mora em um pensionato da Sra Ma Smith (Lesley Manville), com quem mantém uma grande amizade por toda a vida. E é lá que Richard vai parar também depois de problemas com o pai, o que vai lhe gerar comentários e fofocas com relação a essa intimidade dele com o professor.

Richard fica hesitante.

Segue o curso com os atalhos da bebida, da revolta, das entrelinhas não ditas, e chegando a hora de concursos de atuação e bolsas de estudos.

Richard vai ter que abrir mão de alguma coisa para poder seguir.

E segue.

Tempo grande.

Hora da verdade. Teatro cheio. Grande apresentação. Uma nova estrela surge no País de Gales.

" Hot Milk " OU O Mar de Almería

E vamos para o novo filme que chegou ao MUBI, " Hot Milk " de Rebecca Lenkiewicz, adaptação do livro de Deborah Levy, que  nos traz a história de mãe e filha viajando até Almería na Espanha.

 Rose (Fiona Shaw) e sua filha Sofia (Emma Mackey) viajam com o intuito de encontrar com o Dr.Gómez (Vincent Perez), que pode ter a solução para a rara e misteriosa doença de Rose.

 Com o tratamento da mãe, Sofia teve tempo para experimentar um pouco do ar, do sol de Almería, e aí ela conhece Ingrid (Vicky Krieps), uma viajante que aparece ali do nada.

Sofia acaba de pensar em outra coisa que não seja a doença e a dependência da mãe: Um amor. 

Rose não anda mais, parece que conseguiu esse êxito 1 vez no ano em que passou. Sente muitas dores.

 Com a nova experiência Sofia e Rose começam a ter mais e mais farpas entre elas, mas Sofia está ciente que isso precisa melhorar ou quem sabe, acabar.

A cena final do filme é bem reflexiva.

Na MUBI.

" Sad Jokes " OU Humor Afiado

Assisti ao filme "Sad Jokes", de Fabian Stumm, que começa com piadas do tipo humor bem afiado, crítico, que rasga mesmo.

Após essa cena, temos Joseph ( Fabian Stumm), um diretor de cinema que depois a gente descobre que é gay, e que teve um filho com sua melhor amiga, Sonya (Haley Louise Jones).

 Sonya é depressiva e tem transtornos mentais. A mãe dela e Joseph decidem interná-la, contra a vontade dela

Aliás a cena inicial é dela com o filho, dando um piti na cozinha de casa.

Joseph está prestes a produzir um filme de comédia , e começa a levá-lo para alguns produtores para avaliações.

Paralelo a isso, em  sua vida pessoal, podemos observar que ele teve vários insucessos com seus parceiros, e que os que aparecem no momento também não dão certo por causa de seu jeito meio irônico, igual aos seus filmes.

E dessa forma vamos até o final sem muita modificação nesse plano de vida pessoal do diretor, seu filme de comédia e nada de mais.

Sad Jokes, também te deixa Sad por passar algumas horas sem muito entretenimento.

" Novocaine " OU Seria Bom Não Ter Dor Heim ?

 Assisti ao filme " Novocaine " de Dan Berck e Robert Olsen, que está disponível  na Paramount Plus.

Nathan ( Jack Quaid) é um executivo que trabalha em um banco e mexe com créditos. Ele fica sempre excluído das festinhas e reuniões da turma, mas, por ele mesmo, pois tem uma doença rara e é incapaz de sentir dor.

Certo dia, Sherry ( Amber Midthunder), colega de trabalho, chega até ele e pergunta se quer tomar um café com ela. Ele refuga, mas depois aceita.

Eles saem, Nathan experimenta coisas novas e fica animado com essa saída e com uma possível namorada.

Acontece que há um assalto no banco e as três pessoas encapuzadas de papai noel  fizeram um estrago, pois queriam o segredo do cofre.

Houve perdas.

Mas também houve uma refém: Sherry.

Nathan agora que participou da cena para tentar salvá-la in loco no banco, vai correr que nem um louco para poder tirá-la do sequestro dos bandidos. 

O filme tem boas cenas de ação e também as relacionadas com o problema de Nathan.

A polícia entra no jogo e até o amigo de game de Nathan vai ajudar no processo de salvar Sherry.

Me surpreendeu. Gostei da trilha sonora também.

Na Paramount Plus.

" Assexybilidade" OU As Pessoas Deficientes também fazem Sexo !

 Assisti ao documentário do globoplay " Assexybilidade" de Daniel Gonçalves que desmistifica as pessoas deficientes em termos de visibilidade principalmente em termos sexuais.

Todos os participantes com algum tipo de deficiência, falou de como vê o sexo, como encara o sexo e como faz sexo.

Eles falam da curiosidade, de serem exóticos, das pessoas quererem apenas uma transa para conhecerem e só, e que o relacionamento é muito difícil.

Acredito que até entre os normativos os relacionamentos hoje em dia são muito difíceis. Ninguém quer nada com nada não.

O material é muito rico e como um deles diz, eles não tem uma ancestralidade, estão engatinhando para criar uma. 

Não vou descrever cada conversar aqui, pois acho legal assistirem. Todas são muito boas e são abordadas com muita responsabilidade e inclusão.

Gostei muito de ter assistido e também reafirmei minha visão a respeito de sexo com pessoas com deficiência física.

No Globoplay ! 

" A Noite Sempre Chega " OU Tudo Por Uma casa

 

Bem que falaram que o filme era bom, e é mesmo. " A Noite Sempre Chega "  de Benjamin Caron que está disponível na Netflix é a pedida da vez.

Lynette ( Vanessa Kirby) é a fodida do filme e da família, que trabalha em uma panificadora e depois em uma lanchonete.

Em casa, tem uma mãe inútil e um irmão especial, mais velho que ela, o Kenny ( Zack Gottsagen).

Sua casa está caindo aos pedaços e eles serão despejados, mas um advogado conseguiu uma oferta e uma última chance em um valor de US$ 50000 + o financiamento para que a situação se inverta, mas ela tem o seu último dia para o pagamento.

Tudo certo, ela dá 25000 e a mãe 25000, e as duas assinam o financiamento, só que a mãe não comparece no escritório do advogado e mais: Compra um carro novo e dá de entrada US$ 25000.

Lynette fica fodida. Pede ao advogado 24 horas para entregar o dinheiro e vai ter que fazer dinheiro nessas horas para conseguir realizar o seu sonho.

Ela vai atrás de uma amiga, garota de programa, pede um dinheiro que ela está devendo, ela não paga, mas está em um apartamento de um político rico que tem um cofre, ela chama um colega do trabalho para arrombar, depois tem problemas com esse colega.

Anterior a isso, tinha procurado um homem com quem faz programa e esse deu de piedade 1000 dólares e um chute na bunda.

O tempo passa.

Lynette procura todas as alternativas para quitar a dívida.

E vai atrás de quem a fodeu de verdade aos 16 anos.

E a merda toda continua até ela e seu irmão chegarem em casa quase amanhecendo.

Agora é hora de enfrentar o seu maior desafio: a mãe.

E pode vir a noite, virar o dia, se o seu problema estiver junto contigo, trate de acertá-lo antes de tudo.

Excelente atuação de Vanessa Kirby de novo.

Recomendo !

 

" Dreams " Ou Subindo a Escada de Jacó, Rumo aos Céus

 Ah, terminou a trilogia de filmes do Dag Johan Haugerud, e " Dreams " é o seu último filme da série de três ( Sex e Love).

Ele é inteirinho baseado nos sonhos e desejos de uma adolescente de 17 anos, Johanne ( Ella Overbye) por sua professora no ensino médio, após ler um livro que falava exatamente desse assunto: O amor entre uma jovem e uma pessoa bem mais velha.

Johanne é a própria narradora de sua história sensual e com pitadas de sexo com sua professora, com os mínimos detalhes. Ela queria guardar tudo aquilo que estava sentindo.

Não mostrou para ninguém, não contou pra ningúem, chorou, cabulou aula, a mãe a deixou uma semana em casa por causa de mal estar, e Johanne segura a onda sozinha.

A professora Johanna ( Selome Emnetu), dá aula de arte, moda, mas não fica claro para ela essa aproximação por sentimentos.

Johanne resolve dar as páginas escritas para a avó ler, que pede que sua mãe também saiba disso tudo.

A  avó que é poeta gostou do texto. Ficou preocupada com a neta, assim como a mãe.

Agora com a separação das duas por motivos de trabalho, Johanne tem a aprovação da editora para a publicação de seu primeiro romance.

Johanna compra o livro.

Não será com a garota estava pensando, mas a vida continua, com psicoterapia, com os familiares e quem sabe com um outro amor...

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" Ritas " Ou Documentário Baseado em Sua AutoBiografia

 Que lindeza esse documentário  " Rias " de Oswaldo Santana e Karen Harley, em um doc. baseado em sua autobiografia.

Rita Lee é a narradora, e aparece em quase todo o longa. Desde o seu início nos Mutantes, até o seu último show com polícia e tudo.

Rita conta histórias, canta músicas, vemos vídeo clipes, algumas declarações, arquivos de programas de TV, como os da Hebe Camargo e muita coisa explorando a casa onde ela morava, seu porto seguro.

Rita fala de drogas, de relacionamento, de feminismo, de como adorava ter um corpo de mulher nessa vida, de seus gatos e citava muitas mulheres importantes para ela.

Suas canções, não preciso nem falar, todas são especiais, muito boas e vão permanecer no íntimo de cada um.

Muito colorido, dinâmico e alegre, o documentário é um deleite para quem ainda quer aproveitar um pouco dessa bruxinha simpática que muito nos deixou do rock'n roll.

Na Globoplay. 

" Love " OU O Segundo Filme da Trilogia Dag Johan Haugerud

 Que maravilha é " Love " o segundo filme da trilogia do diretor Dag Johan Haugerud, que começou com SEX e terminará com Dreams. 

Eu realmente fico alucinado, louco com esse tipo de filme. E esse cinema que eu gosto. O filme com diálogos, com profusão de conversas complexas e sem pudor, sem amarras, onde podemos além de conhecer o que o outro pensa o que passa em nossa cabeça também com relação aquele tema.

É isso que temos em Love.

Marianne (Andrea Bræin Hovig), é médica urologista e trabalha em um Centro diagnóstico para Câncer Urológico.

Ela e o enfermeiro Tor ( Tayo Cittadella Jacobsen), fazem a dupla das consultas e orientações aos pacientes que geralmente saem atordoados com o diagnóstico de câncer de próstata.

Eles se encontram na balsa para uma travessia pequena para outra cidade, onde ela vai à uma festa com a amiga Heidi, e ele tem uma cabana bem ao lado do píer da balsa que serve para descansar e desestressar do trabalho e do dia a dia.

Tor é gay e usa a balsa à noite em ida e volta para caçar homens pelo Grindr e Tinder, verificando quem está online e próximo a ele dentro da balsa. Aí começa todo um processo.

Marianne foi à essa festa para ter um encontro com o Geólogo Ole ( Thomas Gullestad), que tem uma bela casa, e será apresentado a ela por Heidi.

A balsa tem um contexto todo simbólico no filme, pois é onde saem as conversas, acontecem os encontros e dá o pontapé para algo mais físico.

Tanto Marianne quanto Tor aproveitam disso para se conhecerem mais, e claro ter mais momentos de prazer.

Não posso deixar de citar a doçura de Tor com Bjorn ( Lars Jacob Holm), homem que ele conheceu na balsa. Foi muito bonito tudo o que aconteceu.

O filme tem uma linda fotografia e termina com um concerto de músicos maravilhoso, fazendo entrelaçar o amor em todos nós.

Tenho vontade de aprender todos aqueles diálogos e guardar pra minha vida.

Aliás, do primeiro filme, SEX, também.

Na Reserva Imovision!