quinta-feira, 30 de novembro de 2023

" Tore " OU Sabe Quando Você Faz de Conta Que Nada Aconteceu ?

 



Assisti a série Sueca " Tore " criada e escrita por William Spetz, o mesmo que é o protagonista e amargurado jovem de 27 anos, Tore, que mora sozinho com o pai, dividem o trabalho com uma funerária e tem uma melhor amiga que se chama Linn ( Sanna Sundqvist).

Acontece que em um acidente, Tore perde a pessoa que mais ama na vida, seu pai Bosse ( Peter Haber), e agora tem que tocar tudo sozinho: a funerária e sua vida pessoal.

A funerária ele já tem a notória de levar adiante, mas a vida pessoal, está bem perdido.

O pai de Tore já havia sugerido que ele fosse morar sozinho para se soltar um pouco mais e isso o incomodou demais.

Tore é homossexual e não experimentou até hoje nenhum caso amoroso.

De repente, uma pessoa, uma luz entra em sua vida, que é o novo entregador de flores da funerária, que é o Erik ( Hannes Fohlin).

Com a perda do pai, Tore extravasa em uma festa bebendo e usando drogas e até ficando com outro cara que quase lhe trouxe sérias consequências.

Mais festas, distanciamento de Linn, encontro com uma drag e novamente com o cara que lhe ferrou.

Erik volta a cena para Tore, a mascote da casa já não é importante para ele, que a passa para um casal.

Mentiras, drogas, tudo dá errado na vida de Tore.

O último capítulo temos Tore mais centrado no que ele quer, nas pessoas que ele ama e também em sua fiel cachorrinha.

Série muito dramática e pesada. Para os fortes, e com uma trilha sonora de querer ter no carro para ouvir o dia todo.

Ainda no elenco : Victor Iván (Viggo), Carlos Romero Cruz (Shady Meat), Karin Bertling (Heidi), Lotta Tejle (Ulla ), Per Svensson (Per) e Doreen Ndagire (Lo).

Na Netflix.

" Vjeran Tomic: O Homem Aranha de Paris " OU O Roubo de 5 Quadros do MAM em Paris


 Assisti ao documentário " Vjeran Tomic: O Homem Aranha de Paris "  que está disponível na Netflix e é dirigido por Jamie Roberts.

Escolhi esse título porque me interessam as obras de um museu e vi também uma forte recomendação de um crítico de cinema que eu sigo falando desse filme.

Então, o longa fala da infância de Vjeran, de como ele não teve educação e carinho dos pais, de como sofreu com a violência do seu pai, e de como teve que encarar a vida : Roubando.

Morou com uma tia, e depois com os pais novamente, mas saiu de casa e sempre roubou. Era mais fácil, dinheiro fácil.

Da mesma forma que vinha o dinheiro ele também saía com mulheres, bebidas e ostentação.

Nada era impossível para Vjeran que escalava os prédios em Paris e adorava roubar os ricos, aqueles que nadavam em dinheiro e ouro.

Ele praticava o roubo sem violência alguma, sem machucar as pessoas, era muito frio e calculista e bom no que fazia.

Em uma certa fase da vida começou a se interessar por obras de arte, e assim conheceu um dono de um antiquário ( Corvez)  ou um conhecedor de arte e esse lhe deu alguns nomes importantes da arte que se ele roubasse ele lhe pagaria 50 mil euros por quadro.

Vjeran ficou louco com a ideia de ganhar esse dinheiro, ficar rico e parar de vez com os roubos.

Seu sonho era comprar um veleiro e viajar o mundo.

Ficou à espreita do MAM de Paris por muitos dias observando a segurança externa e interna do museu, viu que não havia alarme em seu interior e que a sua porta de entrada seria por uma janela.

Por umas 7 noites montou seu espaço nessa janela e desparafusou todos os parafusos para que no dia D, ele apenas retirasse o vidro, tirasse o cadeado de uma grade e assim ele estaria diante de todos aqueles gênios da arte.

E foi assim que aconteceu, Vjeran entrou em uma sala, roubou um quadro de Leger, levou para fora do museu, voltou pegou um Braque, um Matisse e um Picasso, levou para fora, voltou e depois pegou um Modigliani.

Na parte de fora do museu, tirou as molduras, atravessou a rua, colocou no porta malas do seu carro e levou ao antiquário desse comparsa.

Corvez dias depois lhe deu apenas 40 mil euros e disse que pagaria o restante depois. 

Uma terceira pessoa, Yonathan Birn, entrou nessa história para esconder os quadros e na manhã seguinte ao roubo todas as emissoras já noticiavam o caso.

Paris estava abalada com o que havia acontecido.

Vjeran não parou de roubar, e em um roubo de casa de rico, que também pegou quadros, ele foi preso pela polícia.

Preso, ele confessou esse delito e naturalmente o do museu, mas com muita raiva denunciou o comparsa do antiquário que não lhe pagou e a terceira pessoa.

Todos foram presos e Yonathan disse que havia quebrado e rasgado todas as obras e jogado no lixo.

O roubo foi em 2010 e até hoje as obras continuam desaparecidas.

Todos os presos já estão soltos, cumpriram suas penas, inclusive Vjeran, que está vivendo com uma companheira que foi o narrador e contador com todos os detalhes dessa interessante história.

Vale a pena !    

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

" The Last Mountain " OU Os Perigos do Alpinismo



Assisti ao documentário " The Last Mountain " do diretor Chris Terrill que nos conta a história real do montanhista de 30 anos, Tom Ballard, que desapareceu em uma das montanhas mais mortais do Himalaia, Nanga Parbat (8.126 m), em fevereiro de 2019. 

Tom Ballard era um montanhista britânico, e filho da montanhista  Alison Hargreaves, que morreu no K2 (8.611 m) em 1995.

Aliás, o filme começa com a conquista da mãe Alison no Everest, finalizando a escalada sem o uso de oxigênio.

Meses depois ela vai para o Paquistão escalar o K2, um pouco mais baixo, porém mais difícil de ser escalado e ali fica após uma avalanche.

 O diretor Chris Terrill usou imagens de arquivo de 1995 e também imagens feitas pelo próprio Tom Ballard até dias antes de sua morte.

O filme tem a participação da  irmã de Tom, Kate, e seu pai, Jim, que dão entrevistas, falam das perdas, e inclusive mostra o retorno de Kate ao Paquistão para visitar os amigos que conheceram quando sua mãe fora escalar o K2 e era ainda criança.


Muito bonito em imagens, muito interessante em termos de geografia e na área esportiva, mas muito triste a história de deixar mãe e filho seus corpos em uma montanha de gelo para sempre.

Na Star Plus.

" A Noite das Bruxas " OU Adaptação do Livro de Agatha Christie



 Assisti ao filme " A Noite das Bruxas " com a direção do Kenneth Branagh 1 dia antes de minha viagem, e acho que não estava muito interessado ou o filme realmente não me causou interesse.

Adaptado do livro de Agatha Christie, "A Noite das Bruxas" nos traz Hercule Poirot (Kenneth Branagh) já em seus dias de aposentado em Veneza.

O ócio do  famoso detetive é interrompido pela escritora Ariadne Oliver (Tina Fey), que convence Poirot a embarcar num novo mistério a ser desvendado e que envolve o sobrenatural.

Estamos nos anos pós segunda guerra, noite de Halloween, em um palácio veneziano onde acontece uma sessão espírita com vários convidados e um deles morre.

Esse é o novo mistério a ser revelado pelo Sr Poirot.

O filme conta com grandes nomes como o de Michelle Yeoh, Tina Fey, Jamie Dornan, Kelly Reilly e  Emma Laird.

Para conferir na Star +

"The Boogeyman: Seu Medo é Real" OU Baseado em Um Conto de Stephen King


 Assisti ao filme "The Boogeyman: Seu Medo é Real" de Rob Savage, adaptado de um conto de Stephen Kin, no vôo da Latam de Guarulhos para Roma.

O filme nos traz Sadie Harper (Sophie Thatcher), uma adolescente de 16 anos que acaba de perder a mãe e ainda tem que enfrentar uma presença maligna que atormenta ela e sua irmã mais nova, Sawyer (Vivien Lyra Blair). 


O pai, o psiquiatra Will (Chris Messina) que atende aos seus pacientes em casa, não acredita nas filhas. 


O Dr Will atende um paciente perturbado(David Dastmalchian), que alega que sua esposa e filhas estão sendo perseguidas por um monstro.



Então, esse mesmo monstro, alimentado por essa tristeza das filhas do Dr Will passará também a atormentá-las, principalmente em lugares mais escuros.


Um filme para passar o tempo e te entreter um pouco. 

Está disponível na Star +

" O Telefone Preto " OU O Maníaco do Porão



 Assisti no vôo da Latam de Guarulhos para Roma, o filme " O Telefone Preto "   de Scott Derickson, que foi uma adaptação do livro de Joe Hill.

O filme fala de crianças e adolescentes que vão para escola e não retornam para suas casas e o que se sabe é que há um Sequestrador (Ethan Hawke) na cidade que as leva para algum lugar.

Finney (Mason Thames) é o mais novo foco, e será o personagem principal do filme. Ele tem uma irmã, Gwen (Madeleine McGraw), que aparece quase sempre assombrada por sonhos do que se passa com o seu irmão e insistente na tentativa de encontrá-lo.



O bunker em que Finney é levado é sombrio e não tem muita coisa além de um colchão, mas um telefone na parede chama a atenção e ele toca algumas vezes.



Quando Finney vai atender ele escutas vozes de crianças que já passaram por ali e que dão alguma dica ou algum caminho para ele.


Na verdade não sabemos se isso é uma jogada do próprio sequestrador, instigando-o para que ele, Finney, também jogue com ele e faça um jogo mais perigoso e eletrizante.


O Sequestrador aparece poucas vezes no bunker com sua máscara bem chamativa e conversa com o  garoto.  

Acredito que o filme gira em torno mesmo do telefone preto e de seus diálogos, o restante é consequência que todos nós já esperaríamos.

Mas valeu a pena.
 


terça-feira, 28 de novembro de 2023

" Rustin " OU A Marcha de Washington


 Assisti ao também comentado filme " Rustin " que está disponível na Netflix e que tem a direção de George C. Wolfe.

O longa traz os EUA na década de 60 assolado ainda pela segregação racial e ativistas como Bayard Rustin ( Colman Domingo) e Martin Luther King ( Aml Ameen) tentando fazer mudanças para que todos tenham os mesmos direitos independente da cor, raça e sexo.

Rustin, homossexual assumido, preso em Pasadena por ser pego com outro homem, e também acusado de ser comunista é o homem responsável por criar na população negra, nos sindicatos, nos ativistas e no poderio negro a ideia de uma marcha rumo ao Capitólio e à Casa Branca reunindo pelo menos 100.000 negros.

O problema é que queria fazer isso em pouco espaço de tempo e não era um homem com créditos perante todas essas entidades pelo seu passado e sua orientação sexual, mostrando que na própria comunidade negra havia homofobia.

Mas Rustin foi agregando seus pupilos, montando escritório e por fim convencendo Martin Luther King à realização da marcha, e só a partir daí que houve um consenso de que realmente ela poderia acontecer.

Mesmo assim, Rustin foi deixado em segundo plano pelos problemas já mencionados.

O filme mostra os bastidores do colegiado para conseguirem verba, ônibus, lanches, policiais, e toda infra estrutura para uma marcha pacífica.

Aliás, Rustin foi marcado exatamente por sempre exigir manifestações pacíficas .

O filme ainda tem figuras do Blues, amantes de Rustin, declarações do Presidente dos EUA na TV, e no final o êxito alcançado por todos ficando marcado para história daquele país como uma das maiores concentrações de pessoas, 250.000 , que de forma pacífica protestaram e pediam igualdade, o que veio a ser conseguido meses depois.

O filme tem ainda Chris Rock no elenco e música de Lenny Kravitz.

Bom filme.  

" O Assassino" OU Mais Um Na Multidão


 Muito bom o filme " O Assassino " de David Fincher que está na Netflix, e devidamente recomendado pelos críticos de cinema.

O filme tem o excelente Michael Fassbinder como o protagonista sem nome, que é o assassino de aluguel e que usa suas técnicas e sua mente para realizar friamente o plano sem deixar uma marca sequer.

Acontece que em Paris, seu novo alvo, algo não sai como ele queria, e isso poderá lhe trazer consequências.

E trouxe:

Quando chega em sua mansão na República Dominicana, duas pessoas entraram em sua casa e feriram Magdala ( Sophie Charlotte), que teve que passar pelo hospital.

Agora, Ele vai atrás dessas duas pessoas e do cliente do caso de Paris para uma vingança.

Um a um, Ele vai eliminando até chegar no tal cliente e resolver a parada toda voltando à República Dominicana em sua casa para ficar com Magdala.

O filme tem umas boas premissas que caem todas por água abaixo por causa do erro do assassino, e isso  é bem interessante.

Meticuloso, detalhado, pontual e perfeito o filme de David Fincher.

Adorei a trilha sonora.

Valeu a pena !

Na Netflix!

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

" Tempo Compartilhado " OU Férias Frustradas



Assisti ao filme Mexicano " Tempo Compartilhado ", dirigido por Sebastián Hoffman, longa que ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Sundance.

Pedro (Luis Gerardo Méndez), aproveita uma promoção para poder descansar com a esposa Eva (Cassandra Ciangherotti) e o filho Ratón  em um resort chique.



Acontece que quando chegam em sua vila muito espaçosa por sinal com piscina privativa e tudo, logo em seguida toca a campainha e uma outra família com crianças também chega e está com a reserva para a mesma casa.

Aí esta instalada a confusão. Os dois maridos vão à recepção e apenas um fica satisfeito. Pedro, não.

Eles terão que compartilhar a casa mesmo e vamos que vamos.


O filme nos traz também uma outra história paralela: A do funcionário do resort  Andrés (Miguel Rodarte), que trabalha no resort há anos, já passou por um trauma familiar, mora com a esposa Gloria ( Montserrat Maranon), que também é funcionária e busca uma posição melhor com a nova empresa.

Temos também Abel ( Andres Almeida), o outro pai de família que compartilha a casa com Pedro,que acha que ele faz de tudo para separar a sua família e está malcomunado com o resort contra a sua família.


Vários fatos acontecem, inclusive um nariz quebrado de Pedro, e tudo vai piorando no que era pra ser uma semana divertida e de descanso tornando-se um inferno.

Inferno também na vida de Andres, que tem alucinações, usa muitas medicações e não vê melhoras em seu trabalho e em sua vida com Glória.


O resort? Quer que você se torne membro e adquira o plano vitalício deles. Sabe aquela história né?

O filme é exatamente uma sátira de tudo isso, além de claro como a  relação  de empregador e empregado  pode se tornar doentia.

Um bom filme na Netflix.

" Doi Boy " OU O Submundo na Tailândia





Assisti ao filme " Doi Boy" do diretor Nontawat Numbenchapol , filme tailandês que não entrega tudo a que se propõe.

O longa inicia em uma casa de sexo chamada exatamente " Doi Boy ", onde trabalha Wan (Awat Ratanapintha), que foi monge, depois recrutado pelo exército e depois acabou fugindo para a Tailândia, tornando-se ilegal.



Como não tinha documentos, teve que se submeter ao subemprego de profissional do sexo. Ele tem a namorada Bee(Panisara Rikulsurakan), que também trabalha com sexo e os dois se entendem em casa e na cama. Dão duro para conseguir sobreviver e ter uma vida melhor, mas as coisas tendem a piorar, pois é tempo de covid e os estabelecimentos estão fechando.



Em um outro ângulo, temos o policial Ji(Arak Amornsupasiri), que já fez trabalhos sujos para o governo tailandês matando ativistas dos direitos humanos como Bhoom, e agora ele é chantageado mais uma vez para uma nova missão. Ji é casado, sua esposa espera um filho, mas ele frequenta a Doi Boy onde conhece Wan, que tem seu nome mudado para Sorn.



Ji aproveita a precária situação de Sorn e faz uma proposta para que ele o auxilie nessa operação de acabar com o próximo ativista de direitos humanos.

Sorn não vê outra saída que não entrar nessa roubada e eles partem para Myanmar com o jovem ativista capturado para dar um sumiço nele.



Alguns percalços no caminhos, situações confusas e mal explicadas, Ji retorna, assim como Sorn, que tentará definitivamente uma nova vida na Tailândia.

Tudo muito confuso e nada finalizado. Creio que esse é o problema desses filmes do Sudeste Asiático.

De qualquer forma, confiram na Netflix.

" Elena Sabe " OU Baseado em Um Livro que Vendeu 11 Milhões de Exemplares


 Assisti ao filme " Elena Sabe " de  Anahi Berneri, adaptado do livro de mesmo nome de Cláudia Piñero, que nos traz a relação entre mãe e filha.

Elena ( Mercedes Morán), é uma senhora de uns 64 anos com uma doença de Parkinson em estágio mediano, e que tenta ainda manter suas funções e qualidade de vida, apesar de todos os obstáculos e dificuldades que a doença lhe traz.

Ela é ajudada pela filha Rita ( Erica Rivas), que não tem uma boa relação com a mãe, já que a mãe é muito fria, durona e de difícil personalidade.

O filme traz em flashbacks momentos anteriores em que Elena e Rita  eram mais jovens, e claro a busca de respostas ao trágico acontecimento.

Elena, vive então agora buscando o porquê disso tudo. Primeiro, pensa no ex marido de Rita, que ela não tinha apreço nenhum pelo rapaz, depois desconfiava do padre que segundo ela, tinha segundas intenções com sua filha e terceiro uma amiga de Rita que sempre a desagradara.

Isso tudo na cabeça de Elena querendo achar uma explicação, sendo que provavelmente o verdadeiro motivo de toda essa tristeza de agora seja o relacionamento não muito agradável entre ela e Rita.

A atuação de Mercedes Morán é qualquer coisa de se tirar o chapéu, principalmente no que tange a parte médica do Parkinson. Erica Rivas também esteve  muito bem.

Um filme para assistir e depois discutir com os amigos toda essa trama, e falar um pouco mais de relacionamentos  entre mães e filhos.

Na Netflix.